Departamento de Comunicação

O Palmeiras visitou a equipe do São Paulo na noite desta quarta-feira (30), no Morumbi, pelo jogo de ida da partida final do Campeonato Paulista 2022 e foi superado pelo placar de 3 a 1: os donos da casa saíram na frente com pênalti polêmico marcado por ‘bola na mão’ de Marcos Rocha e Calleri converteu aos 50 do 1º tempo; Pablo Maier ampliou aos 18 do segundo tempo e o rival ainda abriu 3 a 0 outra vez com Calleri, após jogada originada por escanteio, aos 35; Raphael Veiga, entretanto, descontou para o Palmeiras aos 39 da etapa final, reacendendo as esperanças de título do Verdão queserá decidido no Allianz Parque, no domingo (03), às 16h.

Clique aqui para ver a ficha técnica, estatísticas e tudo sobre o jogo!

Campeão paulista 23 vezes, o Verdão busca sua 24ª conquista do Estadual. Essa é a décima final que o Verdão disputa desde agosto de 2020, quando faturou o Paulista diante do Corinthians. Neste período, foram cinco títulos (Paulista 2020, Copa do Brasil 2020, Libertadores 2020 e 2021 e Recopa 2022) e quatro vices (Supercopa do Brasil 2021, Recopa 2021, Paulista 2021, Mundial 2021).

Campeão paulista contra o Corinthians e da Libertadores diante do Santos, ambos pela temporada 2020, o Palmeiras, caso consiga reverter no Allianz Parque e a conquista se consume, garantirá o seu terceiro título contra um rival do estado em pouco mais de um ano. A finalíssima contra o Corinthians, no Allianz Parque, aconteceu no dia 08 de agosto de 2020; já o duelo decisivo com o Santos, no Maracanã, foi em 30 de janeiro de 2021.

Apesar da desvantagem em finais diretas, considerando também os modelos de disputa por pontos cujo jogo decisivo envolveu os dois clubes diretamente, este é o nono confronto decisivo entre Palmeiras e São Paulo (fundado em 1935). O Verdão foi campeão em quatro oportunidades (Paulistas de 1942, 1950 e 1972 e Brasileiro de 1973) enquanto o rival também levantou a taça quatro vezes (Paulistas de 1943, 1971, 1992 e 2021).

Em uma fase final, esta é a terceira disputa por decisões eliminatórias (em qualquer competição) entre as equipes Palmeias e São Paulo em toda a história. Nas duas finais anteriores, o rival levou a melhor (1992 e 2021). Portanto, o Verdão tem a chance de quebrar um tabu.

Este foi o20º clássico no Verdão nesta noite com retrospecto favorável: nove vitórias, seis empates e cinco derrotas (o time marcou 26 gols sob o seu comando e sofreu 18). Além dos dez jogos contra o São Paulo (duas vitórias, quatro empates e quatro reveses), Abel também soma quatro jogos disputados contra o Corinthians (três vitórias, dois empates e uma derrota) e outros quatro duelos contra o Santos (quatro vitórias, 100% de aproveitamento).

E na ‘Era Abel Ferreira’ (ou seja, desde quando o português assumiu o comando do time), houve ainda duas partidas dirigidas pelo seu auxiliar João Martins (o primeiro clássico da Era Abel, empate por 2 a 2 contra o Santos na Vila Belmiro pelo Brasileiro de 2020, e uma vitória por 2 a 0 também sobre o Peixe pelo Brasileiro de 2021).

Caso conquiste o Paulista, aliás, Abel se tornará o primeiro técnico a colecionar pelo menos um título de campeonato estadual, um de campeonato nacional e um de campeonato internacional em toda a história do Palmeiras, além de se tornar o primeiro técnico estrangeiro campeão paulista desde Bela Guttmann, húngaro do São Paulo em 1957 (portanto, um feito inédito nos últimos 65 anos).

Além disso, levando em conta apenas o Palmeiras, o último técnico estrangeiro a ter se sagrado campeão paulista foi o paraguaio Fleitas Solich (edição de 1966), mas Fleitas dirigiu 22 dos 28 jogos do Paulista daquele ano e não ficou até a reta final, quando o time consuma o troféu (Mário Travaglini, que dirigiu as seis últimas partidas, foi quem o fez). Portanto, o último gringo a, de fato, levantar um caneco paulista foi Venutura Cambon, em 1950, enquanto o último europeu a erguer o Paulistão pelo Alviverde foi o italiano Caetano De Domenico, em 1940 (82 anos atrás). O argentino Filpo Nuñez, com o Rio-São Paulo de 1965, também é um dos técnicos estrangeiros a ter sido campeão pelo Verdão.

Esta é a nona final de Abel Ferreira pelo Palmeiras, ficando apenas a uma decisão atrás de Felipão, que é o técnico recordista em decisões no geral da história do clube, com dez (são consideradas decisões de caráter eliminatório).

Abel terá a seu favor o bom retrospecto de jogos mata-mata disputados no Allianz Parque. De 11 disputas, o português saiu vitorioso em dez!

RETROSPECTO 2022

Após fechar a 12ª e última rodada da fase de grupos com empate contra o Bragantino, fora de casa (1 a 1), o Palmeiras somou 30 pontos e encerrou sua participação nesta etapa do certame como o novo recordista em número de pontos alcançados por um time na primeira fase do Paulista desde que possui este formato (2017 em diante). Até então, a pontuação máxima de uma equipe na fase preliminar havia sido de 27.

Além da melhor campanha em pontos (30), o Maior Campeão do Brasil encerrou a primeira fase do Paulista 2022 como detentor de outros recordes: detém o maior número de vitórias (nove), a defesa menos vazada (três gols sofridos) e o melhor saldo de gols da competição (14).

Aliás, o fato de ter consumado a melhor defesa da fase de grupos na edição de 2022 (três gols sofridos) fez com que o Palmeiras atingisse este feito em cinco das últimas seis edições, pois, desde 2017, apenas em 2021 o Verdão não encerrou a primeira fase como dono da melhor defesa considerando os 12 primeiros jogos da fase de grupos, na qual todas as equipes possuem o mesmo número de partidas.

E não é só no Paulistão. O ano está apenas em março, mas em 2022, o atual bicampeão da Libertadores já sagrou-se vice-campeão mundial e campeão da Recopa Sul-Americana, e sofreu uma única derrota temporada de forma geral (justamente a desta noite), possuindo ainda 12 vitórias, quatro empates – as partidas da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2021 não entram na conta, pois eram referentes à temporada passada. Nos últimos 24 jogos, houve apenas duas derrotas (para o Chelsea, nos acréscimos, e hoje), além de 16 vitórias e seis empates.

Palmeiras: Weverton; Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Marcos Rocha, Jailson, Zé Rafael (Atuesta, 29/2ºT) e Gustavo Scarpa (Gabriel Veron, 24’/2ºT); Dudu (Wesley, 24’/2ºT), Raphael Veiga e Rony. Técnico: Abel Ferreira.

Cartões amarelos (SEP): Jailson, Gabriel Veron, Abel Ferreira e João Martins

Gols: Calleri (‘pênalti’), aos 50 min do 1ºT (1-0); Pablo Maia aos 19 min do 2ºT (2-0); Calleri aos 36 min do 2º T (3-0); Raphael Veiga (falta) aos 39 min do 2º T (3-1).