Verdão e Bahia empatam e decidem vaga às semifinais da Copa do Brasil no Allianz Parque

Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação_Weverton completou 10 partidas pelo clube e, Edu Dracena, 95 duelos no VerdãoO Palmeiras visitou o Bahia na noite desta quinta-feira (02), na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Com o empate pelo placar de 0 a 0, o Verdão irá decidir vaga à semifinal ante o time tricolor no jogo de volta em seus domínios, no Allianz Parque, em São Paulo (SP), no dia 16 de agosto, às 19h15.

O resultado fez com que o Verdão ampliasse um tabu positivo diante do Bahia: agora são sete jogos sem perder para o rival tricolor no retrospecto geral – o time palmeirense não é superado desde 2012. Neste intervalo, os clubes se enfrentaram em sete ocasiões, com quatro vitórias do Palmeiras e outros três empates. E quando o assunto é Palmeiras e Bahia na Fonte Nova (seja antes ou depois da reforma do estádio), o tabu positivo é ainda maior, de dez jogos. Neste aspecto, o último revés sofrido pelo time palestrino aconteceu em outubro de 1988 – portanto, há quase 30 anos. Desde então, os dez duelos realizados entre as equipes referentes a esta série invicta terminaram com seis vitórias do Verdão e quatro empates.

Além do próprio Bahia, o Palmeiras já enfrentou outras cinco equipes do estado nordestino: Botafogo-BA, Galícia, Vitória da Conquista, Vitória e Ypiranga-BA. No retrospecto estatístico agregado de todos esses clubes contra o Verdão, a vantagem ainda assim é palmeirense, com 52 vitórias contra 19 derrotas em 98 jogos (além de 27 empates). Foram 169 gols marcados e 106 sofridos.

Outro acontecimento que chamou a atenção na partida de hoje foi o fato do auxiliar Pauto Turra ter dirigido o time contra o Bahia, aguardando pela chegada do recém-contratado Luiz Felipe Scolari. Com isso, Turra aumentou a lista de jogadores que mais tarde dirigiram o Alviverde, sendo o 28º nome: entre 2000 e 2001, o ex-zagueiro disputou 41 partidas pelo Verdão (22V, 9E e 10D) e marcou três gols, fazendo parte da campanha campeã da Copa dos Campeões de 2000.

Os outros técnicos que já vestiram a camisa do Maior Campeão do Brasil enquanto jogadores são: Alfredo González, Amílcar Barbuy, Antônio Carlos Zago, Aymoré Moreira, Bianco Gambini, Chinesinho, Cuca, Dino Sani, Dorival Júnior, Dudu, Emerson Leão, Ênio Andrade, Fabbi, Fedato, Humberto Cabelli, Jorginho Cantinflas, Julinho Botelho, Junqueira, Mário Travaglini, Minuca, Oswaldo Brandão, Picagli, Sylvio Lagreca, Valdemar Carabina, Valdir Joaquim de Morais, Ventura Cambón e Vicente Arenari.

Divulgação_Paulo Turra se tornou o 28º técnico a ter jogado pelo clubeE não foi só Paulo Turra que protagonizou um feito histórico. Alguns jogadores, individualmente, tiveram marcas importantes alcançadas com a camisa do Verdão que merecem destaque: Edu Dracena, por exemplo, completou 95 jogos com a camisa do Verdão, enquanto Bruno Henrique e Weverton chegaram, respectivamente, a 55 e a dez partidas.

Além dos 95 jogos completados nesta quinta-feira (02), Edu Dracena também pôde sair de campo comemorando o fato de ter se aproximado ainda mais de subir no ranking de zagueiros que mais jogaram pelo clube neste século. Vale lembrar que, com essa quantidade de jogos que possui atualmente (95), o camisa 3 já ocupa, de forma isolada, a 9ª posição deste ranking: agora o próximo alvo de Dracena a ser alcançado em número de jogos é o defensor Alexandre, com 96 partidas (ou seja, está a apenas um jogo). O líder desta lista, de zagueiros com mais jogos no Século XXI, é Maurício Ramos (com 191 atuações).

