Departamento de Comunicação

O Palmeiras recebeu a equipe da Ponte Preta na noite deste domingo (02), no Allianz Parque, pelo jogo único da semifinal do Campeonato Paulista 2020. Pelo placar de 1 a 0, gol do volante Patrick de Paula, aos 45 do primeiro tempo, o Verdão garantiu classificação à final do torneio estadual – o outro finalista é o Corinthians, que garantiu classificação no jogo das 16h após passar pelo Mirassol, vencendo por 1 a 0. Mais bem pontuado entre as equipes que ainda seguem na competição, o Alviverde terá o mando de campo na última das duas partidas finais.

Clique aqui para ver a ficha técnica, estatísticas e tudo sobre o jogo!

Este foi o 20º duelo decisivo de avanço de fase ou de disputa de título, por qualquer competição, na história do Allianz Parque, inaugurado em novembro de 2014. E na maioria das vezes, o Verdão levou a melhor: se classificou em 13 ocasiões, foi campeão em outra (Copa do Brasil 2015) e em apenas seis situações a equipe foi eliminada ou ficou com o vice-campeonato.

O fator casa, aliás, tem sido fundamental para que o Maior Campeão do Brasil viesse com esse bom desempenho nas fases decisivas: o clube não sabe o que é perder em sua arena. Por enquanto, são sete jogos com seis vitórias e um empate: pelo Paulista, venceu o Mirassol por 3 a 1 (em 16/02), o Guarani por 1 a 0 (em 20/02), o Água Santa por 2 a 1 (em 26/07), o Santo André por 2 a 0 (em 29/07) e, agora, a Ponte Preta (02/08), e empatou com a Ferroviária por 1 a 1 (em 07/03); pela Libertadores, superou o Guaraní-PAR por 3 a 1 (em 10/03). Aproveitamento de 90%.

Além dos jogos na arena, o Alviverde também está invicto neste ano como mandante de forma geral: considerando as partidas realizadas na Arena da Fonte Luminosa (Palmeiras 0x0 São Paulo) e no Pacaembu (Palmeiras 4×0 Oeste) pelo Paulista, incluindo o retrospecto no Allianz Parque citado no parágrafo anterior, o Palmeiras ostenta um aproveitamento de 83% na temporada (sete vitórias e dois empates, com 17 gols marcados e quatro sofridos).

Individualmente, destaque expressivo para o treinador Vanderlei Luxemburgo, que, com o duelo deste domingo, chegou a 237 vitórias e igualou Felipão no quesito, dividindo agora a 2ª posição na lista de treinadores que mais venceram pelo Maior Campeão do Brasil (Scolari possui 237 vitórias em 484 partidas). O líder deste ranking é Oswaldo Brandão, com 342 triunfos em 586 jogos.

Ao todo, Vanderlei Luxemburgo soma 391 partidas à frente do Palmeiras e, além das 237 vitórias que chegou nesta noite, possui ainda outros 86 empates e 68 derrotas. São 783 gols marcados e 352 gols sofridos.

Técnico que mais comandou o Palmeiras no Parque Antarctica (incluindo todas as formas físicas que a atual arena palmeirense, inaugurada em 2014, já possuiu outrora), com 151 partidas, Luxemburgo possui uma série invicta na casa esmeraldina de 14 jogos (11 vitórias e 3 empates). A última derrota aconteceu há 11 anos, na sua passagem anterior pelo clube, em 18/04/2009: foi para o Santos, pelo Campeonato Paulista, por 2 a 1, gol de Pierre. O duelo colocou dois lendários jogadores de diferentes lados naquele dia: o veterano goleiro Marcos, pelo Palmeiras, e o jovem atacante Neymar, pelo Peixe.

Em partidas de mata-mata, Vanderlei Luxemburgo também não fica para trás! Pelo Campeonato Paulista, foram seis duelos com o de hoje, com cinco vitórias (quartas de final de 2020, semifinais de 2008 e 2020 e dois títulos, nas finais de 2008 e 1993) e uma derrota (semifinal de 2009). No Campeonato Brasileiro, a vantagem também é expressiva: quatro vitórias (incluindo as finais de 1993 e 1994) e apenas uma derrota (quartas de final de 1996).

A própria estreia de Luxemburgo no Palmeiras foi em uma partida eliminatória. O jogo do dia 20/04/1993, quando o Verdão bateu o Vitória por 1 a 0, gol de Maurílio, colocou o time nas quartas de final da Copa do Brasil daquele ano.

