Palmeiras comemora 10 anos do título da 1ª Copa dos Campeões

Agência Palmeiras
Marcelo Cazavia

O Palmeiras comemorou no domingo [25] o aniversário de 10 anos do título da Copa dos Campeões de 2000, última conquista nacional de elite do clube. Era a primeira edição da competição, que concedia uma vaga para a Taça Libertadores do ano seguinte e foi sediada nas cidades de João Pessoa (PB) e Maceió (AL) com a participação de nove equipes.

Além do Palmeiras, vencedor do Torneio Rio-São Paulo daquele ano, entraram na disputa América-MG (campeão da Copa Sul-Minas), Cruzeiro (vice-campeão da Copa Sul-Minas e campeão da Copa do Brasil), Flamengo (campeão do Estadual do Rio), Goiás (campeão da Copa Centro-Oeste), São Paulo (campeão paulista), São Raimundo-AM (campeão da Copa Norte), Sport (campeão da Copa do Nordeste) e Vitória (vice-campeão da Copa do Nordeste).

O Verdão tinha no comando técnico Flávio Teixeira, o Murtosa, que hoje está de volta ao clube como auxiliar de Luiz Felipe Scolari. Apesar do título do Rio-São Paulo e do vice-campeonato da Libertadores naquela temporada, o momento não era dos melhores. Felipão havia deixado o clube para assumir o Cruzeiro, e boa parte dos atletas havia sido negociada às vésperas do início da competição.

“Os mais cotados para o título eram São Paulo e Flamengo, que tinham um grupo forte. O [Luiz] Felipe [Scolari] já tinha acertado a ida para o Cruzeiro e, como o Palmeiras estava refazendo a equipe após a saída de vários jogadores que foram destaque no primeiro semestre, eu assumi o cargo, pois conhecia bem o grupo de atletas. Todos acreditavam que seria muito difícil vencermos o torneio, até porque tivemos que contratar com urgência alguns jogadores”, lembra Murtosa.

Todos os confrontos foram eliminatórios. O primeiro foi com o Cruzeiro, e o Palmeiras passou de fase com uma vitória por 3×1 (dois gols de Pena e um de Asprilla) e um empate por 1×1 (gol de Nenê). Na semifinal, o adversário foi o Flamengo. Após a derrota por 2 a 1 na primeira partida (gol de Taddei, que havia entrado durante o jogo), Murtosa não poderia mais contar com o volante Galeano, cujo contrato havia terminado. O zagueiro Paulo Turra, por sua vez, havia sido expulso e era outro desfalque.

O treinador, então, alçou o volante Taddei ao time titular, colocou o zagueiro Thiago Mathias na vaga de Turra e o Verdão venceu a segunda partida por 1 a 0 (novamente, gol de Taddei). Na disputa de pênaltis, Sérgio defendeu a última cobrança rubro-negra e garantiu o triunfo por 5×4. O Palmeiras estava em mais uma decisão.

“A molecada da base deu conta do recado. Utilizei, durante a competição, alguns jovens revelados no clube, como o Taddei, o Thiago Mathias, o também zagueiro Tiago Silva, o lateral-esquerdo Jorginho e o volante Paulo Assunção, além de algumas revelações do interior que contratamos, como o meia Juninho e os atacantes Alberto e Adriano”, recorda Murtosa.

Na grande final contra o Sport, disputada em jogo único, Pena era a baixa (havia sido expulso diante dos cariocas). Alberto ficou com a vaga e marcou o segundo gol da vitória por 2×1 (o primeiro foi de Asprilla), garantindo mais uma taça para o Verdão.

Com aquela conquista, aliás, o Palmeiras ratificou a condição de único time a ganhar todos os campeonatos nacionais disputados na história do futebol do país (Taça Brasil, Taça Roberto Gomes Pedrosa, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa dos Campeões).

“Foi um processo de renovação de grupo, com muitos problemas e com um treinador passageiro. Fiquei orgulhoso de ter feito parte de uma equipe que superou adversidades e chegou ao título. Guardarei para sempre na memória aquela competição, que entrou para a história do clube”, emociona-se Murtosa.