Estádio Rei Pelé traz boas recordações ao Palmeiras

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

 

Nem todos se lembram, mas foi no estádio Rei Pelé – local do jogo contra o Coruripe, que o Palmeiras ganhou seu último título de projeção nacional na elite do futebol, ao levantar o caneco da Copa dos Campeões de 2000 – a conquista deu o direito de o Verdão disputar a Copa Libertadores do ano seguinte.

Naquela ocasião, a Copa dos Campeões foi disputada em duas sedes: no estádio Almeidão, em João Pessoa-PB, e no estádio Rei Pelé, em Maceió-AL. O Palmeiras abriu a disputa vencendo o Cruzeiro por 3×1, em João Pessoa, e eliminou o time mineiro com um empate em 1×1, em Maceió. Na semifinal contra o Flamengo, perdeu o primeiro jogo por 2×1, em João Pessoa, e venceu o segundo em Maceió, por 1×0. Na decisão contra o Sport, vitória por 2×1 no estádio Rei Pelé. O Verdão ficou com o título com gols de Alberto e Asprilla. O time dirigido por Flávio Teixeira, o Murtosa, foi a campo com Sérgio; Neném, Paulo Turra, Agnaldo e Jorginho; Fernando, Rodrigo Taddei e Juninho; Asprilla, Alberto (Titi) e Basílio.

"Mesmo já tendo saído do Palmeiras, estava em contato direto com o Murtosa. O Rei Pelé é um grande estádio e lembro que tínhamos 20, 30 mil palmeirenses empurrando a equipe naquelas partidas. Espero que, agora, a nossa torcida se faça presente novamente. Temos muito carinho por Maceío, por Alagoas. Sempre fomos muito recebidos e queremos retribuir nosso retorno com carinho e uma boa atuação", destacou o técnico Luiz Felipe Scolari.

Murtosa, treinador do time campeão em 2000 e atual auxiliar de Felipão, relembrou da conquista. “Os mais cotados para o título eram São Paulo e Flamengo, que tinham um grupo forte. O (Luiz) Felipe (Scolari) já tinha acertado a ida para o Cruzeiro e, como o Palmeiras estava refazendo a equipe após a saída de vários jogadores que foram destaque no primeiro semestre, eu assumi o cargo, pois conhecia bem o grupo de atletas. Todos acreditavam que seria muito difícil vencermos o torneio, até porque tivemos que contratar com urgência alguns jogadores”, lembra Murtosa.

“A molecada da base deu conta do recado. Utilizei, durante a competição, alguns jovens revelados no clube, como o Taddei, o Thiago Mathias, o também zagueiro Tiago Silva, o lateral-esquerdo Jorginho e o volante Paulo Assunção, além de algumas revelações do interior que contratamos, como o meia Juninho e os atacantes Alberto e Adriano”, recorda.

Com aquela conquista, aliás, o Palmeiras ratificou a condição de único time a ganhar todos os campeonatos nacionais disputados na história do futebol do país (Taça Brasil, Taça Roberto Gomes Pedrosa, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa dos Campeões).

“Foi um processo de renovação de grupo, com muitos problemas e com um treinador passageiro. Fiquei orgulhoso de ter feito parte de uma equipe que superou adversidades e chegou ao título. Guardarei para sempre na memória aquela competição, que entrou para a história do clube”, emociona-se Murtosa.

 

Além dos três jogos da Copa dos Campeões (1×1 Cruzeiro, 1×0 Flamengo e 2×1 Sport), o Palmeiras já fez outros seis jogos no estádio Rei Pelé:

04/10/1972 – CRB 1 x 3 Palmeiras, Campeonato Brasileiro (Rei Pelé)

04/05/1974 – CSA 0 x 2 Palmeiras, Campeonato Brasileiro (Rei Pelé)

23/11/1977 – CRB 0 x 2 Palmeiras, Campeonato Brasileiro (Rei Pelé)

11/03/1984 – CRB 1 x 0 Palmeiras, Campeonato Brasileiro (Rei Pelé)

05/10/1986 – CSA 1 x 0 Palmeiras, Campeonato Brasileiro (Rei Pelé)

27/01/1998 – CSA 0 x 1 Palmeiras, Copa do Brasil (Rei Pelé)