Palmeiras empata com Cruzeiro no Mineirão e se despede da Copa do Brasil 2018

Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação_Felipe Melo marcou o gol alviverdeCom o placar de 1 a 0 a favor do rival no jogo de ida, no Allianz Parque, o Palmeiras não conseguiu reverter a vantagem cruzeirense e se despediu da edição de 2018 da Copa do Brasil. A partida desta quarta-feira (26), no Mineirão, terminou em empate por 1 a 1, e o gol palmeirense foi marcado por Felipe Melo.

Apesar da eliminação, o Palmeiras ampliou, neste duelo contra a Raposa, seu ótimo retrospecto sem sofrer revés fora de casa para dez jogos. A série conta com triunfos sobre Cerro Porteño-PAR, Vitória, Chapecoense, Colo-Colo-CHI e Sport, e empates com Bahia (duas vezes), América-MG, Internacional e, agora Cruzeiro, com 12 gols marcados contra apenas três sofridos. No total, em 2018, o Palmeiras atuou 34 vezes como visitante, e acumulou 21 vitórias, nove empates e quatro derrotas (balançou as redes adversárias 54 vezes e foi vazado em 15 oportunidades).

Em jogos de mata-mata, este foi o 11º embate travado entre Palmeiras e Cruzeiro. Apesar da eliminação, a vantagem ainda pertence ao Palmeiras. Nas outras dez disputas, foram sete triunfos do Verdão contra três da Raposa: Copa do Brasil de 1996, final (C); Copa do Brasil de 1998, final (P); Campeonato Brasileiro de 1998, quartas de final (C), Copa Mercosul de 1998, final (P), Copa Mercosul de 1999, quartas de final (P); Copa dos Campeões de 2000, quartas de final (P); Copa Mercosul de 2000, quartas de final (P); Libertadores de 2001, quartas de final (P); Copa do Brasil de 2015, oitavas de final (P); e Copa do Brasil de 2017, quartas de final (C).

Histórico do Palmeiras na Copa do Brasil

O Palmeiras entrou em campo por 150 vezes em jogos de Copa do Brasil. O saldo histórico até aqui é positivo: 84 vitórias, 37 empates e 29 derrotas (288 gols marcados e 149 sofridos). No total, são 23 edições disputadas da competição nacional, já considerando o ano de 2018.

Os anos em que se sagrou campeão são 1998, 2012 e 2015 (os dois primeiros, aliás, com o técnico Luiz Felipe Scolari). No primeiro título, em 1998, o troféu assegurou a participação do Verdão na Libertadores do ano seguinte, que também foi vencida pelo time dirigido por Felipão. Já a conquista mais recente, em 2015 – comandada por Marcelo Oliveira –, contou com participação fundamental de dois jogadores que seguem no atual elenco palestrino: o goleiro Fernando Prass, que, na disputa de pênaltis, fez o gol do título, e o atacante Dudu, responsável por duas bolas na rede na grande final contra o Santos.

Em 1996, o Palmeiras estabeleceu seu recorde de gols em uma mesma edição da Copa do Brasil: foram 26 bolas na rede em nove partidas disputadas (média de 2,8 por jogo). No mesmo ano, o time venceu o Sergipe-SE, fora de casa, por 8 a 0 – o triunfo representa a maior goleada da equipe na história do torneio. Os tentos neste jogo foram anotados por Luizão (4), Djalminha (2), Cafu e Rivaldo.

O goleiro Marcos é quem mais edições da Copa do Brasil disputou com a camisa do Palmeiras (nove no total e de forma consecutiva). O ex-volante Galeano, por sua vez, é o palestrino que mais vezes jogou (38), enquanto Velloso e o próprio Galeano são os que mais venceram – 22 triunfos. Na galeria dos treinadores, Luiz Felipe Scolari detém o maior número de jogos à frente da equipe alviverde na competição (47), sendo o treinador que mais venceu (27) – ele ainda faturou as taças de 1998 e 2012.

Agenda

O Palmeiras volta a campo no próximo domingo (30), às 11h, novamente contra o Cruzeiro, mas desta vez pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em seguida, no dia 03/10 (quarta-feira), o Alviverde recebe o Colo-Colo-CHI, no Allianz Parque, às 21h45, pelo jogo de volta das quartas de final da Conmebol Libertadores (o Verdão ganhou o jogo de ida por 2 a 0).

O jogo

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação_Felipão é o técnico que mais dirigiu o Verdão em jogos da Copa do BrasilO primeiro tempo ficou marcado por um jogo defensivamente equilibrado. As duas equipes impediam a criação de jogadas promissoras de ataque, tanto que houve poucas finalizações. No primeiro chute a gol, aliás, veio o primeiro tento. Aos 26 minutos, o time da casa abriu a contagem com Barcos, que disparou em velocidade pela direita após receber de Lucas Silva e tocar na saída de Weverton, que tentou fechar seu ângulo. Portanto, com muito pouco espaço, o atacante cruzeirense conseguiu tocar na medida para empurrar a pelota para o fundo da rede. (Cruzeiro 1×0 Palmeiras)

O Palmeiras reagiu, criando jogadas com Dudu, Willian e Borja, respaldado pelo seu meio de campo, formado por Bruno Henrique e Moisés, além de Felipe Melo, sempre atento na cobertura das bolas. No entanto, o Alviverde voltou a oscilar na reta final de primeiro tempo e o placar não saiu do 1 a 0 pró Raposa.

No segundo tempo, Felipão voltou com Deyverson no lugar de Borja, no ataque, e com Guerra na vaga de Bruno Henrique, no meio de campo. O time palmeirense voltou bem mais ligado e demonstrando sede de gol. Tanto que, logo aos 4 minutos de bola rolando na etapa derradeira, o Verdão deixou tudo igual, com Felipe Melo, de cabeça, que subiu mais alto que Dedé após cobrança de escanteio de Dudu. (Cruzeiro 1×1 Palmeiras)

O tento alviverde incendiou a partida, pois àquela altura, o Maior Campeão do Brasil precisava de apenas um gol para levar a disputa para as penalidades. O que se viu após o gol do Palmeiras, porém, foi um jogo que ganhou uma característica truncada e com poucas chances para ambos os lados. Na segunda metade dos 45 minutos finais, aliás, Cruzeiro passou a atuar mais em seu campo de ataque, mas o Verdão soube se defender bem e interceptar as jogadas.

Em um dos últimos lances da partida, houve reclamação de falta em Willian na entrada da área. O VAR chegou a ser acionado, mas a arbitragem viu falta do zagueiro Antônio Carlos no goleiro Fábio no lance subsequente ao do camisa 29 palmeirense. Passado isso, o jogo praticamente não teve grandes emoções e a Raposa ficou com a classificação à decisão.

Vale registrar que, após o apito final, houve ainda um princípio de confusão em campo, que culminou nas expulsões de Mayke (no banco) e de Diogo Barbosa, pelo lado do Palmeiras, além de Sassá, pelo lado do Cruzeiro.

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique (Guerra, no intervalo) e Moisés (Jean, aos 38'/2ºT); Willian, Dudu e Borja (Deyverson, no intervalo). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Gol: Felipe Melo (4'/2ºT) (1-1)

Cartões amarelos: Willian, Antônio Carlos, Felipe Melo, Borja e Deyverson.

Cartões vermelhos: Diogo Barbosa e Mayke.