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O Palmeiras recebeu a equipe do São Bento, de Sorocaba, no Allianz Parque, em São Paulo (SP), na noite deste sábado (14), às 18h30, pela 1ª rodada do Campeonato Paulista. Este duelo marcou o debute do Verdão na edição de 2023 do Campeonato Paulista, e os times empataram sem gols, porém, em duelo marcado por um Verdão amplamente superior nas duas etapas.

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Com o resultado, o Alviverde defendeu uma marca invicta que agora foi ampliada para 28 anos: a de não perder no seu jogo de estreia do Campeonato Paulista desde 1996. No total, são 16 vitórias e 11 empates em 27 edições do torneio, contando a partir de 1996 (sendo que em 2002 não houve por conta da realização do Supercampeonato Paulista e outra fórmula de disputa). O último revés em uma estreia de Estadual, em 1995 – portanto, há 28 anos -, aconteceu para a Portuguesa, por 2 a 1 no Canindé.

De quebra, o Verdão deu continuidade a outra marca invicta, desta vez tratando-se da invencibilidade atual em sua própria casa: no Allianz Parque, o Palmeiras não perde há 16 jogos. Desde a última derrota, em julho de 2022, são 11 vitórias e cinco empates. Apenas pelo Paulistão, na arena, o Alviverde foi agora a 12 partidas sem ter sido superado; neste cenário, a última derrota aconteceu em abril de 2021: desde então, foram dez vitórias e dois empates – o recorde de invencibilidade do clube na arena pelo Estadual é de 13 partidas.

Além disso, contra o adversário da vez, especificamente, o Palmeiras seguiu mantendo mais um tabu positivo: o de não perder desde 1990 para o Bentão – naquele ano, foi superado por 1 a 0 pelo Estadual. Depois disso, entre 2006 e 2023, os clubes se encontraram outras seis vezes – todas elas pelo Paulistão -, sendo que o Alviverde venceu três (nas edições de 2006, 2007 e 2015) e empatou outras três (nas edições de 2016, 2021 e, agora, 2023).

No geral, este foi o jogo de número 69 entre as equipes: o Palmeiras é amplamente superior no retrospecto do confronto, pois venceu 39 duelos, empatou 15 e sofreu 15 derrotas, além de ter marcado 116 gols, contra 52 que sofreu. E só pelo Paulistão, caso do jogo de hoje, este foi o exato confronto de número 60 entre os times: nova vantagem palmeirense, que venceu 35, empatou 13 e perdeu 12 (neste cenário, balançou as redes beneditinas 103 vezes e foi vazado em 44 ocasiões).

Curiosamente, essa foi a primeira partida do Verdão contra o São Bento especificamente no Allianz Parque, inaugurado com a atual configuração em 2014. Os times já haviam se enfrentado neste mesmo local, porém, quando a casa palmeirense ainda possuía a configuração antiga, de Jardim Suspenso (visual que ficou marcado até 2010). Mais especificamente, o último encontro contra o São Bento no velho Palestra foi em 18 de janeiro de 2006, também em uma partida pelo Campeonato Paulista: o Palmeiras venceu por 1 a 0 com gol de Edmundo.

Na antiga casa palmeirense, o Velho Palestra (onde hoje se localiza o Allianz Parque), as equipes mediram forças 22 vezes: 15 vitórias esmeraldinas, quatro empates e três vitórias do time de Sorocaba. O Alviverde marcou 48 gols e sofreu 13. Desta forma, com o jogo de hoje, no total do confronto entre os times na casa do Maior Campeão do Brasil, considerando quaisquer formas físicas que o atual Allianz Parque tenha possuído outrora, são agora 23 partidas (15 vitórias do Palmeiras, cinco empates e três vitórias do São Bento, com 48 gols palmeirenses contra 13 gols beneditinos).

Além disso, por qualquer competição, o Palmeiras chegou ao décimo jogo invicto seguido contra o São Bento dentro de sua casa. Das quatro vezes que o Bentão venceu o Palmeiras no Palestra/Allianz Parque (em agora 23 jogos), a última delas foi em 1978, por 1 a 0, pelo Campeonato Paulista; desde então, os times mediram forças, com o jogo de hoje, dez vezes no local, e o Maior Campeão do Brasil vem invicto neste cenário, com seis vitórias e, agora, quatro empates.

Já no cenário mandante levando em conta todos os estádios (e não só o Palestra/Allianz), o Palmeiras havia enfrentado o São Bento depois de 2006 (até então, o jogo mais recente ante este adversário em sua casa oficial). Foi no Pacaembu, em 2016 – um empate por 2 a 2 em fevereiro daquele ano pelo Estadual, e os gols alviverdes foram anotados por Gabriel Jesus e João Paulo (contra).

No geral como mandante, contra o São Bento, são agora 36 partidas (23 vitórias alviverdes, oito empates e cinco reveses; 73 gols marcados contra 21 sofridos). Destas todas, então, 23 foram no Palestra/Allianz (15 vitórias do Palmeiras, cinco empates e três vitórias do São Bento, com 48 gols palmeirenses contra 13 gols beneditinos); 12 no Pacaembu (8 vitórias alviverdes, três empates e uma derrota; 24 gols marcados e seis sofridos); e uma no Morumbi (vitória do São Bento por 2 a 1, pelo Paulistão de 1964).

Palmeiras e São Bento é um confronto antigo. As equipes duelaram pela primeira vez no ano de 1935, no dia 23 de junho e, na ocasião, o Verdão – que ainda se chamava Palestra Italia – goleou por 4 a 0 o time da casa, no Estádio Municipal de Sorocaba (SP), em um duelo amistoso. Mais tarde, as equipes voltaram a se encontrar pontualmente nos anos 50 (dois amistosos) e, depois, com muita frequência, nas décadas de 60, 70 e 80.