Dudu foi outro jogador que pôde sair de campo contente com uma marca pessoal. O camisa 7 jogou até os 37 minutos da partida contra o Bahia e aumentou ainda mais seu saldo de tempo em campo na temporada e segue como o líder do elenco palestrino no quesito: são, ao todo, 3387 minutos disputados entre partidas de Paulista, Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil e amistosos, já considerando eventuais períodos de acréscimo concedidos pela arbitragem.

O jovem atacante Artur, de 20 anos, é mais um do hall de atletas que atualizaram marca individual relevante. Após entrar aos seis minutos do segundo tempo, com a saída de Willian (que deixou o campo sentindo dores), o atleta, oriundo das categorias de base do Verdão, permaneceu por mais uma partida sem perder: este foi seu oitavo jogo pelo clube (e não perdeu nenhum). Vale ressaltar que jogador fez parte da campanha do título brasileiro de 2016 no Palmeiras, atuando em uma partida (11/12/2016, contra o Vitória-BA, triunfo alviverde por 2 a 1).

Esta é a 15ª vez que o Verdão disputa a fase das quartas de final da Copa do Brasil desde que estreou no torneio, em 1992 – vale lembrar que a Copa do Brasil existe desde 1989. O retrospecto das outras 14 ocasiões em que o Verdão chegou a essa etapa do Nacional aponta total equilíbrio, com sete classificações e sete desclassificações. As edições em que o clube chegou a essa fase foram as de 1992, 1993, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2004, 2010, 2011, 2012, 2015, 2016, 2017 e, agora, 2018.

O Palmeiras disputou, ao todo, 147 jogos válidos pela Copa do Brasil. O saldo histórico é positivo, com 83 vitórias, 36 empates e 28 derrotas (286 gols marcados e 147 sofridos). No total, são 23 edições disputadas da competição nacional, já considerando o ano de 2018.

Grandes expoentes do verdão na Copa do Brasil

O goleiro Marcos é quem mais edições da Copa do Brasil disputou com a camisa do Palmeiras (nove no total e de forma consecutiva). O ex-volante Galeano, por sua vez, é o palestrino que mais vezes jogou (38), enquanto Velloso e o próprio Galeano são os que mais venceram – 22 triunfos. Na galeria dos treinadores, Luiz Felipe Scolari detém o maior número de jogos à frente da equipe alviverde na competição (44), sendo o treinador que mais venceu (26) – ele ainda faturou as taças de 1998 e 2012.

1996 – Edição com mais gols na Copa do Brasil

Em 1996, o Palmeiras estabeleceu seu recorde de gols em uma mesma edição da Copa do Brasil: foram 26 bolas na rede em nove partidas disputadas (média de 2,8 por jogo). No mesmo ano, o time venceu o Sergipe-SE, fora de casa, por 8 a 0 – o triunfo representa a maior goleada da equipe na história do torneio. Os tentos neste jogo foram anotados por Luizão (4), Djalminha (2), Cafu e Rivaldo.

Agenda

O Palmeiras volta a campo no próximo domingo (05) para enfrentar o América-MG, no Independência, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, já sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari. Em seguida, o Alviverde enfrenta o Cerro Porteño-PAR pela Conmebol Libertadores, na quinta-feira (09), no estádio General Pablo Rojas, em Assunção (Paraguai), às 21h45 de Brasília.

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação_Palmeiras está pela 15ª  nas quartas de final da Copa do Brasil e disputa vaga nas semifinais com o Bahia

O jogo

Com Deyverson no ataque – a grande novidade na escalação titular no time –, o Palmeiras começou com força total e mostrou estar atento a todas as jogadas desde o início do jogo. Logo nos primeiros minutos, teve uma chance com Dudu.

