´Metade do grupo ainda não está adaptada à altitude´, diz Scolari

Agência Palmeiras
Marcelo Cazavia, em Sucre (Bolívia)

A altitude de quase 2.800m de Sucre, onde o Palmeiras enfrenta nesta quinta-feira (14) o Universitário pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, está preocupando o treinador Luiz Felipe Scolari. Apesar de a delegação palmeirense já estar na cidade boliviana desde segunda-feira (11), a comissão técnica observa que boa parte dos jogadores ainda não se adaptou totalmente às condições atmosféricas do local.

´Ainda a gente nota que os jogadores afogam um pouquinho depois de dois ou três piques no mesmo treinamento. Essa é uma das coisas que nós vamos ter de nos adaptar até a hora da partida ou pensar uma situação de jogo que possa não ser prejudicial a nós, por causa da velocidade que o adversário vai imprimir, principalmente no início do jogo. Então, estamos já pensando a escolha de lado do campo, a questão do vento, enfim, uma série de detalhes que possa minimizar essa adversidade no primeiro tempo, pelo menos. Depois, com o decorrer da partida, começa a ficar todo mundo cansado, eles [jogadores rivais] também, aí quase iguala. Não são todos os atletas, mas 50% do grupo ainda continua sentindo [os efeitos da altitude]´, comentou o comandante palmeirense.

Outro fator de preocupação para Scolari é a menor resistência do ar em comparação com o Brasil, pois na altitude a bola viaja com muito mais velocidade e força. ´Quando se bate na bola aqui [em Sucre] com a força que se bate no Brasil, ela vai bem mais longe ou vai ganhar muito mais velocidade. Se vai fazer um cruzamento da entrada da área e bate com a mesma força com que bate no Brasil, a bola vai lá fora da área. Temos que adaptar essa situação logo´.

Felipão também se mostrou favorável ao veto de jogos internacionais em cidades onde os efeitos da altitude sejam mais fortes. ´Essa questão já tinha sido olhada pela FIFA, mas depois voltaram atrás. Acima de 2.000 metros não deveria ter jogo, principalmente neste tipo de confronto. Mas, já que estamos aqui, vamos ver o que acontece´, finalizou.

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