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Embalado após vencer três clássicos estaduais em sequência, o Palmeiras foi, na tarde deste domingo (20), ao Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP) para realizar o seu último compromisso pela primeira fase do Estadual. O Verdão saiu atrás no placar por 1 a 0, com gol de Helinho, aos 25 do primeiro tempo, mas deixou tudo igual com Deyverson (que havia entrado minutos antes), de pênalti, aos 36 da etapa final.

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Com o empate, o Verdão, que já estava classificado para as quartas de final há três rodadas, encerrou a primeira fase do Paulistão com a melhor campanha da história neste atual formato (ou seja, 16 times separados em quatro grupos): foram 30 pontos conquistados nas suas 12 partidas, com nove vitórias e três empates (17 gols marcados contra três sofridos). O maior número de pontos alcançados por um time neste formato, até então, havia sido de 27.

Além da melhor campanha em pontos (30), o Maior Campeão do Brasil encerrou a primeira fase do Paulista 2022 como detentor de outros recordes: detém o maior número de vitórias (nove), a defesa menos vazada (três gols sofridos) e o melhor saldo de gols da competição (14). Aliás, o fato de ter consumado a melhor defesa da fase de grupos na edição de 2022 fez com que o Palmeiras atingisse este feito em cinco das últimas seis edições (desde 2017, apenas em 2021 o Verdão não encerrou a primeira fase como dono da melhor defesa considerando os 12 primeiros jogos da fase de grupos, na qual todas as equipes possuem o mesmo número de partidas).

E por ser o dono da liderança geral da competição em 2022, o Palmeiras terá o privilégio de disputar os jogos das fases decisivas em sua casa, conforme prevê o regulamento. Nas quartas de final, o adversário do Palmeiras será o Ituano(pois nesta fase, os primeiros colocados de cada grupo enfrentam o segundo classificado dos respectivos), na próxima quarta-feira (23), às 21h35, no Allianz Parque.

E contra o adversário da vez, pode se dizer que este foi um duelo emblemático: foi o jogo de número 50 entre as equipes em toda a história. No geral dos confrontos, o clube palestrino leva a melhor: 29 vitórias contra 11 reveses sofridos, além de outros dez empates (83 gols marcados contra 44 vezes em que fora vazado). O primeiro duelo entre as equipes aconteceu em 07/04/1935 no Estádio Municipal de Bragança Paulista, e teve vitória do então Palestra Italia por 4 a 0, com gols de Imparato, Carrazzo, Fogueira e Nico.

O JOGO

Dentro de campo, o que se viu foi um jogo com ritmo intenso, apesar da chuva e do fato de o Verdão não ter atuado com time completo – visando as quartas de final, o técnico Abel Ferreira mandou a campo um time modificado em relação às últimas escalações titulares: Marcelo Lomba; Gabriel Menino, Gustavo Gómez, Kuscevic e Jorge; Jailson, Atuesta, Breno Lopes e Wesley; Gabriel Veron e Rafael Navarro. Enquanto foram preservados jogadores como Weverton, Marcos Rocha, Murilo, Piquerez, Danilo, Raphael Veiga, Gustavo Scarpa, Dudu e Rony.

O início do duelo começou com os donos da casa mais impetuosos. Porém, Marcelo Lomba fez boa intervenção antes mesmo dos dez minutos iniciais e tratou de esfriar o ritmo do adversário. Em seguida, o Alviverde também passou a responder, em jogadas individuais, como a de Rafael Navarro, aos 16 minutos – quando roubou a bola de Lucas Evangelista no campo de ataque e invadiu a área do rival, chutando cruzado e assustando.

Gabriel Menino também mostrou serviço e fez boa jogada pelo lado direito do campo, arriscando um petardo de fora da área – Maycon, arqueiro do Braga, até resvalou na pelota, mas a arbitragem não se deu conta e marcou tiro de meta para o time da casa.

Lomba também mostrou habilidade com os pés. Aos 18 minutos, o guarda-redes recebeu passe e foi pressionado por Miguel, mas conseguiu driblar o jogador do Massa Bruta e afastar o perigo.

