Comissão prepara treino especial para minimizar efeitos da altitude

Agência Palmeiras
Marcelo Cazavia, em Sucre (Bolívia)

A altitude de 2.800m de Sucre não chega a ser uma grande preocupação para a comissão técnica do Palmeiras. Porém, como sempre, quando se joga nessas condições é preciso tomar alguns cuidados.

O fisiologista do Verdão, dr. Paulo Zogaib, explica que a chegada com três dias de antecedência à cidade será importante para, praticamente, anular os efeitos do ar rarefeito.

´Toda vez que jogamos em altitude, estamos expostos a uma pressão atmosférica menor e, portanto, uma pressão de oxigênio menor. Isso leva à diminuição da capacidade física, embora nessa altitude em particular, a 2.800m, esse decréscimo de altitude seja muito pequeno, de 10%, mas não deixa de ser um decréscimo´, diz.

´Talvez o mais importante nessa altitude seja o tempo de bola. Pelo ar ser mais rarefeito, temos menos resistência do ar, portanto os objetos se movem numa velocidade maior. Então, essa chegada com três ou quatro dias de antecedência, além de minimizar esses efeitos de decréscimo da condição física, ela principalmente vai melhorar essa parte de coordenação neuromuscular, impedindo que tomemos dribles bobos, percamos o tempo de bola ou que os passes ou o domínio de bola sejam mal-feitos´, completa.

O preparador físico Anselmo Sbragia afirmou que, nos treinamentos na Bolívia, será dada ´ênfase grande no trabalho de bola, para que os atletas possam sentir a velocidade que a bola chega para domínio, a intensidade e a força que eles têm que colocar para fazer um passe, um cruzamento, chutar a gol e também para os goleiros, que são os mais prejudicados. Todos os dias serão baseados em fundamentos para que esse problema seja minimizado e os jogadores já estejam adaptados´.