Ex-companheiros e personalidades lamentam morte de Djalma

Departamento de Comunicação

Divulgação _ Djalma foi bicampeão mundial com a Seleção Brasleira (1958 e 1962)Na noite desta terça-feira (23), o Palmeiras e o mundo perderam um dos melhores laterais-direito já vistos no futebol. Djalma dos Santos sucumbiu a problemas de saúde que o afligiam há semanas e faleceu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória (confira na matéria da última terça-feira). A importância de Djalma pode ser vista pelos seus números e pela repercussão de sua morte nas redes sociais. É o oitavo jogador que mais atuou pelo Alviverde, com 501 jogos, atrás de Ademir da Guia, Émerson Leão, Dudu, Waldemar Fiúme, Valdemar Carabina, Luís Pereira e Marcos. Também é o quinto atleta que mais vezes representou a Seleção Brasileira (atrás apenas de Cafu, Roberto Carlos, Rivelino e Pelé). E seus pés estão na calçada da fama do Maracanã desde 2010.

Ex-companheiros de Palmeiras sentiram muito a morte do craque. “Ele era uma pessoa humilde e simples, mas dentro de campo mostrava uma força interior muito grande”, frisou o ex-volante Dudu. “Era um grande amigo. Tinha um caráter muito bom, ajudava todo mundo. Pelo nome que ele tinha no futebol, era uma pessoa muito simples, gostava de passar experiência aos mais jovens”, destacou o ex-goleiro Valdir Joaquim de Morais.  O ex-atacante César Maluco, que recebeu muita ajuda de Djalma no inicio da carreira, também lamentou: “É duro receber a notícia da perda de um grande amigo. Ele brincava muito comigo, foi um grande incentivador quando eu cheguei ao Palmeiras. Dentro e fora de campo, foi um grande gozador”. Outro que também ressaltou a personalidade do lateral foi o ex-meia Ademir da Guia. “Uma pessoa sensacional, um dos grandes laterais-direito da história do futebol. Foi um vencedor. Uma pessoa alegre, brincalhona, contava muitas piadas, deu uma força muito grande para a gente”, lembrou.

Jota Christianini, diretor do Departamento de História do Palmeiras, elogiou a qualidade ofensiva do craque. “Ele foi o primeiro lateral que, além de dar combate ao ponteiro, atacava, batia pênalti e tinha uma característica peculiar de bater o lateral. Ele vinha correndo, se afastava, dava uma parada instantânea e fazia o movimento de jogar a bola na área, era quase um escanteio”, disse. Outro fato apontado pelo historiador é a índole do ex-atleta. “O que marcou foi não ter sido expulso. Foi um dos primeiros a jogar a bola para fora quando via um adversário caído, a não reclamar com o juiz, a não criar confusão, separar um jogador do outro”, afirmou.

Nas redes sociais o ex-jogador foi homenageado por celebridades e por torcedores. A matéria veiculada no Site Oficial do Palmeiras e reproduzida na página oficial do clube no Facebook recebeu mais de 20.000 “curtidas”, quase 10.000 “compartilhamentos” e mais de 1.000 comentários até às 12h desta quarta-feira (24). No Twitter, o ex-atacante Edmundo agradeceu o craque: “Obrigado por tudo, Djalma!”. Outro eterno ídolo do Verdão da década de 1990, Evair publicou mensagem de apoio à família: “Meus sentimentos a família do grande Djalma Santos. Dia triste para o mundo do futebol”. O ex-goleiro Marcos também foi outro ídolo que lamentou: “Um dos maiores da nossa história!!! Meus pêsames à família”.

Os fãs do eterno camisa 2 não se restringem ao mundo do futebol. A presidente da República, Dilma Rousseff, publicou nota oficial: “O futebol está de luto. Bicampeão mundial, o lateral Djalma Santos deixa às gerações de amantes do esporte um exemplo de retidão”. Citando o jornalista Nelson Rodrigues, o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo José Serra elogiou o ídolo: “Djalma Santos põe, no seu arremesso lateral, toda a paixão de um Cristo Negro”. Médico e cientista brasileiro de renome internacional, o palestrino Miguel Nicolelis postou uma foto sua com o lateral: “Momento inesquecível! Apertando a mão de um herói brasileiro. Djalma Santos campeão da vida”. O ator palmeirense Fulvio Stefanini lembrou de um momento marcante de sua infância: “Foi um jogo que ele fez no Pacaembu… Impressionava a elegância com que ele jogava, tinha uma postura no campo de dignidade e respeito ao próprio esporte e à torcida”.

O corpo de Djalma Santos está sendo velado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Uberaba e o sepultamento está previsto para às 16h, no cemitério São João Baptista. Os familiares agradecem à cidade de Uberaba, seus representantes, a imprensa de todo o Brasil e a equipe do hospital que se esforçaram e torceram por sua recuperação.

Djalma Santos relembra os dez anos em que vestiu a camisa do Palmeiras

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Djalma Santos fala sobre a Calçada da Fama no Maracanã

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