Nobre confirma saída de Kardec e comenta postura do rival São Paulo: ‘Antiético’
Thiago Kimori
Departamento de Comunicação
O atacante Alan Kardec não faz mais parte do elenco do Palmeiras. Após alguns dias de negociação pela sua renovação de contrato com o clube, o camisa 14 não chegou a um acordo com o Verdão e, por isso, não vestirá mais o manto palestrino. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (28), na Academia de Futebol, o presidente Paulo Nobre comentou sobre as conversas com os representantes do jogador.
“O Kardec não é mais jogador do Palmeiras. No sábado, eu fui comunicado pelo estafe do jogador que não havia hipótese de ele ficar no Palmeiras, pois ele já havia dado a palavra ao São Paulo. Desde a semana passada já estava certo com o São Paulo”, revelou o mandatário, que tentou uma nova investida após saber do interesse do rival.
“Perguntei se existia a possibilidade de o Palmeiras ter acesso à proposta para estudar se a cobriríamos. Ele (pai e agente) disse que a única hipótese de o Kardec ficar era se ele (Kardec) rompesse com o pai, que não cuidaria mais da carreira dele, pois já tinha dado a palavra ao São Paulo. Não houve a menor hipótese de ele continuar. Ele não continuará no Palmeiras porque ele não quer. Não mediríamos esforços para mantê-lo no grupo”, contou.
Nobre afirmou que um novo vínculo com Kardec esteve muito próximo de ser fechado. “O Palmeiras tentou de todas as maneiras, a negociação ainda tinha 30 dias para poder acontecer. A negociação estava muito próxima do final. Tanto que, quando fomos ao jogo contra o Criciúma, eu estava tranquilo porque achava que no começo da semana tudo se resolveria”, declarou o dirigente.
O presidente do Palmeiras se mostrou insatisfeito com a postura do rival São Paulo neste episódio. “Foi extremamente antiético. Um clube que entra na negociação em uma situação antiética, afinal o Kardec era jogador do Palmeiras, titular, e com negociação em curso. Aí entra um clube fazendo uma proposta e o estafe do jogador achou por bem aceitar a proposta”, disse Nobre, que citou o interesse de outros clubes pelo atacante.
“O Kardec estava no ostracismo no ano passado e hoje está cotado para ir à Copa do Mundo. Outros presidentes entraram em contato e disseram: ‘Estamos interessados no Alan e, assim que vocês encerrarem as negociações, tentaremos’. Agora, no meio da negociação, é totalmente antiético. Os clubes são totalmente desunidos, isso todo mundo sabe. Do que adianta se vangloriar por dar um ‘passa-moleque’ em alguém?”, indagou.
O mandatário palmeirense também lembrou a chegada de Kardec ao Verdão para exemplificar a postura do clube daqui para a frente. “No ano passado, eu fui muito criticado por parte da torcida porque eu trouxe o Alan Kardec, pois estava encostado no Benfica B. Eu estava seguro quando o trouxe e sabia que poderíamos ter sucesso. É a nossa obrigação fortalecer o elenco. Estamos de olho no mercado de uma maneira geral, independentemente do Kardec. Estamos buscando reforçar este elenco como sempre fizemos e sempre faremos”, falou Paulo Nobre, não esquecendo de seu compromisso com o Palmeiras.
“A minha relação é de responsabilidade financeira. Participo de todas as negociações, direta ou indiretamente, e defendo cada centavo do clube. Se hoje passamos por dificuldades financeiras é porque outras administrações usaram finanças futuras e nos deixaram comprometidos”, finalizou o presidente.
