Departamento de Comunicação
Artilheiro do time isolado no Campeonato Paulista com sete bolas na rede, Raphael Veiga, também conhecido por jamais ter desperdiçado penalidade desde que está no Verdão, voltou a marcar no tempo regulamentar quando o Verdão superava o São Paulo por 2 a 0 no Allianz Parque, liquidando a partida por 4 a 0 com seus tentos no segundo tempo, pelo jogo decisivo do Paulistão.
Quando ainda vencia por 2 a 0, o Alviverde levava a decisão para os penais e, ao marcou o terceiro, aos 2 do segundo tempo, Veiga fez com que o time atingisse o resultado mínimo necessário para garantir o título paulista diretamente – e com o quarto gol, aos 35 da etapa final, liquidou.
Alias, quando o Palmeiras perdia por 3 a 0 no Morumbi na última quarta-feira (30), no Morumbi, e tudo parecia perdido, praticamente impossível de reverter, foi de Raphael Veiga o gol que reacendeu a chama que trouxe esperança de um placar que trouxesse o título ao alviverde no duelo da tarde de hoje na arena esmeraldina – desta forma, o time contou com apoio incondicional da torcida, que compareceu em massa ao portão da Academia de Futebol do Palmeiras para cantar e vibrar, fazendo jus ao hino.
Palmeirense desde a infância, Veiga anotou ao todo nove gols em finais, sendo o jogador que mais marcou em decisões pelo Verdão. No jogo de ida contra o São Paulo, ele superou os seis tentos de Evair em decisões – o Matador era, até então, o goleador máximo da história do Palmeiras em finais eliminatórias.
Os gols de Veiga em finais, foram, dois diante do Flamengo, na Supercopa do Brasil de 2021; um sobre o Defensa y Justicia-ARG pela Recopa Sul-Americana de 2021; um sobre o Flamengo na final da Libertadores 2021 (depois, Deyverson completou na prorrogação e, por 2 a 1, o Alviverde foi campeão); um contra o Chelsea-ING, na final do Mundial de Clubes 2021 (disputado em fevereiro de 2022); mais um pela Recopa Sul-Americana de 2022, no jogo de ida, na Arena da Baixada, contra o Athletico-PR (no empate por 2 a 2 – no duelo de volta, o Palmeiras venceu por 2 a 0 e foi campeão); e, agora, além dos três tentos já citados gols contra o São Paulo nesta decisão (um no jogo de ida, no revés por 3 a 1, e outros dois hoje, na goleada por 4 a 0, que deu o 24º título ao Palmeiras).
Aliás, o título com placar revertido trouxe marcas inéditas ao Verdão. Esta foi a primeira vez que o Alviverde consegue reverter uma desvantagem em jogos de mata-mata no tempo normal no Allianz Parque: antes, o Maior Campeão do Brasil precisou virar derrotas em seis oportunidades, mas só havia conseguido em duas, porém, ambas nos pênaltis – pela Copa do Brasil de 2015 (Fluminense, nas semifinais, e Santos, na final, quando o Verdão saiu campeão).
Além do mais, o feito também pode ser considerado histórico porque, na história do Campeonato Paulista, antes de hoje, somente uma vez um time que tinha perdido a primeira final por dois ou mais gols de diferença conseguiu ser campeão na partida de volta: havia sido em 2007, quando o Santos perdeu por 2 a 0 pelo São Caetano e devolveu o mesmo placar para ficar com a taça por ter melhor campanha. A reversão com três gols de diferença, portanto, até então era algo inédito.
E não foi só a torcida que nunca deixou de acreditar. Ainda na partida passada, ao marcar o gol do Verdão que descontou a vantagem tricolor, Veiga havia declarado que “o gol daria um gás a mais” e que “quem joga no Palmeiras não desiste nunca”.
Pelo Verdão, Veiga soma 178 jogos, 53 gols e 18 assistências no total. Jamais perdeu pênalti, seja no tempo regulamentar ou em disputas eliminatórias, pelo Palmeiras. Foram 21 oportunidades, sendo 19 durante os 90 minutos de jogo e duas em decisões por penalidades máximas. A última cobrança convertida aconteceu no duelo com o Ituano, no Allianz Parque, em São Paulo-SP, pelo Campeonato Paulista.
É o segundo maior artilheiro do elenco no geral com seus 53 gols, atrás apenas de Dudu (77). No geral do Palmeiras neste século, é o quarto maior goleador, a apenas um gol de Vágner Love (terceiro, com 54), Willian Bigode (segundo, com 66) e Dudu (líder, com 77). E no geral da história centenária do Palmeiras, é o goleador número 53 do Verdão, com 53 gols, ao lado de Oséas.
Com os dois gols desta tarde, aliás, subiu em mais um ranking histórico do Verdão: passou de terceiro para segundo maior goleador da história do Allianz Parque (inaugurado em 2014), igualando Willian Bigode, com 28 gols na arena – ambos atrás de Dudu, com 36.