E no século atual, como o time beneditino tornou a figurar algumas vezes na Série A do Estadual (que é o próprio caso deste ano), com isso, os duelos contra o Maior Campeão do Brasil voltaram a acontecer: em 2006, 2007, 2016 e o mais recente antes do de hoje em 2021 – tendo sido este último marcado por um fato curioso e inédito: pela primeira vez na história do Campeonato Paulista, duas equipes pertencentes ao estado de SP realizaram um jogo da Federação Paulista de Futebol em outro distrito brasileiro. Na ocasião, o empate por 1 a 1 aconteceu em Volta Redonda, no Rio de Janeiro – isso porque ainda devido à pandemia da Covid-19, o Governo do Estado de São Paulo impedia eventos dessa natureza.

DESTAQUES INDIVIDUAIS

Individualmente, destaque para o retorno do meia Raphael Veiga e do volante Jailson, ambos titular após perderem boa parte da temporada passada por terem sofrido lesão (ambos passaram por cirurgia).

Veiga, que vinha sendo um dos pilares da equipe em 2022, se lesionou na partida de ida das semifinais da Libertadores, contra o Athletico-PR, fora de casa, em 30 de agosto, e ficou fora do time desde então, perdendo as últimas 15 partidas da temporada.

Já o volante Jailson ficou ainda mais tempo fora do time: sofreu um trauma no joelho direito em 24 de abril, durante um treino na Academia de Futebol, e ficou de fora de 48 partidas seguintes do Verdão até o fim da temporada 2022 (oito meses), justamente no momento em que vinha obtendo sequência na equipe.  Sua última partida pelo clube antes dessa havia sido em 20 de abril de 2022, contra o Flamengo, um empate sem gols no Maracanã, pelas rodadas iniciais do Brasileirão.

E além dos jogadores, os destaques individuais se estendem também à parte técnica, pois o treinador Abel Ferreira, cada dia mais, vem fazendo história! Dessa vez, por conta de ter sido o personagem central de um fato curioso: pela terceira vez seguida, o Palmeiras iniciou o Campeonato Paulista com o mesmo comandante, algo inédito para o clube neste século. O último treinador a atingir essa sequência havia sido Luiz Felipe Scolari, em 1998, 1999 e 2000.

O JOGO

O Palmeiras foi a campo com o time completo em relação à equipe titular que, predominantemente, vinha atuando na reta final da temporada anterior, já considerando as baixas de alguns jogadores que deixaram o clube.

Por outro lado, porém, notou-se a presença de Jailson no meio-campo titular – atleta que, em 2022, passou a maior parte do tempo lesionado e, hoje, já estreou como volante titular da equipe.

Além dessas, a outra principal diferença na escalação principal que destoou levemente das mais recentes foi a presença do jovem Endrick, de 16 anos, já titular no ataque do time de Abel Ferreira – Endrick jogou oito vezes pelo clube com o duelo de hoje, dos quais quatro como titular (os anteriores na titularidade foram os três últimos dele na temporada 2022, contra o Fortaleza e América-MG, em casa, e Internacional, fora, todos pelo Brasileiro).

Desta forma, o Palmeiras, escalado por Abel Ferreira, foi a campo para enfrentar o São Bento com: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez (Vanderlan); Jailson (Gabriel Menino), Zé Rafael e Raphael Veiga (Bruno Tabata); Rony (Raphael Navarro), Dudu e Endrick (López).

O duelo não saiu do 0 a 0 no Allianz Parque, mas foi agitado, tático e propositivo. No primeiro tempo, foram os visitantes que criaram a primeira grande chance do jogo, com Léo Silva, de cabeça, mas o goleiro Weverton estava esperto no lance e evitou.

O Verdão até chegou a balançar as redes, mas teve o gol anulado por impedimento de Jailson. Depois disso, porém, o Alviverde passou a abrir uma sequência de oportunidades. Primeiro, com Rony, aos 20, que saiu em velocidade, mas foi desarmado por Zé Carlos.

Depois, aos 25, o zagueiro Gustavo Gómez por muito pouco não fez o primeiro gol palmeirense do ano! Acertou a trave após escanteio batido por Raphael Veiga.

E o jovem Endrick também teve seu momento: nos acréscimos, de fora da área, arriscou de perna esquerda e viu grande defesa de Zé Carlos. Ou seja: o Palmeiras, apesar de ver o São Bento iniciar melhor, depois praticamente sobrou, dominando toda a primeira etapa e não abriu o marcador por falta de sorte.

Já o segundo tempo foi praticamente um replay da etapa anterior. O que se viu foi um Palmeiras dominante, mas que por infelicidade não conseguiu fazer com que a bola entrasse. O São Bento, de volta à elite paulista, conseguiu se segurar em meio ao bombardeio palmeirense, com chances criadas por Dudu, Zé Rafael e outros.

E assim como no primeiro tempo, a etapa derradeira teve o São Bento quase chegando ao gol logo no início do prélio: aos 2 minutos, Weverton fez importante defesa em chute venenoso de Fernandinho. E depois, como na etapa anterior, bombardeio palmeirense, inclusive com direito a outro gol anulado – desta vez de Dudu, já nos minutos finais. Resultado final: 0 a 0.

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez (Vanderlan, aos 28’/2ºT); Jailson (Gabriel Menino, aos 15’/2ºT), Zé Rafael e Raphael Veiga (Bruno Tabata, aos 15’/2ºT); Dudu, Rony (Rafael Navarro, aos 41’/2ºT) e Endrick (José López, aos 41’/2ºT). Técnico: Abel Ferreira.

Cartão amarelo (Palmeiras): Dudu.

Público e renda: 39.164 torcedores/R$ 1.963.553,75 (Allianz Parque).