Luiz Gonzaga Belluzzo

Período: 26 de janeiro de 2009 a 20 de janeiro de 2011

O economista e professor Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo nasceu em Bariri, interior paulista, no dia 29 de outubro de 1942. Graduou-se em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) em 1965 e, quatro anos depois, concluiu a Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto Latino Americano y Del Caribe de Planificacón Económica y Social (ILPES) da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CELPE), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1975, formou-se Doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde é professor titular desde 1986.

Antes de chegar à presidência do Palmeiras, Belluzzo assumiu cargos de alto escalão no governo paulista e no governo federal, foi membro do Conselho de Administração de grandes empresas privadas, fundou a Faculdade de Campinas (Facamp), da qual é sócio e professor, e conquistou prêmios de destaque, como a inclusão no Biographical Dictionary of Dissenting Economists como um dos 100 maiores economistas do Século XX e o Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano em 2005 pelo livro “Ensaios Sobre o Capitalismo no Século XX”, no qual dedica dois capítulos à Sociedade Esportiva Palmeiras e um capítulo ai ídolo Ademir da Guia.

Sócio do clube desde 01 de agosto de 1955, foi eleito para o COF por cinco mandatos (de 1977 a 1997) e eleito para o Conselho Deliberativo por dois (1997 a 2005) – em 2001, foi eleito conselheiro vitalício. Entre 2007 e 2008, encabeçou o Departamento de Planejamento na segunda gestão de Affonso Della Monica e liderou diversos acordos comerciais, como, por exemplo, o acordo com a WTorre para a transformação do Palestra Italia em arena multiuso, a implementação do setor Visa no estádio, a parceria com a Traffic para investimento em reforços para o time de futebol, o patrocínio da Samsung e da Fiat nos uniformes e o lançamento da “Sociedade dos Eternos Palestrinos”, com o objetivo de atrair novos sócios remidos para o clube.

A chegada ao cargo máximo do Verdão aconteceu em 26 de janeiro de 2009, quando venceu o pleito contra Roberto Frizzo por 145 votos a 123 – seis conselheiros votaram em branco. E foi na administração Belluzzo que o Palmeiras deu dois passos fundamentais para o crescimento do clube nos anos seguintes: o primeiro foi a assinatura da escritura de superfície com a WTorre e a obtenção da liberação por parte da Prefeitura de São Paulo para o início da construção do Allianz Parque, e o segundo foi o lançamento do programa da sócio-torcedor Avanti, remodelando totalmente o antigo Onda Verde.

Durante a gestão ainda foram realizadas reformas e construção de novos escritórios na Academia de Futebol 1, foi criada a Palmeiras Tour, agência de viagens e eventos oficial do clube, e a equipe adulta de basquete voltou às quadras após oito anos de inatividade. A parceria com a Traffic foi ampliada, e boa parte das instalações do clube foram transferidas para casas da região devido ao início das obras do novo estádio.

No final do mandato, entre setembro e novembro de 2010, Belluzzo precisou se afastar da presidência devido a um problema de saúde. Em seu lugar, assumiu o primeiro vice-presidente, Salvador Hugo Palaia, que foi o responsável por receber da CBF a confirmação da unificação dos títulos da Taça Brasil, do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e dos campeonatos brasileiros pós-1971, ratificando o Verdão na condição de Maior Campeão do Brasil. Na área de marketing, a diretoria acertou com a TIM uma inédita propriedade de patrocínio, estampando a marca italiana dentro do número da camisa.