Pode se dizer que o treinador é um especialista em campeonatos estaduais. Só no Verdão, ele conquistou quatro dos cinco Campeonatos Paulistas que disputou anteriormente com o Verdão (1993, 1994, 1996 e 2008, justamente os últimos quatro títulos estaduais do Palmeiras – só não ganhou em 2009), sendo o que mais levantou taças estaduais pelo clube, ao lado de Oswaldo Brandão (que faturou os de 1947, 1959, 1972 e 1974). Ambos também são os maiores campeões da história do clube, com sete títulos cada um (Luxa soma os Brasileiros de 1993 e 1994 e o Rio-São Paulo de 1993, enquanto Brandão levou os Brasileiros de 1969, 1972 e 1973).

Dentre os jogadores, destaque para o jovem talento Patrick de Paula, que vem se destacando com a camisa 5 do Verdão. Desde o retorno do Campeonato Paulista, o volante foi escalado entre os titulares nos quatro jogos possíveis: contra Corinthians, Água Santa, Santo André e, agora, Ponte Preta. O jogador já disputou 733 minutos em 12 partidas no ano de 2020. Patrick foi captado pelo Palmeiras enquanto atuava no futebol amador do Rio de Janeiro em 2017. Fazia, inicialmente, a função de meia armador e assumiu o protagonismo da equipe Sub-20 quando passou a jogar mais recuado, como primeiro volante (atuou até improvisado como zagueiro em algumas partidas das categorias de base).

Outro que merece ser citado é o camisa 1. O goleiro Weverton, eficiente quando acionado, se destacou por ter passado mais um jogo em branco. Vazado apenas 65 vezes em 107 jogos pelo Palmeiras, o goleiro Weverton detém a segunda menor média de gols sofridos na história do clube: 0,60, atrás só do paraguaio Benítez, com 0,54 (13 gols sofridos em 24 jogos em 1978); na terceira colocação, aparece o também paraguaio Gato Fernández, com 0,62 (22 gols em 35 jogos em 1994). São considerados somente goleiros com ao menos dez jogos disputados pelo Verdão.

Além disso, Weverton não sofreu gols em 58 partidas dessas 107 que jogou pelo Verdão, número que o coloca na terceira colocação do ranking de goleiros com mais jogos sem ser vazado no Século XXI, atrás apenas de Marcos (107 jogos) e Fernando Prass (101). Em uma única temporada, o atual camisa 1 é o recordista do Século XXI com 26 jogos sem sofrer gols em 2019.

Weverton fechou o ano de estreia, em 2018, com 21 jogos sem sofrer gols. Em 2019, foram 26. E neste ano, já são 11 partidas intransponível em 18 disputadas. Se sair de campo mais 9 vezes sem ser vazado nesta temporada, ele alcançará uma marca que não é atingida há 23 anos – o último goleiro a ficar três temporadas consecutivas sem sofrer gols em 20 ou mais jogos foi Velloso, em 1995 (28), 1996 (24) e 1997 (27).

No Verdão, Weverton já defendeu quatro penalidades, todas elas no ano de 2019: em amistoso diante do Guarani; pela Copa do Brasil diante do Internacional; pela Libertadores contra o Godoy Cruz-ARG; e ante o Ceará pelo Brasileirão. Vale lembrar que pela Seleção Brasileira Olímpica, defendeu uma cobrança na vitória por 5 a 4 nos pênaltis contra a Alemanha na final, ajudando a garantir o então inédito ouro olímpico ao Brasil.

Atleta com mais minutos em campo em 2020 (1459), Weverton atuou em todos os 18 jogos do Palmeiras neste ano, assim como Willian e Ze Rafael.

DADOS COLETIVOS DO TIME

O Palmeiras sofreu apenas seis gols nas 14 partidas disputadas até aqui no Campeonato Paulista, e detém, de forma isolada, a defesa menos vazada do certame – algo que se repete pela quarta temporada consecutiva. Nos anos anteriores, o Maior Campeão do Brasil também foi o menos vazado (levando em conta a fase de grupos – quando todos times têm 12 jogos), com somente oito em 2017, outros oito em 2018 e cinco em 2019.

