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O Palmeiras foi a Curitiba (PR) enfrentar o Athletico-PR pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro 2020 na noite desta quarta-feira (19) e, com o placar de 1 a 0, encontrou sua primeira vitória no Brasileirão.

O gol de Raphael Veiga aos 46 minutos do segundo tempo quebrou uma invencibilidade de 18 jogos do clube paranaense na Arena da Baixada (15 vitórias e três empates). Considerando apenas a temporada 2020, o Furacão vinha de dez vitórias e um empate, com 29 gols marcados e cinco sofridos.

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O Palmeiras agora soma cinco pontos em três jogos no torneio nacional (empatou em seu primeiro jogo, pela 2ª rodada, por 1 a 1 com o Fluminense, fora de casa, e em seu segundo duelo, pela 3ª rodada, novamente por 1 a 1, desta vez com o Goiás, em casa).

Com o resultado positivo, o Verdão chegou ao 8º duelo invicto. A sequência de jogos sem perder começou diante do Água Santa (2×1), passando por Santo André (2×0), Ponte Preta (1×0), Corinthians (0x0), Corinthians (1×1), Fluminense (1×1), Goiás (1×1) e, finalmente, Athletico-PR (1×0).

No jogo desta noite, um dos trunfos do Verdão que se pode destacar é a defesa do time, que passou intacta mais uma vez em 2020 e, assim como nas últimas temporadas, o clube mantém ótimos números defensivos (é a segunda melhor defesa entre os clubes da série a na temporada 2020).

Em 21 jogos disputados (sem contar torneios amistosos), o Verdão sofreu apenas dez gols, média de 0,47 gol por partida. Dos 20 clubes que disputam a Série A do Brasileiro, somente o Atlético-GO está na frente, com 0,33 (cinco gols em 15 jogos). O Internacional é o terceiro com 0,57 (13 gols em 23 partidas).

Além disso, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo passou por 12 dos 21 duelos sem ser vazado – é o quarto colocado no ranking geral com índice de 57%, ao lado do Grêmio, com 57% (também com 12 vezes em 21 jogos), e atrás do Internacional, com 60,8% (14 em 23), e Atlético-GO, com 66,6% (dez em 15).

No cenário de visitante, o Maior Campeão do Brasil também se destaca. Em dez embates fora de casa, o time alviverde não sofreu gols em sete – 70% dos jogos, atrás somente do Atlético-GO, com 80% (quatro de cinco jogos). E, em média de gols sofridos, é também o segundo com apenas 0,40 (foi vazado quatro vezes em dez partidas), atrás novamente do Atlético-GO, com 0,20 (um gol em cinco duelos).

O fato de não estar perdendo nos últimos jogos, consequentemente, fez com que o Verdão seguisse como dono do segundo menor percentual de derrota entre os clubes da série a na temporada 2020 (levando em conta qualquer competição disputada no ano pelos 20 clubes que hoje compõem a Série A).

O Palmeiras, com apenas duas derrotas em 21 jogos na temporada, tem o menor percentual de reveses: 9%, seguido do Atlético-MG (com 10%, que perdeu duas de 20) – apenas o Atlético-GO supera as equipes, com 7% de derrotas (um revés em 15 jogos). Em números absolutos, o Palmeiras também é o segundo time que menos perdeu, ao lado do Galo, e atrás do Atlético-GO.

Nos aspectos individuais, Vanderlei Luxemburgo se destacou por conseguir alcançar mais um número surpreendente pelo Verdão: ele superou Luiz Felipe Scolari em número de vitórias em campo pelo Maior Campeão do Brasil: agora são 238 triunfos (em 396 jogos) contra 237 de Felipão (em 484 partidas) e, com isso, passou a ser de forma isolada o segundo treinador que mais venceu na história do clube, ficando atrás apenas de Oswaldo Brandão no quesito, com 342 triunfos (em 586 duelos).

