Santo faz balanço da carreira e revela saudade do Palestra
Agência Palmeiras
Thiago Kimori
Durante a carreira como atleta profissional, o ex-goleiro Marcos sofreu com o grande número de lesões. Além disso, o ídolo palmeirense também ficou marcado por sempre ser autêntico e sincero durante as entrevistas. Na conversa desta quinta-feira (06) com a imprensa, na Academia de Futebol, o Santo afirmou que ser transparente sempre o ajudou com o lado pessoal e contou que aprendeu muitas coisas ao longo dos anos em que atuou como jogador de futebol.
“Eu falava muita besteira, mas, pelo menos, eu falava. Se eu não falasse, eu não conseguiria dormir. Eu sempre fui assim e isso me ajudou muito, ser explosivo. Me atrapalhava muito na carreira, como jogador, por ter que me explicar depois. Mas, para mim, quando eu ia para casa, isso me ajudava muito”, disse o ex-arqueiro palestrino, que acrescentou. “O futebol me deu a oportunidade de conhecer muitos lugares, de conhecer o mundo. Foi uma carreira bem legal. A carreira de jogador é bem difícil de ser conquistada, mas é uma carreira que te ensina muito, você conhece muitas culturas. Eu tive altos e baixos, mas só levo coisas boas comigo.”
Marcos contou que sente muita falta de atuar no estádio Palestra Itália, que foi fechado em 2010 para ser transformado em uma Arena. De acordo com o Santo, o local lhe traz muitas recordações positivas. “Eu perdi um pouco o prazer de jogar quando perdemos o Palestra. Ali, eu me sentia em casa. A Arena vai voltar a ser a nossa casa, mas a gente ficou meio perdido sem uma casa. A torcida nos acompanhava nos outros estádios, mas não era igual ao Palestra. Vou sentir saudade disso, você subir a escada, a torcida gritando. Deu muita coisa errada lá, mas eu sinto falta.”
Com relação a sentir saudade do período em que era jogador, o ídolo alviverde afirmou que lida muito bem com essa situação. “Sou funcionário do departamento de marketing do Palmeiras e tenho essa liberdade de vir aqui. Não sinto falta porque eu continuo vivendo o ambiente das pessoas que convivi muitos anos. Dentro do futebol, levo grandes experiências que eu aprendi. Uma coisa que eu aprendi é separar o pessoal do profissional. Se o cara te critica, ele está criticando o teu profissional, não a sua pessoa. Infelizmente, eu só aprendi isso no final da carreira.”
Marcos atuou 532 vezes com a camisa do Verdão e se tornou o 7o jogador com mais jogos pelo clube paulista. Ao todo, o ex-goleiro conquistou 13 títulos com o manto palestrino.