Mesmo aparentando vivenciar um momento melhor na partida a partir dos 15 minutos de jogo, foi o Verdão quem sofreu o primeiro gol da tarde. Logo após quase marcar com Breno Lopes aos 23 minutos, que havia recebido lindo passe de calcanhar de Navarro, mas foi desarmado pela defesa adversária quando se preparava para finalizar, os donos da casa surpreenderam com o atacante Helinho. Marcelo Lomba havia defendido chute de Sorriso, mas, no rebote, Helinho apareceu só e bateu de primeira, rasteiro, sem chances para Lomba. (Bragantino 1×0 Palmeiras)

A partir do gol sofrido, o Palmeiras demonstrou tentar correr cada vez mais atrás do resultado. Aos 32, o time criou uma ótima oportunidade com Atuesta, que recebeu passe de Veron na direção do gol e até finalizou duas vezes; entretanto, nas duas, foi bloqueado por Andrés Hurtado.

Daquele momento em diante, o Palmeiras chegou várias vezes; algumas com mais perigo, outras menos: Veron e Navarro tentaram fazer a diferença. Àquela altura, o Maior Campeão do Brasil vinha tendo maior posse de bola.

Nos minutos finais da primeira etapa, o Massa Bruta ainda assustou a defesa palestrina com Praxedes, que recebeu passe arriscou de fora da área, mas Marcelo Lomba triscou na redonda, desviando para escanteio e salvando o Verdão.

E nos derradeiros minutos dos 45 iniciais, houve ainda esboços de jogadas que poderiam culminar em finalizações para ambos os lados, mas nenhuma bem-sucedida. Com desvantagem de um único gol, o Alviverde foi para o vestiário visando reverter o cenário na próxima etapa.

Já o segundo tempo começou diferente. Teve o Palmeiras se impondo desde o início. E, aparentemente, o aspecto físico também pesou – o Alviverde parecia sobrar mais em campo ao longo da segunda etapa.

Até os 15 minutos iniciais, o Bragantino quase não tocou na bola no campo de ataque. A primeira ameaça real veio aos 18 minutos, com o ex-Palmeiras Artur, que, em jogada de contra-ataque, cortou para o meio e chutou colocado, com muito perigo. A bola foi para fora, mas passou perto da trave.

Aos 20 minutos, Abel decidiu promover uma série de alterações simultâneas do Verdão, visando renovar fôlego em setores do campo para que o time não perdesse a qualidade e o desempenho que vinha apresentando. Saíram Gabriel Menino, Gabriel Veron e Breno Lopes para as entradas, respectivamente, de Gustavo Garcia, Deyverson e Giovani.

As alterações de Abel pareceram surtir efeito. Logo, o time palmeirense passou a flutuar com mais liberdade no último terço do campo, criando oportunidades. Aos 31 minutos, o treinador palmeirense promoveu as suas últimas duas substituições: saiu Jorge, na lateral esquerda, para a entrada de Vanderlan (Cria da Academia), e no ataque, Wesley, para a entrada de Gabriel Silva.

Não demorou muito e, aos 35 minutos, em mais uma das tentativas de ataque palmeirense, Rafael Navarro caiu em uma disputa com o goleiro Maycon e o VAR foi acionado. Na revisão, a penalidade foi assinalada e, para a cobrança, partiu Deyverson, que havia entrado minutos antes. (Bragantino 1×1 Palmeiras)

Curiosamente, logo que marcou o gol de penal, aos 36, o atacante palmeirense foi expulso logo em seguida por reclamar de forma acintosa com o árbitro Flávio Rodrigues de Souza em falta marcada para o Bragantino.

Então, a partir dos 37 minutos – momento da expulsão de Deyverson -, a estratégia palmeirense praticamente mudou, e o Verdão passou a jogar na contenção. Até o fim da partida, com um a menos, o Alviverde ia rechaçando possíveis momentos de pressão criados pelo Bragantino.

Marcelo Lomba, inclusive, chegou a salvar o Palmeiras com uma bela defesa, já nos descontos. O adversário Bruninho arriscou de longe, e o arqueiro palestrino foi buscar. Desta forma, o Palmeiras não foi mais vazado e o duelo terminou com empate por 1 a 1.

PALMEIRAS: Marcelo Lomba; Gabriel Menino (Gustavo Garcia, 21’/2ºT), Gustavo Gómez, Kuscevic e Jorge (Vanderlan, 31’/2ºT); Jailson Siqueira, Atuesta, Breno Lopes (Giovani, 21’/2ºT) e Wesley (Gabriel Silva, 31’/2ºT); Gabriel Veron (Deyverson, 21’/2ºT) e Rafael Navarro. Técnico: Abel Ferreira.

Gols: Helinho, aos 26’1ºT (1-0); e Deyverson, de pênalti, aos 36’2ºT (1-1)

Cartões amarelos (SEP): Atuesta.

Expulsão (SEP): Deyverson, 37’2ºT (cartão vermelho direto)