Em média, como novamente passou em branco contra a Ponte Preta (como já havia sido diante do Santo André, na última quarta, 29), o Verdão tem a melhor defesa do Paulista no geral com 0,42 gol sofrido por jogo, contra 0,76 do Corinthians, segundo colocado (10 gols sofridos em 14 partidas).

PALMEIRAS FAZ 81,48% DOS GOLS DE 2020 NO SEGUNDO TEMPO

Contra a Ponte Preta, na noite deste domingo, o Palmeiras contrariou uma estatística que tem se tornado frequente no ano de 2020. Ao vencer por 1 a 0 com gol no primeiro tempo, o duelo diante da Macaca é um dos poucos que teve gol no primeiro tempo – dos 27 tentos palestrinos neste ano, 22 saíram na etapa final (81,48%) e apenas cinco no primeiro tempo (18,52%)

PALMEIRAS X PONTE PRETA: RETROSPECTO ATUALIZADO

Este foi o terceiro encontro entre Palmeiras e Ponte Preta em jogos eliminatórios. Nos dois anteriores, cada um se deu bem uma vez.

Em 2008, na final do Campeonato Paulista, o atual técnico alviverde Vanderlei Luxemburgo comandou a conquista do título com uma vitória por 5 a 0 no Estádio Palestra Italia (a partida de ida em Campinas havia sido 1 a 0 para o Alviverde). Naquele 04/05/2008, o Palmeiras foi a campo com Marcos (Diego Cavalieri); Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Pierre, Martinez, Valdivia e Diego Souza; Kleber Gladiador (Denílson) e Alex Mineiro (Lenny). Os gols foram de Alex Mineiro (três), Valdivia e um contra.

O último confronto eliminatório antes desse, porém, foi favorável à Ponte. Na semifinal do Paulista de 2017, o time campineiro se classificou ao venceu o jogo de ida, no Moisés Lucarelli, por 3 a 0, e ser derrotado na partida de volta, no Allianz Parque, por 1 a 0 (gol de Felipe Melo). Naquele 22/04/2017, o Verdão de Eduardo Baptista entrou em seu estádio com Fernando Prass; Jean, Mina, Edu Dracena e Egídio (Keno); Felipe Melo, Tchê Tchê (Michel Bastos) e Guerra; Róger Guedes, Borja (Willian) e Dudu.

Neste noite, o Verdão ampliou uma série invicta para sete duelos com a Ponte no retrospecto geral: seis vitórias e um empate. O último triunfo campineiro aconteceu em 2017, justamente na semifinal do Paulista. Depois disso, foram dois jogos pelo Brasileiro, com duas vitórias alviverdes, e cinco jogos pelo Paulista, com quatro vitórias alviverdes e um empate.

Ao todo, Palmeiras e Ponte Preta já se enfrentaram em 133 ocasiões ao longo da história, e a vantagem é palestrina: 68 vitórias, 32 empates e 33 derrotas, com 216 gols marcados contra 138 gols sofridos.

No Parque Antarctica / Allianz Parque, palco do encontro de hoje, foram 47 encontros no total, com 29 triunfos palmeirenses, 11 empates, 7 derrotas, 95 gols marcados e 37 sofridos. O primeiro aconteceu em 08/01/1953, na vitória por 4 a 3 do Verdão sobre o visitante, com gols de Moacir, Liminha (duas vezes) e Juvenal, pelo Campeonato Paulista.

Levando em conta apenas o Allianz Parque, inaugurado em novembro 2014, agora o Verdão leva vantagem: três vitórias, contra duas do time pontepretano, e dois empates (balançou as redes seis vezes e sofreu cinco gols).

Especificamente em jogos de Paulista disputados no Parque Antarctica / Allianz Parque, foram 34 duelos já considerando o dessa semifinal, com 21 vitórias alviverdes, nove empates, quatro derrotas, 68 gols marcados e 25 sofridos. Seguindo o mesmo recorte (jogos de Paulista), agora restringindo apenas às partidas no Allianz Parque, foram quatro embates: uma vitória da Ponte Preta, em 2015, e três triunfos do Maior Campeão do Brasil, em 2017, 2019 e 2020, respectivamente. Os quatro jogos em questão terminaram com o placar de 1 a 0.

O JOGO

Para o duelo valendo vaga na final do Estadual de 2020, o técnico Vanderlei Luxemburgo conseguiu repetir a escalação do duelo anterior (diante do Santo André) e, desta forma, o time foi a campo com Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo e Gustavo Gómez; Patrick de Paula, Gabriel Menino e Ramires; Willian, Luiz Adriano e Rony.

No primeiro tempo, o Palmeiras iniciou predominando com duas chances de Rony logo de cara – a primeira delas, uma cabeçada quase a queima roupa sobre o goleiro Ivan, integrante da Seleção Olímpica.

O momento que parecia um gol certo também foi na cabeçada de Gustavo Gómez, após subir muito alto para aproveitar cobrança de escanteio. A bola explodiu no travessão, aos 17 minutos.

No decorrer ainda do primeiro tempo, Willian teve suas chances, assim como Rony voltou a ter outras. A Ponte Preta até reagiu e conseguiu finalizar algumas vezes.

Mas foi Patrick de Paula, aos 45 da etapa inicial, que inaugurou o marcador, chutando de pé esquerdo, de fora da área, após longo lançamento de Ramires do meio de campo (porém, na parte do campo do Verdão) em uma jogada iniciada por Gustavo Gómez. O chute do camisa 5 foi certeiro e não deu chance ao arqueiro Ivan, que vinha salvando a Macaca (Palmeiras 1×0 Ponte Preta)

O que se viu no primeiro tempo foi mesmo um Palmeiras superior, que finalizava mais e mantinha a posse da bola por mais tempo; que também havia fuzilado o rival nos minutos iniciais, mas não conseguira traduzir as chances em gols. Entretanto, o tento de Patrick de Paula fez com que o time de Luxemburgo passasse a jogar com mais tranquilidade, sem ter entrado no desespero em momento algum.

Para o segundo tempo, O Verdão voltou sem mudanças. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, o Palmeiras voltou a ter chances, com Gabriel Menino, enquanto o time do técnico João Brigatti chegou com João Paulo e Moisés.

Aos 16 minutos, Luxemburgo decidiu mexer no time pela primeira vez. Agora com direito a cinco substituições desde o retorno às atividades após a pausa da pandemia de Covid-19, portanto, desde o dia 22/07 (últimos quatro jogos com este), o treinador palmeirense resolveu fazer duas alterações simultâneas: saiu Ramires para entrar Bruno Henrique e Willian para dar vez a Zé Rafael.

Não demorou muito após as alterações, o Palmeiras, com mais fôlego no meio de campo e mais fechado, passou a ficar mais produtivo e voltou a pressionar o adversário. Para incendiar de vez a partida, Luxa colocou Gustavo Scarpa, aos 26 minutos (saiu Gabriel Menino).

Na reta final da partida, o jogo esfriou moderadamente e Weverton ainda saiu bem do gol para fazer uma defesa em uma tentativa de Roger, em uma jogada puxada de contra-ataque. Àquela altura, o Palmeiras não poderia abrir brechas ao visitante.

Aos 32, Vanderlei Luxemburgo mexeu novamente na equipe: na zaga, saiu Felipe Melo, que já tinha cartão amarelo, para a entrada de Luan; na meia-ofensiva, saiu Rony para dar lugar a Lucas Lima.

O jogo ainda não estava terminado. O Palmeiras tentava buscar mais um gol para matar a partida e poder ficar ainda mais tranquilo, porém, o máximo que conseguiu foi um venenoso chute de Gustavo Scarpa, de fora da área, que acertou o travessão após a pelota desviar na zaga, aos 39 minutos. O camisa 14 ainda teve outras chances aos 46 e aos 47, mas não vingaram em gols.

Com quatro minutos de acréscimos, o jogo foi disputado até os 49, e nos minutos finalíssimos o time inteiro da Ponte Preta, que não tinha mais nada a perder (incluindo o goleiro Ivan), partiu para a área palmeirense na busca de igualar o placar e levar a partida para as penalidades. Entretanto, nada aconteceu e o Maior Campeão do Brasil saiu ileso, garantindo vaga na final para enfrentar o maior rival, Corinthians.

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo (Luan Garcia, 20′ do 2ºT), Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Gustavo Scarpa, 26’ do 2ºT) e Ramires (Bruno Henrique, 16′ do 2ºT); Willian (Zé Rafael, 16′ do 2ºT), Luiz Adriano e Rony (Lucas Lima, 32’ do 2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Cartão amarelo: Felipe Melo

Gol: Patrick de Paula (45’ do 1ºT)