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Pela décima rodada do Campeonato Paulista, o Palmeiras recebeu a equipe do Guarani no Allianz Parque, na tarde deste domingo (06) e venceu pelo placar de 2 a 0, com gol de Gustavo Scarpa, no último minuto do primeiro tempo, em cobrança de penalidade (sofrido por Mayke) convertida após análise do VAR, e com gol de Wesley, nos acréscimos do segundo tempo. Com o resultado, o Verdão chegou a sete vitórias e três empates na temporada 2022 e, desta forma, se mantém invicto (as partidas da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2021 não entram na conta, pois eram referentes à temporada passada), e, de quebra, somou 20 pontos no Campeonato Paulista – para garantir vaga às quartas, sem depender de outros critérios de desempate, o Verdão precisa chegar aos 25 pontos – e ainda possui quatro compromissos pela frente: São Paulo (fora), Santos (casa), Corinthians (casa) e Red Bull Bragantino (fora).
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Perto das fases decisivas, o Palmeiras vai voltando para onde está acostumado. Campeão em 2020, contra o Corinthians, e vice em 2021, o Palmeiras não fica de fora da semifinal do Campeonato Paulista desde 2014. Duelou com o Ituano na semi de 2014, foi vice-campeão contra o Santos em 2015, encarou novamente o Santos pela semi de 2016, mediu forças com a Ponte Preta pela semi de 2017, ficou com o vice diante do Corinthians em 2018 e enfrentou o São Paulo pela semi de 2019.
Os 20 pontos no Paulistão, aliás, fazem do Verdão o líder não só de seu grupo (o Grupo C), mas também o primeiro colocado geral do Estadual, mesmo tendo uma, e em alguns casos, até duas partidas a menos em relação a seus demais adversários devidos a partidas em atraso.
O Palmeiras também é o time do Campeonato Paulista 2022 que possui o maior número de vitórias (seis, contra cinco do Corinthians, do São Paulo e do Bragantino), o menor número de gols sofridos (apenas um, contra sete do Corinthians, do São Bernardo e do Botafogo), e o melhor saldo de gols (11, contra seis do Bragantino).
Aliás, de 2017 a 2022 o Palmeiras é o dono da melhor defesa da primeira fase do Campeonato Paulista (ou seja, considerando os 12 primeiros jogos da fase de grupos, na qual todas as equipes possuem o mesmo número de partidas) – exceto 2022 que ainda está em andamento, mas ainda assim é o detentor da marca. Apenas em 2021 não fechou como dono da melhor defesa. Portanto, nas últimas seis edições do Estadual (incluindo a atual), o Alviverde tem a melhor defesa em cinco delas. Além disso, o time ostenta ainda a segunda melhor defesa desta temporada considerando todos os clubes que disputam a Série A, por qualquer competição que tenham disputado, com média de 0,3 gol sofrido por partida, atrás apenas do Fluminense, com 0,25 gol sofrido por partida.
A vitória em casa também fez com que o Palmeiras reforçasse um número que faz de 2022 a temporada mais vitoriosa no Allianz Parque desde que fora reinaugurado no formato de arena, em 2014. Agora são cinco vitórias em cinco jogos disputados e nenhum gol sofrido, fazendo desta, até aqui, a temporada mais vencedora e menos vazada da história da casa palmeirense. O segundo melhor aproveitamento de pontos em uma temporada na arena é de 74%, em 2017 (20 vitórias e cinco empates em 29 jogos); já o segundo melhor percentual de vitórias pertence às temporadas de 2017 e de 2019, empatadas (69% – 2017 registrou 20 triunfos dos 29 disputados e 2019, 18 vitórias de 26 jogos); enquanto a segunda menor média de gols sofridos é de 0,46 gol sofrido por jogo, em 2019 (12 gols sofridos nas 26 partidas que disputou). E, por fim, a menor quantidade de gols sofridos pelo Palmeiras na arena, em números absolutos em uma mesma temporada, foi de três bolas na rede, em 2014 (entretanto, o Verdão disputou apenas duas partidas naquele ano na arena, que aliás, foi a temporada inaugural do novo Allianz Parque).
Aliás, o retrospecto 100% na temporada é um privilégio que poucos times ostentam até aqui na temporada 2022, ainda considerando equipes que disputarão a Série A do Brasileirão neste ano. Além do Verdão, venceram todos os compromissos em casa os times do Red Bull Bragantino, o Atlético-MG e o Cuiabá. E também é um dos únicos que ainda não foi vazado em casa em 2022, ao lado de Atlético-MG, Coritiba e São Paulo.
Contra o adversário da vez, especificamente, o Maior Campeão do Brasil também reforçou números positivos. time do interior paulista que o Palmeiras mais vezes enfrentou na história, com agora 191 jogos (98 vitórias, 48 empates e 45 derrotas), o Verdão chegou à sua quarta vitória seguida no retrospecto geral contra a equipe campineira (todas válidas pelo Paulista).
De quebra, o resultado positivo desta tarde representou a defesa de uma marca de 35 anos sem reveses como mandante contra o Guarani pelo Campeonato Paulista, pois, desde o último revés sofrido na condição de mandante pelo Campeonato Paulista, em 01/04/1987, o Palmeiras não sabe mais o que é perder para o Guarani neste cenário em um total de 22 partidas disputadas entre 1989 e hoje, acumulando 16 vitórias e seis empates – como mandante, em qualquer estádio.
E levando em conta apenas o Palestra Italia (atual Allianz Parque), o Verdão também defendeu com a vitória de hoje um total de 18 anos invicto em casa contra o Guarani por qualquer competição, mesmo porque, em sua casa, o Verdão não perde desde 2004 (naquele ano foi superado pelo adversário no antigo Palestra Italia por 2 a 0 pelo Brasileirão). Desde então, foram quatro jogos disputados no local já com este, todos pelo Paulista: em 2005, empate por 1 a 1; em 2009, vitória por 1 a 0; em 2020, outro triunfo por 1 a 0; e agora este em 2022, triunfo por 2 a 0.
Individualmente, dentre os jogadores, o goleiro Weverton, por não ter sido vazado nessa partida, se tornou o goleiro com mais partidas sem sofrer gols neste século, ao lado de Marcos: ambos agora têm 107 jogos sem sofrer gols do total de partidas que fizeram no Século XXI.
Já Gustavo Scarpa, com o gol de pênalti, saltou da 100ª para a 93ª posição da lista dos atletas que mais fizeram gols na história do Palmeiras em todos os tempos. Agora o meia possui 31 bolas na rede, igualando a quantidade de gols de Barcos, Careca, Gaúcho, Marcos Assunção, Muñoz e Reinaldo Xavier.
As marcas individuais não se estendem só ao âmbito dos atletas. Abel Ferreira, que já vinha acumulando recordes atrás de recordes, chegou a mais um númeor expressivo: se no Allianz Parque (inaugurado em 2014) ele já é o técnico isoladamente que mais partidas possui (46) e venceu (28 com essa), os 28 triunfos que chegou hoje no estádio fizeram com que ele entrasse no top 10 de técnicos mais vencedores da história do estádio em todos os tempos, considerando todas as formas físicas que a atual arena já possuiu outrora: agora divide a oitava posição com Aymoré Moreira, Mário Travaglini e Matturo Fabbi (o líder desta lista é Vanderlei Luxemburgo, com 122 vitórias na casa palmeirense em qualquer época).
O JOGO
A equipe do Palmeiras foi a campo com Weverton; Mayke, Gustavo Gómez, Kuscevic e Jorge; Jailson, Atuesta e Gustavo Scarpa; Gabriel Veron, Giovani e Rafael Navarro. Escalação parcialmente modificada em relação ao time que costumeiramente vem sendo titular.
Na primeira etapa, o Verdão até sobressaiu, mas não conseguiu ser certeiro no momento de consolidar suas finalizações e, desta forma, ofereceu perigo real à meta campineira poucas vezes ao longo dos 45 minutos inciais. A melhor chance aconteceu aos 21, quando Atuesta recebeu de Giovani e cruzou da linha de fundo, mas Ronaldo Alves apareceu antes de Navarro para evitar o gol.
Com muito menos brilho no jogo, o Guarani pouco apareceu e, praticamente, atacou o Verdão uma única vez, aos 25, em quando Jailson deixou escapar a bola em uma saída. Mas, atento no lance, Kuscevic travou a finalização de Maxwell.
Mesmo em meio a um jogo monótono, o tento palestrino aconteceu. Saiu aos 50 minutos do primeiro tempo, após, aos 48, Mayke ter invadido a área adversária e ter sido atingido por Maxwell, que furou ao tentar acertar a bola e pegou em cheio no lateral palmeirense. Após avaliação no VAR, a arbitragem assinalou a penalidade que fora convertida por Gustavo Scarpa. (Palmeiras 1×0 Guarani)
No segundo tempo, o Palmeiras quase amplia logo na saída de bola. Veron avançou pela esquerda, cruzou e Ronaldo Alves desviou, quase contra a própria pátria. Maurício Kozlinski, no entanto, defendeu com o pé direito e salvou o Bugre. Logo em seguida, aos 3 minutos, Veron voltou a aparecer no jogo, desta vez tentando um golaço de bicicleta, mas faltou pontaria.
Depois disso, as chances de gols não foram tão frequentes, mas sempre que aconteciam, eram do lado palmeirense. Aos 12, novamente Veron tentou o dele: Ronaldo Alves perdeu a bola perto da área do Guarani, e o atacante alviverde foi lançado na cara do goleiro e, então, tocou paro gol, mas Derlan apareceu para evitar o tento esmeraldino. O Bugre respondeu com Maxwell logo em seguida, mas sem muito perigo.
A melhor chance do Guarani no segundo tempo foi aos 15 minutos, quando Mateus Ludke ganhou pelo alto da defesa do Palmeiras e cabeceou no canto do gol do Palmeiras, obrigado Weverton a praticar uma belíssima intervenção.
Antes, aos 14 minutos, Abel Ferreira havia mexido no time, colocando Wesley na vaga de Scarpa; aos 19, a segunda alteração foi simultânea: Giovani saiu para entrar Dudu e Veiga entrou na vaga de Veron.
Poucos minutos após as alterações de Abel, o modificado Palmeiras respondeu com Dudu, que quase marcou um golaço aos 25 do segundo tempo: ele driblou boa parte dos jogadores do Guarani, invadiu a área e bateu cruzado. Mas Kozlinski fez ótima defesa. Na sobra, Navarro ainda finalizou de cabeça, e Ronaldo Alves, outra vez, salvou o Bugre.
Dali até o fim da partida não foram mais notadas grandes emoções. Apenas em lances pontuais. Pelo lado palmeirense, ainda entraram Danilo na vaga de Atuesta e Piquerez no lugar de Jorge.
E aos 35 minutos, o volante Rodrigo Andrade, do Guarani, ainda foi expulso por uma cotovela em lance de dividia com Mayke validada pelo árbitro após consulta ao VAR.
Desta forma, o Palmeiras, com superioridade numérica em campo passou a jogar mais leve e ainda arriscou algumas chances, como as que teve com Jailson, aos 40 e 41 minutos, quando chutou de longe e, depois, de cabeça após cobrança de escanteio.
Quando o resultado parecia magro e definido, novamente nos acréscimos, o Palmeiras ainda ampliou sua vantagem, desta vez com Wesley, que entrara minutos antes, aos 48 minutos, matando o jogo. O atacante puxou a bola da esquerda para o meio e bateu de fora da área: a bola ainda desviou em Ronaldo Alves, e Kozlinski só acompanhou com os olhos. (Palmeiras 2×0 Guarani)
PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Gómez, Kuscevic e Jorge (Piquerez, 31’/2ºT); Jailson Siqueira, Atuesta (Danilo dos Santos, 31’/2ºT) e Gustavo Scarpa (Wesley, 14’/2ºT); Gabriel Veron (Raphael Veiga, 19’/2ºT), Rafael Navarro e Giovani (Dudu III, 19’/2ºT). Técnico: Abel Ferreira.
Cartões amarelos SEP: Abel Ferreira, Gustavo Scarpa e Jorge (Palmeiras)