Mais tarde, aos 14 do segundo tempo, Deyverson quase fez um golaço. O atacante investiu contra a defesa baiana de bicicleta e por pouco não abriu o marcador. Aos 26, Deyverson, novamente, ofereceu perigo aos donos da casa: finalizou à queima roupa, e a zaga salvou praticamente em cima da linha, após jogada de Diogo Barbosa com Marcos Rocha.

Apesar de ter começado eletrizante, o Bahia, time mandante, foi encontrando seu espaço no jogo e chegando ao ataque palmeirense em algumas oportunidades. O Verdão, porém, soube se controlar e trabalhou bem sua linha defensiva, garantindo que o time não fosse vazado no primeiro tempo.

A segunda etapa foi iniciada com um susto sofrido por parte do Alviverde. O Bahia chegou com perigo após cabeçada de Gilberto, que havia recebido passe de Lucas Fonseca. Weverton nada pôde fazer e torceu para que a pelota saísse pela linha de fundo.

Aos seis minutos do segundo tempo, veio a primeira alteração do Maior Campeão do Brasil: entrou Artur no lugar de Willian, que saiu sentindo dores e pediu ao auxiliar Paulo Turra (hoje treinador do Verdão) para ser substituído.

Após algumas jogadas de ataque do time comandado por Enderson Moreira, o goleiro Weverton se destacou fazendo boas defesas. Além da boa atuação do arqueiro palestrino, vale destacar também as movimentações de Deyverson, que além das finalizações perigosas também aplicou um belo drible no zagueiro Tiago – uma caneta, perto da bandeirinha de escanteio do campo de defesa do Bahia, Mais tarde, aos 48 minutos da etapa derradeira, o centroavante alviverde seria expulso por uma cotovela no lateral-esquerdo Mena, do Bahia.

Aos 18 minutos, foi a vez de Gustavo Scarpa entrar no time, no lugar de Moisés. Com isso, a ideia de Paulo Turra era de que o time ganhasse mais velocidade e fôlego novo no meio de campo palestrino.

Aos 24, Dudu disparou pela esquerda e lançou para Artur, sozinho na grande área: o palestrino foi derrubado por Gregore (Bahia) e o pênalti foi marcado. De quebra, o atleta do time baiano ainda foi expulso. O cartão vermelho, porém, foi cancelado após consulta do árbitro Anderson Daronco com a ajuda do VAR (árbitro de vídeo), e foi corrigido com a aplicação de um cartão amarelo apenas. Este jogo, aliás, entrou para a história alviverde por ter sido o primeiro duelo do clube que contou com o uso deste novo recurso tecnológico.

Aos 32 minutos, ou seja, oito minutos após a parada para avaliação do VAR, partiu para a cobrança do pênalti o atleta Bruno Henrique. O chute do capitão palestrino, porém, parou no travessão, e o Verdão não conseguiu abrir o marcador com a chance que parecia ser o seu grande momento na peleja.

Dono da camisa 5, Thiago Santos entrou no lugar de Dudu, camisa 7, para dar mais estabilidade, consistência e equilíbrio ao time de Paulo Turra. Esta foi a última alteração da qual o Verdão tinha direito.

O jogo se encaminhou para os minutos finais com um duelo equilibrado, mas com o Verdão criando chances – o time não se deixou abalar apesar do pênalti perdido. No entanto, apesar dos nove minutos de acréscimo, nenhuma das equipes conseguiu criar chance que de fato levasse grande perigo e o resultado não saiu mesmo do empate sem gols.

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Moisés (Gustavo Scarpa, aos 18'/2ºT); Willian (Artur, aos 6'/2ºT), Dudu (Thiago Santos, aos 36'/2ºT) e Deyverson. Técnico: Paulo Turra.

Cartões amarelos: Felipe Melo e Diogo Barbosa.

Expulsão: Deyverson, aos 44'/2ºT