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Foram cinco anos, 225 jogos, seis títulos e a idolatria eterna conquistada no Maior Campeão do Brasil. Cercado por troféus, o capitão Felipe Melo despediu-se do Palmeiras nesta sexta-feira (10), na Academia de Futebol, e recebeu homenagens do clube pelo qual mais jogou na carreira. Ele recebeu do presidente Maurício Galiotte uma placa comemorativa e do 1º vice-presidente Paulo Buosi uma camisa customizada em referência ao número de partidas disputadas.

“Queria agradecer em nome da torcida palmeirense. Felipe Melo é um craque, um ídolo, um líder, nosso capitão que por várias vezes levantou taças enquanto esteve no Palmeiras. A partir de agora, ele entra para a galeria de ídolos da nossa Academia. Um orgulho ver você honrando nossa camisa. Gratidão eterna”, afirmou o presidente Galiotte, junto ao 2º vice-presidente Décio Perin e ao presidente do Conselho Deliberativo do Verdão, Seraphim Del Grande.

Felipe Melo escreveu seu nome na história alviverde com os títulos do Brasileiro (2018), Florida Cup (2020), Paulista (2020), Copa do Brasil (2020) e Libertadores (2020 e 2021). Contratado em 2017, o jogador de 38 anos deixa o clube como o segundo atleta de linha com mais vitórias pelo Verdão em Libertadores (25, atrás apenas de Gómez, com 26) e o terceiro que mais jogou no Allianz Parque (98 jogos, atrás de Dudu, com 141, e Willian, com 108).

“Tenho muitas tatuagens, mas sem dúvida a Sociedade Esportiva Palmeiras está tatuada no meu coração, que é o mais importante”, disse Melo. “Eu lembro que na minha apresentação falei que vinha para cá ser campeão brasileiro, da Copa do Brasil, Paulista e da Libertadores. E Deus honrou. O sentimento é de dever cumprido, só eu, Deus e a minha família sabemos o que deixamos para voltar ao Brasil. Foi uma aposta. Tinha a certeza de que o Palmeiras era o clube certo, tinha certeza de que iria triunfar aqui. Foi por isso que decidi vir para cá”, completou.

“Apesar de sair do Brasil jovem, já tinha conquistado títulos importantes, mas nunca como uma peça principal na engrenagem. Tinha o sonho de voltar, conquistar grandes títulos e marcar uma história, deixar um legado. Agradeço a Deus porque Ele me honrou e capacitou para que eu estivesse aqui hoje. A carne pode morrer daqui algum tempo, mas o nome jamais. Fica marcado na história”, declarou o jogador.

Os 225 jogos com a camisa alviverde fazem de Felipe Melo o terceiro jogador com mais partidas pelo clube do atual elenco, apenas atrás apenas de Dudu, com 333, e William, com 253. Além disso, ele é o segundo com mais vitórias, com 136. Com raça e liderança, conquistou rapidamente o carinho e o respeito do torcedor que entoava nas arquibancadas o grito criado em sua homenagem: “o bagulho é doido, Felipe Melo pitbull cachorro louco”. “Deixo um legado. Aprendi muito e ensinei muito também. O que é vencer, o que é ser profissional, ser líder. Vai ficar para história, está eternizado”, afirmou o camisa 30.

“Foram duas Libertadores. Passamos a um patamar diferente no clube, nós atletas que fizemos parte dessas conquistas. Saio do clube como o maior campeão do Brasil e o maior brasileiro campeão dessa competição, que é a nossa Champions League. Todo mundo que sonha em ser um atleta profissional sonha em jogar uma Libertadores, quem dirá conquistar. Passei de tudo, cheguei em semifinal, quartas de final. Na primeira conquista joguei a primeira fase e depois tive a lesão. Com minha fé em Deus, de quatro meses e meio voltei em dois e pude levantar o troféu. Me cobrei bastante por não estar nos momentos decisivos, apesar de atuar como verdadeiro capitão fora de campo. Deus foi tão generoso comigo que me deu os jogos contra o Atlético-MG para marcar uma história. Se não fossem aqueles jogos não teria final”, finalizou.