Além disso, Luxa ampliou sua marca invicta em jogos de Brasileiros. Pela competição nacional, a invencibilidade de Luxa é agora de oito partidas seguidas (três vitórias e cinco empates). A última derrota foi para o Internacional, em 17/05/2009 (2 a 0 para o time colorado no Beira Rio).

No hall dos jogadores, o destaque individual da partida – além de Raphael Veiga, autor do gol – vai para Diogo Barbosa, que fez sua 100ª partida com a camisa do Palmeiras, passando a figurar no seleto grupo de jogadores que possuem 100 ou mais jogos no atual elenco – grupo este que conta com Willian (172 jogos), Bruno Henrique (162), Felipe Melo (156), Vitor Hugo (156), Lucas Lima (125), Weverton (111) e Marcos Rocha (110).

Destaque individual também para Bruno Henrique. Jogador do atual elenco que mais entrou em campo pelo Campeonato Brasileiro (85 vezes) e também o que mais fez gols (21, ao lado de Willian Bigode), o volante, camisa 19, alcançou sua vitória de número 50 na competição nacional ao sair vitorioso da partida diante do Furacão. Além disso, Bruno chegou ao seu triunfo de número 95 pelo Verdão (por qualquer competição) e se isolou na 9ª colocação dos atletas que mais venceram pelo clube neste século, deixando o também volante Pierre para trás, com 94, em 10º. Os outros que compõem esse top 10 são: Marcos (líder do ranking, com 182 vitórias), Dudu (2º colocado, com 174), Fernando Prass (3º, com 151), Valdivia (4º, com 122), Márcio Araújo (5º, com 118), Corrêa e Wendel (empatados em 6º, ambos com 101) e Felipe Melo (8º, com 98).

Atleta com mais minutos em campo em 2020 (2049), Weverton atuou em 22 dos 23 jogos do Palmeiras neste ano – neste quesito, atrás apenas da dupla Willian e Zé Rafael (ambos jogaram os 23 jogos do clube na temporada).

Ao todo, o camisa 1 não sofreu gols em 60 partidas (já com esta) das 111 que jogou pelo Verdão, número que o coloca na terceira posição do ranking de goleiros com mais jogos sem ser vazado no Século XXI, atrás apenas de Marcos (107 jogos) e Fernando Prass (101). Em uma única temporada, é o recordista do Século XXI com 26 jogos sem sofrer gols em 2019.

Vale lembrar ainda que o atual camisa 1 fechou o ano de estreia, em 2018, com 21 jogos sem sofrer gols. Em 2019, foram 26. E neste ano, já são 13 partidas intransponível em 22 disputadas. Se sair de campo mais sete vezes sem ser vazado nesta temporada, ele alcançará uma marca que não é atingida há 23 anos – o último goleiro a ficar três temporadas consecutivas sem sofrer gols em 20 ou mais jogos foi Velloso, em 1995 (28), 1996 (24) e 1997 (27).

77,41% DOS GOLS DO PALMEIRAS NA TEMPORADA SÃO MARCADOS NO SEGUNDO TEMPO

Uma estatística curiosa foi reforçada nesta partida com o gol de Raphael Veiga, aos 46 do segundo tempo. O Palmeiras balança as redes dos adversários muito mais vezes na etapa final do que no primeiro tempo. Dos 31 gols do Palmeiras na temporada, 24 foram marcados no período derradeiro (77,41%), enquanto apenas sete (ou seja, 22,59%) foram marcados nos primeiros 45 minutos.

O JOGO

O Palmeiras foi a campo com uma escalação que apresentava algumas alterações em relação àquela da partida anterior, diante do Goiás (empate por 1 a 1 em casa).

Para o jogo contra o Furacão, as principais mudanças foram Diogo Barbosa como titular na lateral-esquerda no lugar de Matías Viña (o uruguaio sentiu dores no quadril no último jogo e ficou de fora deste – inclusive, havia sido substituído pelo próprio camisa 6).

