Kleina conversa com diretoria e garante: ‘Nós queremos reagir’

Agência Palmeiras
Thiago Kimori

O técnico Gilson Kleina concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (29), logo após o treino, na Academia de Futebol. Com um discurso forte e confiante, o comandante palestrino comentou sobre a conversa que teve na última quinta-feira (28) com a diretoria do Verdão e garantiu que o grupo alviverde irá se recuperar desta fase adversa. De acordo com o treinador, a derrota para o Mirassol, na quarta-feira (27), servirá como aprendizado para o elenco.

“Logo depois que acabou o jogo (contra o Mirassol), o Omar (Feitosa) já me chamou para conversar, tanto que nem participei da oração. Ele me disse que eu posso ficar tranquilo, todos estão convictos no trabalho realizado. Foi uma fatalidade o que aconteceu, mas também não quero tirar o mérito do adversário, que soube contra-atacar muito bem. Ontem, nós tivemos uma reunião e eles (diretoria) quiseram saber o meu pensamento, a minha energia e a minha motivação. Falei que estava tudo ok, mas estou muito sentido. A maioria dos palmeirenses não dormiu, mas nós também não. Nós queremos reagir”, garantiu.

Gilson Kleina afirmou que o trabalho continuará com a mesma seriedade, ainda mais depois do tropeço no interior paulista. “Nós tivemos uma derrota, mas isso não é motivo para a gente abandonar o barco, pelo contrário. A gente sabe de onde veio e aonde quer chegar. Temos de nos superar. Todos os clubes têm problemas. Claro que ninguém aceita da forma que foi. A gente também está sentido, minha família dá total apoio. Se um dia eu não tiver mais condições de passar energia para eles (jogadores), sou homem de dizer que não quero mais”, falou o técnico, que fez ressalvas ao comprometimento dos atletas.

“Você vem construindo algo e, daqui a pouco, tem um resultado vexatório, isso tem um peso muito forte. Dormi pouco, não pelo receio de ser demitido, mas pela derrota em si. Jogar contra o Mirassol é sempre difícil em qualquer circunstância. A equipe estava evoluindo, a gente se preocupa com o todo do Palmeiras. Conversamos o tempo todo no ônibus, a gente veio acordado. Os jogadores dormiram um pouco, sentidos. Temos de tentar dar o melhor possível para eles (diretoria). A gente não abaixa a cabeça, nós estamos sentidos também. A ferida está aberta e muita gente pondo o dedo nela. Mas essa ferida vai cicatrizar”, disse.

O comandante palmeirense contou que as conversas com a diretoria do Palmeiras são frequentes e isso o ajuda a dar sequência ao planejamento traçado pela comissão técnica. “Temos reuniões semanais. A gente coloca o nosso ponto de vista e eles (diretoria) colocam o ponto de vista deles. Na verdade, isso acontece quase diariamente, pois a gente tem a ligação direta com o Omar. Ninguém está satisfeito com o resultado (diante do Mirassol) e nem pode pelo jeito que foi. A diretoria quer dar o andamento. Falamos muito da nossa situação e da adversidade, muitos jogadores estão no departamento médico. Perdemos um jogador cinco minutos antes do jogo, e tudo isso acumula. Queremos conquistar a confiança do torcedor de novo, e o que não falta é trabalho”, completou.