Arqueiro do Palmeiras conquista medalhas no Parapan e garante vaga nas Paralimpíadas de Tóquio

O arqueiro Heriberto Roca fez bonito com a Seleção Brasileira no Parapan-Americano de Tiro com Arco, disputado entre os dias 22 e 28 de março, em Monterrey, no México. Além de conquistar duas medalhas de prata, o atleta também garantiu a vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, previstos para os meses de agosto e setembro deste ano.

“Eu fui além das minhas expectativas no torneio e consegui bater o meu recorde pessoal com 597 pontos após 72 flechas atiradas. Com esse resultado, também tivemos o recorde das Américas”, ressalta Heriberto, que se sagrou campeão brasileiro de Tiro com Arco Paralímpico Outdoor (70m) em dezembro de 2020.

Heriberto voltou para o Brasil com duas medalhas de prata (Foto: arquivo pessoal)

Atleta do Verdão desde 2020, Roca conquistou a primeira medalha na última quarta-feira (24) na prova por equipe mista no arco recurvo (arco composto por lâmina, punho e corda). Ao lado de Fabíola Dergovics e em uma distância de 70 metros, o atleta palestrino teve atuação de destaque e ficou próximo do ouro, que terminou com o México.

Já nas competições da última sexta-feira (26), foi a vez do arqueiro disputar a final do arco recurvo masculino. No combate, o atleta foi superado pelo placar de 6 a 2, mas garantiu mais uma vaga para o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio.

“Eu fui focado, sabia que existiam as vagas e que eu precisaria dar o meu melhor para conquistá-la. Na semifinal, o nosso técnico avisou que eu tinha conseguido a vaga, mas, ainda assim, queria mais e busquei a final. Estou muito feliz, essa será a minha terceira Paralimpíada em uma modalidade diferente e o meu objetivo é ficar entre os três melhores arqueiros do mundo”, destaca Heriberto, que foi atleta de basquete em cadeiras de rodas por 15 anos.

Arqueiro palestrino posa com companheiros de Seleção Brasileira no Parapan (Foto: arquivo pessoal)

Além de prometer dedicação para melhorar cada vez mais o seu desempenho, o atleta também sabe da importância de suas conquistas para a modalidade no país. “Quero ir até Tóquio para conquistar, pois isso é muito importante para o esporte paralímpico brasileiro de uma forma geral. Eu quero representar os deficientes e mostrar que nós temos capacidade de treinar, trabalhar e sermos atletas”, conclui.

O Brasil encerrou a participação no torneio com nove medalhas (duas de ouro, seis de prata e uma de bronze) e garantiu mais quatro vagas, de um total de cinco, para o país para os Jogos Paralímpicos de Tóquio.