Renovado, Valdivia sonha com vida longa no Verdão e mira Copa do Mundo

Thiago Kimori
Departamento de Comunicação

César Greco/Agência Palmeiras/Divulgação _ Em 2014, Valdivia fez 13 jogos e marcou 4 golsApós sofrer com algumas lesões desde que retornou ao Palmeiras em 2010, o meia Valdivia voltou a atuar seguidamente na temporada passada (com o acompanhamento da comissão técnica), foi decisivo na conquista do título do Campeonato Brasileiro da Série B e, agora, está colhendo os frutos no ano do centenário do Verdão. Em 13 jogos durante 2014, o Mago já coleciona quatro gols, uma assistência e três participações a tentos palestrinos.

“A grande diferença de um tempo para cá chama-se José Amador. Ele trabalha na seleção do Chile, é um cubano e recuperador. As fibras dos músculos são retas e, quando você machuca, tem de alinhá-las novamente. As minhas não estavam alinhadas, e ele conseguiu fazer isso. Junto com o departamento físico do Palmeiras, nós conseguimos fortalecer cada um dos músculos. Conseguimos e hoje os resultados estão aí. Ele percebeu que alguma coisa estava errada, e eu também passei a me cuidar mais”, contou.

O camisa 10 assumiu a responsabilidade pelos problemas que o afastaram de campo nos anos anteriores. “A minha sequência de lesões foi por causa de uma falta de entrosamento e coordenação entre o departamento médico, comissão técnica e jogador. Foi a falta de cumprimento dos protocolos. Quando são 30 dias, tem de respeitar os 30 dias, mas não eram respeitados. Sempre voltei antes do tempo e não recuperava o que era para recuperar. Todos têm uma parcela de culpa”, disse o chileno, ressaltando, porém, a qualidade dos funcionários do clube alviverde.

“São ótimos profissionais da medicina. Não é por acaso que estão aqui há tanto tempo. Como disse, às vezes voltava antes e não fazia a recuperação que era necessária. O jogador sempre quer jogar e se vê na obrigação de jogar. A culpa foi dividida, e meu carinho, admiração e respeito pelo Doutor Rubão (Rubens Sampaio), Doutor Vinicius (Martins), Doutor Otávio Vilhena, Rosan (fisioterapeuta), Felipão e Murtosa são enormes”, explicou.

Hoje, em evidente evolução com o time do Palmeiras e com novos planos para a sua carreira, Valdivia demonstra amadurecimento quando é questionado sobre o seu futuro no futebol, seja no Brasil ou no exterior. O palmeirense, inclusive, é taxativo quando fala sobre a sua relação com o clube do Palestra Italia.

“É normal do ser humano sempre querer algo a mais. Gostaria de ser campeão do mundo e do Campeonato Brasileiro neste ano. São metas que eu gostaria de atingir e depois falar para os meus filhos: ‘Ganhei isso, conquistei isso no país do futebol’. Quem fala que não traça um objetivo, então não tem fome para triunfar e ser melhor do que já é. Gostaria de encerrar a carreira no Palmeiras, e também ter uma nova oportunidade na Europa. Temos que aprender com os erros do passado para não cometê-los novamente na fase atual”, comentou.