Verdão bate Bragantino no Pacaembu e segue na liderança do Grupo B no Paulista
Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação
O Palmeiras superou a equipe do Bragantino na noite desta segunda-feira (11), pela sexta rodada do Campeonato Paulista, por 2 a 0 – gols de Dudu e Gustavo Scarpa – e segue na liderança isolada do Grupo B, com 13 pontos (dois a mais do que o Novorizontino, com 11; Guarani, com 10, e São Bento, com 3, completam o pelotão).
Com o resultado, o Verdão continua sem saber o que é perder para o Bragantino neste século, em um total de 15 jogos – o último revés aconteceu em 1997, pelo Brasileirão. De 1998 a 2018, foram 12 vitórias palestrinas e três empates, sendo o que o Palmeiras vazou as redes do Alvinegro de Bragança em 32 ocasiões e sofreu nove tentos.
O duelo desta noite marcou o 40º encontro da história entre os dois clubes. Até aqui, o retrospecto indica 23 vitórias do Verdão, nove empates e apenas triunfos do Leão de Bragança. Além disso, o resultado do embate ampliou uma marca positiva histórica que o Alviverde ostenta: jogando às segundas-feiras, são 56 jogos, com 29 vitórias, 14 empates e 13 reveses.
Vale ressaltar que o reencontro com o Pacaembu, diante no Bragantino, teve sabor especial para o Verdão: foi o próprio Palmeiras o responsável por inaugurar o estádio. O fato ocorreu em 28 de abril de 1940, quando o time alviverde goleou o Coritiba por 6 a 2 e venceu a primeira competição disputada no local, chamada Torneio de Inauguração do Pacaembu. Os gols palestrinos foram anotados por Echevarrieta (3), Luizinho, Elyseo e Sandro. Ao todo, o Maior Campeão do Brasil atuou na cancha em 1126 jogos e acumula 574 vitórias, 302 empates e 250 derrotas, com 2053 gols marcados contra 1314 gols sofridos.
Conquistas, aliás, não faltam no estádio municipal: o Verdão ostenta ainda o posto de maior campeão da história do Pacaembu – são 26 títulos no local. Dentre as principais glórias nele obtidas, estão os Brasileiros de 1960 (Taça Brasil), 1967 (Robertão) e de 1994; e os Paulistas de 1940, 1942, 1944, 1950, 1959, 1963 e 1972. O triunfo mais recente aconteceu em 2014, quando o Verdão venceu a Fiorentina por 2 a 1 – gols de Victor Luis e Leandro – e faturou o Troféu Julinho Botelho/Copa Euroamericana.
O retrospecto recente do Palmeiras no Pacaembu, inclusive, é animador. Nos últimos 16 embates disputados no local, o Alviverde foi superado em uma única ocasião, com outras 13 vitórias e dois empates (28 gols marcados e 10 sofridos). O Maior Campeão do Brasil ostenta uma série invicta atual no estádio, que agora é de sete partidas, sendo cinco vitórias em sequência. Este tabu positivo inclui triunfos sobre o Internacional, o Bahia, o Cruzeiro, o Grêmio, o Ceará e, agora, o Bragantino, além de um empate diante do Santos.
Coletivamente, o Palmeiras continua como dono isolado da melhor defesa dentre os 16 clubes que disputam o Campeonato Paulista, com apenas dois gols sofridos (com a ótima média de 0,33 por partida). Pelo fato de ter anotado sete tentos no certame, o saldo esmeraldino é de cinco gols.
Nos aspectos individuais, alguns jogadores tiveram algo a mais para comemorar além da vitória do Verdão. São os casos de Dudu, Gustavo Scarpa e Fernando Prass. Dudu, o camisa 7 palestrino, ampliou seu saldo como artilheiro palmeirense no Século XXI – agora são 56 bolas na rede. Dono da camisa 14, Scarpa marcou de pênalti o segundo gol do Verdão e voltou a encontrar o caminho das redes desde a última rodada do Brasileirão de 2018.Já Fernando Prass, camisa 1 palmeirense, é o jogador mais antigo do atual elenco (no clube desde 2013) e aumentou seu número de partidas disputadas pelo clube, sendo o líder no quesito do grupo alviverde: agora são 265 duelos pela agremiação palestrina.
