Os donos da base: técnicos somam oito conquistas no ano e se destacam
Agência Palmeiras
Heron Ledon
Gritos, orientações, broncas, elogios. Nos bancos de reservas das quadras de basquete, estavam três comandantes responsáveis por oito conquistas da base do Palmeiras em 2013. Juntos, Willians Manzini, Betão e Danilo Castro tiveram seis troféus de campeão e dois de vice sob o comando de cinco categorias do Verdão – o maior feito da história da modalidade do clube. Reconhecimento dentro e fora do Palestra, então, mais do que merecido aos treinadores.
Faturar quatro títulos em uma temporada com duas equipes não é para qualquer um. Willians Manzini levou os times sub-15 e sub-12 alviverdes ao lugar mais alto do Campeonato da Grande São Paulo e do Estadual. Para abrilhantar ainda mais o seu trabalho, foi convocado à Seleção Paulista Sub-15 como técnico para a disputa do Brasileiro, entre os dias 7 e 13 deste mês.
Sócio do Alviverde desde criança, Manzini já defendeu as cores palestrinas como jogador quando era garoto e, desde 98, é treinador do clube, seja na base ou na escolinha. Assim, orgulho e felicidade traduzem o auge da carreira neste ano. “É uma gratificação estar aqui. Eu não esperava quatro conquistas, mas sempre confiei no meu trabalho, na diretoria, e a molecada se superou muito. A missão que foi dada foi cumprida. Os garotos tinham que acreditar que poderiam ganhar tudo e abraçaram a ideia. Enfim, foi tudo muito especial e acabou abrindo o caminho para o meu nome ser lembrado pela Federação Paulista”, disse.
Por vezes auxiliar de Willians – e vice-versa – Betão conseguiu um grande feito com o comando do sub-14: campeão invicto da GSP e do Estadual. Foram 31 partidas sem perder, com médias de 76,2 pontos feitos e 36,7 sofridos. Além do mais, teve o vice-campeonato estadual com o sub-17. Como consequência, ele foi convidado a assumir o elenco do Palmeiras/Meltex. “Muito trabalho. Eu primo muito pela defesa, e esse foi o grande mérito das equipes, além do excelente comprometimento dos meninos. Quanto a mim, o mais importante é que eu vesti essa camisa 100%. Eu vivo o Palmeiras intensamente em todos os sentidos. E acho que a minha postura e a minha forma de trabalhar resultaram no convite para o profissional”, comentou o técnico, que chegou ao Palestra no início de 2013 e atuou no clube como jogador em 92.
Ao lado de Betão em alguns duelos do sub-17, estava Danilo Castro, que também teve o auxílio do companheiro no comando do sub-16. Com a equipe, o ex-armador – da seleção brasileira, inclusive – e comentarista de basquete faturou a medalha de prata do Estadual, em seu primeiro ano como treinador. “Foi fantástico. Tenho que agradecer à diretoria e à coordenação pela confiança que me deram. Esse elenco é maravilhoso. Esses garotos têm um grande futuro. Eu aprendi muito, e é uma sensação diferente de quando você está dentro de quadra jogando. E também eu quase não me satisfiz porque eu queria mais, eu sempre vou buscar melhores resultados”, avaliou Danilo.
Outros dois “professores” palestrinos tiveram bons resultados na temporada. Com o sub-13, o comandante Carlão ficou na sexta colocação da Grande São Paulo. Já Eran Sherzer – ex-auxiliar do conjunto profissional verde e branco e assistente técnico da seleção brasileira sub-19 em 2013 – liderou a mesma categoria alviverde e chegou até as quartas de final do Estadual.