No meio-de-campo, Bruno Henrique surgiu como titular, e o Verdão jogou com três volantes – ao lado do camisa 19, estavam Patrick de Paula e Gabriel Menino, e, à frente, Lucas Lima como meia-armador (outra novidade, na vaga de Zé Rafael, que havia atuado como extremo no duelo anterior).

E no ataque, uma variação porém que não causou muita surpresa: Rony e Luiz Adriano titulares, em vez de Luiz Adriano e Willian, como contra o Goiás.

Desta forma, o técnico Vanderlei Luxemburgo, que escalou o time no 4-3-1-2, mandou a campo Weverton; Marcos Rocha, Luan Garcia, Gustavo Gómez, Diogo Barbosa; Gabriel Menino, Bruno Henrique, Patrick de Paula, Lucas Lima; Rony e Luiz Adriano.

Os times fizeram um primeiro tempo aquém do que se esperava, com poucas emoções e escassas jogadas de criação de ataques e finalizações. Houve um lançamento de Lucas Lima em cobrança de falta para a área adversária e algumas triangulações. Pelo lado atleticano, uma tentativa em cabeceio de Lucas Halter, mas sem muito perigo para Weverton. E foi só.

O segundo tempo não foi dos melhores espetáculos, mas pelo menos reservou maiores emoções.

O Verdão se mostrou reagindo nos minutos inciais, quando chegou a balançar as redes com Lucas Lima, aos 16, após linda assistência de Rony – o lance, entretanto, estava poucos centímetros impedido na jogada inicial (ou seja, no momento em que a bola havia saído dos pés do goleiro Weverton). A jogada foi revista pelo VAR e corrigida.

A partir daí, a etapa final ficou marcada por um duelo truncado e de posse de bola equilibrada. Aos 35, o Athletico ainda teve grande chance com Pedrinho, que carimbou a trave do goleiro palmeirense Weverton.

O Palmeiras, porém, deu a resposta só por volta dos 40 minutos, em chute fraco de Gustavo Scarpa defendido com facilidade pelo goleiro Santos (Scarpa, aliás, havia entrado no lugar de Lucas Lima, aos 37; mesmo minuto em que Raphael Veiga entrou na vaga de Rony e Ramires na posição de Bruno Henrique).

Antes disso, Luxemburgo já havia mexido no time duas vezes: aos 22, mudou Luiz Adriano por Willian no ataque e, em seguida, aos 28, trocou Gabriel Menino por Zé Rafael no meio-de-campo, passando a ter menos um volante de contenção e mais um meia criador (que também pode jogar como ponta).

Mas foi quando tudo parecia que iria terminar no 0 a 0 que, aos 46, surge o gol da redenção. O tento que o Alviverde precisava para pôr fim a uma série de cinco jogos que já ia se completando sem vitória, fazendo com que a situação ficasse mais complicada.

O lance do gol começou com Diogo Barbosa que, em cobrança lateral, arremeçou a pelota para a grande área. O próprio Raphael Veiga, autor do gol, resvalou de cabeça, empurrando mais para dentro da área; bom nas bolas aéreas, Gustavo Gómez subiu e dividiu com a defesa rival, ajeitando para o ataque alviverde: foi quando a redonda passou por Zé Rafael, que deu um leve desvio na bola, para trás, fazendo com que a redonda tocasse ainda no zagueiro adversário antes de sobrar para Raphael Veiga bater de canhota e empurrar para o fundo das redes. (Athletico-PR 0x1 Palmeiras)

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Luan Garcia, Gustavo Gómez, Diogo Barbosa; Gabriel Menino (Zé Rafael, 28’2T), Bruno Henrique (Ramires, 37’2T), Patrick de Paula, Lucas Lima (Gustavo Scarpa, 37’2T); Rony (Raphael Veiga, 37’2T) e Luiz Adriano (Willian, 22’2T). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Cartões amarelos SEP: Não houve;

Gol: Raphael Veiga, 46′ do 2ºT (0-1).