Experiente na zaga, o veterano Edu Dracena, de 37 anos, voltou a ser capitão do Alviverde em 2019 (algo que aconteceu pela segunda vez nesta temporada). Outros jogadores que iniciaram a partida com a braçadeira de autoridade máxima neste ano são os meio-campistas Bruno Henrique e Felipe Melo (também por duas vezes cada).
O jogo
Desde os minutos iniciais, o Palmeiras imprimiu um ritmo forte diante do Bragantino no Pacaembu. O adversário do Verdão até tentou mostrar uma postura ofensiva desde os minutos iniciais, como o oposto de um time que se recolhe na defesa, mas acabou surpreendido logo nos minutos iniciais da peleja e precisou mudar sua postura.
Aos sete minutos de bola rolando, Felipe Pires recebeu uma bola de contra-ataque e acionou Moisés. O camisa 10 palmeirense, por sua vez, deu um passe na medida para que Dudu fosse de encontro com a pelota e, de primeira, colocasse a bola no contrapé do goleiro Alex Alves. (Palmeiras 1×0 Bragantino)
Após o tento sofrido logo no início do embate, a equipe do técnico Marcelo Veiga passou a adotar mais cauta, mas sem deixar de tentar trabalhar seu setor criativo. Mesmo assim, as principais chances continuaram sendo do Palmeiras – o Bragantino quase não conseguiu concluir uma jogada de ataque.
Após seguir tomando conta das ações do jogo, o Verdão ampliou a vantagem aos 28 minutos, com Gustavo Scarpa, de pênalti – a penalidade fora marcada após bela arrancada de Dudu, que enfileirou três adversários e acionou Borja – o camisa 9 foi claramente derrubado na grande área. De pé esquerdo, Scarpa chutou no canto esquerdo do goleiro rival, que pulou para o outro lado. (Palmeiras 2×0 Bragantino)
Na reta final da primeira etapa, o Alviverde valorizou a posse de bola e administrou bem a vantagem obtida. O sistema defensivo do Verdão foi impecável, dos zagueiros aos laterais e, inclusive, o goleiro Fernando Prass – sempre que acionado mostrava-se atento.
.jpg)
No segundo tempo, o Bragantino voltou com uma proposta de jogo mais ofensiva, partindo para o tudo ou nada – já que na etapa anterior a equipe havia tomado mais cautela após lances promissores do Verdão. As melhores chances, entretanto, continuaram sendo do Maior Campeão do Brasil.
A vitória palmeirense poderia ter sido ainda maior se tivessem se consumado as chances claras criadas por Borja, logo aos 2 minutos do segundo tempo – o centroavante finalizou bem de perto ao arco adversário, mas a bola passou tirando tinta do travessão –, e com Felipe Pires, aos 10 minutos, após bola sobrada de jogada individual de Gustavo Scarpa: Pires estava atento e, ao ver a oportunidade, correu para finalizar; bateu do jeito que pôde e ofereceu muito perigo.
A primeira alteração de Felipão foi no meio-de-campo, com Bruno Henrique no lugar de Moisés, aos 21 minutos. Depois, aos 33, foi a vez de mudar o ataque: saiu Dudu para entrar Carlos Eduardo. E por fim, Gustavo Scarpa deu vez à Lucas Lima nos derradeiros minutos do duelo, aos 40.
Palmeiras: Fernando Prass; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Victor Luis; Thiago Santos, Moisés (Bruno Henrique, 21'/2°T), e Gustavo Scarpa (Lucas Lima, 40'/2°T); Felipe Pires, Dudu (Carlos Eduardo, 34'/2°T) e Borja. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Gols: Dudu, 7'/1°T (1-0); Gustavo Scarpa, 28'/1°T (2-0).
Cartão amarelo: Antônio Carlos.
CONFIRA OS GOLS DO VERDÃO PELAS LENTES DA TV PALMEIRAS/FAM:
