Departamento de Comunicação

O empate sem gols contra o São Bento na noite deste sábado (14), no Allianz Parque, pelo Estadual, pode ter significado para o Palmeiras – atual campeão Paulista, Brasileiro e da Recopa Sul-Americana – o primeiro de muitos desafios de uma promissora temporada que terá pela frente. Mas para o o meia Raphael Veiga e para o volante Jailson, este duelo teve sabor ainda especial por se tratar de um reencontro com os gramados após um período de recuperação.

O camisa 23, Raphael Veiga, vinha sendo um dos principais nomes do time na temporada de 2022, repetindo e até superando seu ótimo desempenho pelo clube nos anos anteriores. O ano de 2022 vinha sendo mesmo o grande divisor de águas na carreira do meio-campista, naquele momento passava a figurar em outra prateleira de ídolos do clube.

Até o momento de sua lesão em setembro de 2022(uma entorse no tornozelo direito), no dia 30 de agosto, durante a partida de ida da semifinal da Libertadores, contra o Athletico-PR, fora de casa, Veiga vinha sendo artilheiro do time na temporada, garçom e um dos principais líderes da equipe de Abel Ferreira, chegando até a ser cogitado para a Seleção Brasileira do então técnico Tite às vésperas da Copa do Mundo no Catar.

Entretanto, o jogador teve esse ciclo no auge interrompido devido a essa lesão. Em um primeiro momento, o Núcleo de Saúde e Performance (NSP) do Verdão optou por um tratamento conservador, à base de fisioterapia, mas não houve a evolução esperada. Por esse motivo, o jogador precisou, depois, ser submetido a cirurgia (uma artroscopia em seu tornozelo lesionado), ficando de fora das 15 partidas seguintes do time na temporada – incluindo um jogo decisivo que valia vaga à final da Libertadores e as rodadas da reta final do Brasileirão que terminaria com a coroação campeão do Verdão pela 11ª vez em sua história neste torneio nacional.

“Muito bom jogar, muito ruim ficar de fora ainda mais lesionado. Passei por isso de uma forma leve, claro que é o primeiro jogo, temos muita coisa a melhorar, mas é só ter um pouco mais de calma para buscar o gol”, disse o meia do Palmeiras durante o intervalo da partida.

Mesmo ficando de fora do Verdão nos últimos três meses de 2022, o jogador encerrou a temporada o vice-artilheiro da equipe (19 gols, atrás só de Rony, com 23, e seguido por Gustavo Scarpa, com 13). Nas temporadas anteriores, Veiga marcou 20 gols em 54 jogos (2021) e 18 gols em 57 jogos (2020).

Raphael Veiga, aliás, ostenta algumas estatísticas de destaque no Palmeiras. Uma delas é a de ser o 38º maior artilheiro da história do Palmeiras: ele marcou 64 gols pelo clube em suas 211 partidas que fez desde 2017.

No total, esses 64 gols de Veiga pelo Palmeiras, considerando só o século atual, já fazem dele o terceiro palmeirense com mais bolas na rede, atrás só de Willian Bigode (66) e Dudu (85).

Dentre os meio-campistas da história do Palmeiras, os 64 gols de Veiga já o colocam em oitavo do ranking dentre os jogadores da posição com mais gols; além disso, no ano passado, o jogador entrou para o Top 10 dos maiores artilheiros do Palmeiras na história do Brasileirão: chegou a 27 gols pela competição somando todas as suas participações pelo clube e, com isso, atualmente, divide a décima colocação com Edu Bala e Oséas, logo atrás de Evair, com 28.

LESÃO DE JAILSON O TIROU DO TIME POR UM PERÍODO DE OITO MESES

O caso do volante Jailson foi ainda mais delicado do que o de seu companheiro Raphael Veiga. Sua última partida pelo clube antes dessa havia sido em 20 de abril de 2022, contra o Flamengo, um empate sem gols no Maracanã, pelas rodadas iniciais do Brasileirão.

Depois, no sábado, dia 23 de abril, o jogador ainda chegou a ser relacionado para o clássico contra o Corinthians, na Arena Barueri, vencido pelo Verdão por 3 a 0, mas não saiu do banco. Entretanto, Jailson passou a enfrentar um período de provação no dia seguinte: no domingo, 24 de abril, em um treino na Academia de Futebol, sofreu lesão no joelho direito.

O jogador precisou passar por cirurgia. Para sua infelicidade, o camisa 30 vinha vivendo a sua primeira sequência titular no time justamente quando veio esse intempérie. O atleta havia chegado quatro meses antes, em janeiro de 2022, vindo do Grêmio, como um dos reforços para o Verdão.

Mas a volta por cima começou a se desenhar. Em setembro, ainda exatamente na metade do percurso de sua recuperação, o vínculo do jogador com o Palmeiras se encerrou, mas o Verdão, é claro, não abandonou seu atleta em um momento de dificuldade, e renovou com o volante mesmo em meio a um tratamento que ainda demoraria meses a terminar.

Desta forma, desde que sofreu a lesão, Jailson ficou de fora de 48 partidas disputadas pelo Verdão em um período de oito meses. Praticamente 70% da temporada. Mas em 2023 já demonstrou estar pleno fisicamente e, não à toa, foi escalado por Abel Ferreira como primeiro volante titular na partida de estreia do time pela temporada 2023.

“Muito bom voltar a jogar no Allianz Parque com a torcida e sentir um gosto de um jogo quase oficial. Agora é aproveitar o tempo para se concentrar ao máximo, treinar ainda mais forte para quando começar o campeonato a gente estar preparado para ajudar da melhor maneira possível. Desde o primeiro momento que cheguei aqui, me adaptei muito rápido, os profissionais são de qualidade e excelência. Então, é muito bom começar mais um ano aqui e espero que a temporada seja melhor ainda. Faremos de tudo para fazermos mais um grande ano”, declarou Jailson à TV Palmeiras, há dois dias, na Academia de Futebol, justamente quando encerrava seu período preparatório para poder voltar a atuar em alto nível.

Ao todo, Jailson atuou, já com o jogo de hoje, 21 vezes pelo Verdão, marcou um gol e concedeu uma assistência. Antes da lesão, chegou a atuar em duelos de todas as campanhas da Tríplice Coroa palmeirense de 2022: apesar da lesão repentina, acumulou jogos pelo Paulistão (13), pela Recopa Sul-Americana (dois) e alguns pelo Brasileirão (mais precisamente, dois, empates contra o Goiás e Flamengo, em abril).