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A equipe feminina de futebol do Palmeiras fez história na recém-encerrada temporada de 2020. Com um elenco formado por jogadoras consagradas e jovens de grande talento, as palestrinas avançaram à semifinal nas duas principais competições do calendário: o Campeonato Brasileiro e o Campeonato Paulista.

Segundo o diretor-executivo da modalidade, Alberto Simão, os resultados superaram as expectativas iniciais, que levavam em conta o fato de o clube ter reativado o time feminino em 2019.

“Apesar do pouco tempo de trabalho, já conseguimos mostrar a cara do Palmeiras. Ficamos felizes com o que conseguimos, mas, por outro lado, sabemos o que nos faltou para subir o último degrau”, afirma. “Por toda a sua grandeza, o Palmeiras precisa estar sempre brigando na parte de cima da tabela, almejando títulos. Vamos trabalhar ainda mais em 2021 para continuarmos crescendo.”

Confira a seguir algumas razões para aplaudir as palestrinas:

Papel de protagonista

Ao longo de todo o ano, o Verdão encarou as principais forças da modalidade de igual para igual. No Brasileiro, ganhou os clássicos contra São Paulo e Santos, ambos por 2 a 1, e eliminou nas quartas de final a forte equipe da Ferroviária (foto), campeã nacional em 2019. Já no Paulista, o clube bateu novamente o São Paulo, desta vez fora de casa e por 3 a 0, e superou no mata-mata o tradicional São José, tricampeão da Libertadores feminina (2011, 2013 e 2014).

Atletas comemoram classificação para a semifinal do Brasileiro Feminino em Araraquara (Foto: Tetê Viviani)

Atletas na Seleção

O bom desempenho das palmeirenses chamou a atenção da técnica da Seleção Brasileira, Pia Sundhage. Durante a temporada, a sueca convocou cinco atletas do clube para a equipe principal: a goleira Vivi, a lateral-direita Isabella (foto), as meio-campistas Ary (foto) e Camilinha (foto) e a atacante Bia Zaneratto. Como se não bastasse, a lateral-esquerda Vitória, as meio-campistas Angelina e Juliana e a atacante Lurdinha ganharam chances no time Sub-20 do Brasil. Na Seleção da Argentina, a zagueira Agustina também foi lembrada nas convocações.

Camilinha, Ary e Isabella foram convocadas para um período de treinos com a Seleção em setembro (Foto: Divulgação/CBF)

Maior artilheira 

Com 12 gols, Carla Nunes (foto) terminou o Brasileiro como principal goleadora do torneio. Além disso, a camisa 10 do Alviverde alcançou outras duas façanhas: ela fez o primeiro gol do nosso time feminino no Allianz Parque (em 24 de setembro, contra o Santos) e se tornou a maior artilheira da história do clube, com 34 bolas na rede – são oito de vantagem em relação a Nildinha, que marcou 26 gols em duas passagens pelo Verdão (1999 e 2011/2012).

Carla Nunes chuta para fazer o primeiro gol do time feminino no Allianz Parque (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

Clube da inclusão 

Na partida contra a Ponte Preta, pela sexta rodada do Brasileiro, o Alviverde promoveu a estreia da atacante Stefany (foto), a primeira atleta surda de futebol a atuar profissionalmente no país. A catarinense chegou ao clube após se sagrar campeã mundial com a Seleção Brasileira de futsal de surdos. A iniciativa palmeirense ganhou o mundo e foi tema de reportagem no site oficial da Fifa.

Tefy foi a primeira atleta surda de futebol a atuar profissionalmente no Brasil (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

Contratação de craques 

Além de manter a base da equipe que conseguira o acesso para a Primeira Divisão em 2019, o Palmeiras superou a concorrência de outros grandes clubes do país e se reforçou com atletas de alto nível técnico, como a meio-campista Camilinha (foto) e atacante Bia Zaneratto, chamadas constantemente para defender a Seleção.

Camilinha chegou ao clube em agosto, após passagem de sucesso nos Estados Unidos (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

Triplo reconhecimento 

As atletas Ary (meio-campista), Thaís (zagueira) e Vivi (goleira) também foram destaques na Seleção do Paulistão Feminino. As atletas foram eleitas como melhor meio-campista, zagueira e goleira, respectivamente, na premiação organizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Os votos foram feitos pelos técnicos e capitãs das 16 equipes participantes.

Thaís conquistou pela primeira vez o prêmio da FPF (Foto: Arquivo pessoal)

Apoio merecido 

O desempenho das palestrinas lhes rendeu o patrocínio da PUMA, empresa parceira do Palmeiras. A multinacional alemã, que desenvolve o material esportivo do Verdão desde 2019, fechou acordo com todas as jogadoras que ainda não tinham patrocínio particular. Além de utilizarem chuteiras e acessórios da PUMA em jogos e treinos, as craques do Alviverde participaram de ações em conjunto com a marca, como a doação de livros e materiais para as atletas do Taboão da Serra.