Um dos líderes do grupo, Prass elogia elenco e projeta bom centenário

Agência Palmeiras
André Lima

Com 58 partidas disputadas pelo Verdão e 35 anos de idade, Fernando Prass é o segundo jogador mais experiente do elenco alviverde – só fica atrás do zagueiro Lúcio, com uma diferença de apenas dois meses. Pouco mais de um ano após sua chegada ao clube, o goleiro tornou-se rapidamente um dos líderes do elenco, sendo, inclusive, capitão em algumas oportunidades. O fato de o arqueiro completar 36 anos em julho não faz com que sua carga de treinos seja menor do que a dos demais companheiros – em alguns casos ela é até maior.

Depois da vitória sobre o Atlético Sorocaba, no último domingo (26), como de costume, o técnico Gilson Kleina deu folga para os atletas que atuaram durante 45 minutos ou mais. Apesar de atuar como titular durante todo o confronto, Prass abriu mão do descanso para melhorar ainda mais sua preparação no centenário. “Goleiro é muito particular, é uma posição diferente. Tem dias que você faz o jogo e se sente cansado, mas como estamos trabalhando só há 20 dias, então todo tempo que a gente puder aproveitar para fazer a base para o ano, tem que ser aproveitado. Achei que ganharia mais voltando pra cá e trabalhando”, afirmou.

Indagado sobre como foi atuar com o pentacampeão Lúcio, o arqueiro foi categórico. “É um jogador de imposição física, muito forte no jogo aéreo, tem uma leitura de jogo muito boa nas antecipações e a tendência é que ele evolua. É difícil para um jogador ficar seis meses sem jogar, além de estar fora de jogos, ele também estava treinando sem bola. Um cara que treina coletivo, mas fica fora dos jogos oficiais já sente. Então para um começo de readaptação ele está muito bem e a tendência é que ele cresça jogo a jogo, cada vez mais”.

Além do desempenho dentro de campo, o goleiro também ressaltou a importância do zagueiro fora das quatro linhas e o espírito de liderança demonstrado. “Cada jogador tem suas características, seus pontos fracos e fortes. O Lúcio trouxe uma experiência, isso é inegável. Ele tem uma história no futebol muito grande, muita vivência, dentro e fora de campo. Ele, o Valdivia, o Wendel, se impõe naturalmente. Com o tempo ele vai se soltando cada vez mais, conhecendo como cada companheiro responde a uma cobrança ou a um incentivo. A convivência e percepção do vestiário vão dar para ele essa liberdade”, ressaltou Prass.

2014: um ano diferente

Para comemorar o centenário em grande estilo, Fernando projeta um 2014 bem melhor do que o ano passado. “Conseguimos montar um elenco desde o começo do ano, essa é uma vantagem muito grande em relação ao ano passado. Em 2013, fomos ter um grupo mesmo só depois da parada da Copa das Confederações. Hoje o Kleina tem muita qualidade na mão dele, podendo jogar com o esquema que ele quiser”, declarou o goleiro.

O goleiro garante que o melhor início no Paulista desde 2009, com três vitórias seguidas (2 a 1 no Linense, 2 a 0 no Comercial e 4 a 1 no Atlético de Sorocaba), não ilude o grupo. “Todo jogo que a gente entra é para vencer. Temos que aproveitar e valorizar, mas sabemos que três jogos é muito pouco, não representa muita coisa. Nunca perdendo o foco, sabemos que não é nem o primeiro passo e que nós precisamos manter esse aproveitamento em uma sequência mais longa”.

Pensando em uma partida de cada vez, o Verdão encara a Penapolense, às 19h30, no Pacaembu, na próxima quinta-feira (28). “Logo depois do jogo contra o Atlético Sorocaba ganhamos parabéns, mas já foi pedido que descansássemos e que já começássemos a pensar no jogo de quinta, pois será difícil e o segredo é esse, pensar jogo a jogo para não sermos surpreendidos”, frisou Prass.