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Em 2016, Jailson foi fundamental na campanha campeão do Campeonato Brasileiro (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O goleiro Jailson é a prova viva de que nunca é tarde para realizar seus sonhos. Contratado pelo Palmeiras em 2014, aos 33 anos de idade e em momento de reconstrução na história alviverde, marcou época no Maior Campeão do Brasil e se despede em dezembro de 2021, por decisão do clube, eternizado como o “Jailsão da Massa” da torcida que canta e vibra. Declaradamente torcedor palestrino, acumulou uma coleção invejável de títulos pelo clube do coração.

Disputou ao todo 104 jogos pelo Verdão, sendo 95 como titular. Campeão brasileiro em 2016 sem perder nenhuma das 19 partidas que disputou e eleito melhor goleiro do torneio, Jailson só foi conhecer sua primeira derrota pela competição nacional em 2018, após 27 duelos invictos, fato que o coloca em segundo lugar no ranking dos palmeirenses com as maiores invencibilidades no Brasileirão em todos os tempos, superando, em números, craques como Ademir da Guia e Leão.

Passou por várias equipes de divisões inferiores antes de marcar seu nome como um dos jogadores que mais levantaram taças pelo Palmeiras em todos os tempos, com sete títulos no total. Sem oportunidades em 2014, estreou em 2015 em um amistoso de pré-temporada contra o Shandong Luneng, da China, e comemorou meses depois a conquista da Copa do Brasil de 2015, a primeira do Verdão no Allianz Parque e de uma era marcada pelos troféus.

Foi no Brasileirão de 2016, no entanto, que se tornou peça fundamental e virou xodó da torcida alviverde. Com a responsabilidade de substituir Fernando Prass, fez o primeiro jogo de Série A da carreira aos 36 anos e acumulou exibições de alto nível, com milagres sob as traves e protagonismo na conquista do Enea. Dois anos depois, em 2018, também foi importante no Decacampeonato Brasileiro, disputando 13 dos 38 jogos do torneio.

Em 2020 e 2021, foi um dos nomes de maior experiência no grupo que marcou história com a Tríplice Coroa e o Tri da América. Entre seus grandes ídolos está São Marcos, a quem hoje Jailson considera um amigo pessoal. O jeito simples e brincalhão, inclusive, é característica comum aos dois arqueiros marcados para sempre na história palmeirense. Eternizados na Academia de Goleiros mais tradicional do Brasil.