Luan de Sousa
Departamento de Comunicação

Divulgação _ Arce foi decisivo na terceira partida contra o Cruzeiro pela final da Copa Mercosul ao anotar o gol da vitória alviverdeAcostumado a consagrar os atacantes com cruzamentos e assistências certeiras, Arce, há exatos 15 anos, sentiu a sensação de sair de uma decisão como herói. Autor do gol alviverde na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, dia 29 de dezembro de 1998, na terceira e derradeira partida da final da Copa Mercosul, o ex-lateral-direito, em entrevista para o Site Oficial, recordou da era vitoriosa no Palestra Italia, brincou com sua comemoração enlouquecida e disse apostar no sucesso do clube no ano do centenário.

Sobre o torneio continental, o paraguaio, atual técnico do Cerro Porteño, comentou a respeito de seu tento histórico. “Era um momento da decisão muita tenso, muito complicado. Tínhamos perdido a primeira, ganhado a segunda e, então, era uma noite de casa cheia no Palestra. Quando fiz o gol, não aguentei. Eu tinha uma identificação muito forte com a torcida. Raramente comemorava daquele jeito (risos)”, rememorou o ex-camisa 2, que saiu correndo, girou em torno de si mesmo várias vezes, beijou o símbolo e extravasou do jeito que pôde diante da torcida palestrina.

O Cruzeiro, inclusive, era o grande rival alviverde na época. Derrotado na final da Copa do Brasil de 1996 pelos mineiros, o Verdão enfrentou uma verdadeira maratona de decisões contra a Raposa naquela temporada de 1998. Primeiramente, em maio, na disputa do título da Copa do Brasil, deu Palmeiras (épico gol de Oséas). Em novembro, nas quartas de final do Brasileiro – na ocasião disputado no sistema de mata-mata –, o vencedor foi a equipe celeste. E, por fim, em dezembro, na final da 1ª edição da Mercosul, quem levou a melhor no tira-teima foi o Verdão.

“Em 95 e 96, o nosso grande adversário era o Grêmio. Depois passou a ser o Cruzeiro. Eles tinham um grande time, com jogadores muito bons”, contou Arce, que em 1998 disputou seis competições (Rio São-Paulo, Paulista, Copa do Brasil, Brasileiro, Copa do Mundo pelo Paraguai e Copa Mercosul). “Nossa equipe estava muito bem fisicamente, tecnicamente e mentalmente. Chegávamos a todas as finais praticamente. Por conta do calendário, não consegui jogar a última partida da Copa do Brasil para participar da preparação para o Mundial. Enfim, todos esses anos foram muito intensos”, expôs o ídolo palestrino, reiterando que a Mercosul foi um “grande teste para a Libertadores do ano seguinte”, conquistada também pelo esquadrão do técnico Felipão.

Dos 28 gols marcados pelo Palmeiras no certame (que envolveu as principais equipes do continente), 17 foram feitos por cruzamentos ou jogadas de linha de fundo. Arce e Júnior, lateral-esquerdo, foram disparados os protagonistas do quesito. “Nosso time tinha uma força de conjunto e uma qualidade grande no meio. E jogávamos muito forte também nas laterais. Eu e o Júnior tínhamos características diferentes: ele ia mais por dentro buscando a jogada individual, enquanto eu cruzava e concluía mais. Mas, sim, éramos uma arma poderosa”.

Por fim, Chiqui, que tem 242 embates e 57 gols pelo clube, projetou um centenário glorioso e, para isso ocorrer de fato, convocou a torcida para jogar junto. “Sei que o torcedor sofreu muito no ano passado, passou por várias situações contrárias… Mas o time se fortalece muito quando o torcedor se torna um jogador a mais. Espero que 2014 seja de estádios cheios e de muitas conquistas para o Palmeiras”, finalizou o exímio cobrador de faltas e pênaltis.