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Palmeiras e Flamengo se enfrentaram na tarde deste domingo (27), no Allianz Parque (SP), pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo, que estava previsto para 16h, contou com aproximadamente 20 minutos de atraso devido a um imbróglio judicial devido ao fato de o time carioca ter buscado adiamento da partida devido ao surto de Covid-19 em seu elenco – de última hora, houve uma reviravolta em que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deferiu pedido da CBF, revertendo decisões do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), que havia decretado o adiamento da partida.

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Pelo placar de 1 a 1, os times empataram, com gols no segundo tempo: Patrick de Paula marcou o do Verdão, aos 9 minutos, com um belíssimo chute de fora da área – desviado no volante Thiago Maia – e, em seguida, aos 11, Pedro deixou tudo igual ao receber passe do meia De Arrascaeta.

Mesmo com o empate, o Palmeiras se manteve na quarta colocação da tabela – dois dos times que estavam à sua frente também empataram na rodada (duelo entre Inter e São Paulo). Desta forma, o Alviverde, chegou a 19 pontos, e está atrás só do Tricolor Paulista (3º, com os mesmos 19), do Colorado (vice-líder, com 21) e Atlético-MG (líder, com 24 pontos – superou o Grêmio na rodada).

Além disso, o Alviverde emplacou sua 18ª partida de invencibilidade (oito vitórias e dez empates) na temporada, que também já é a maior série sem reveses dos últimos oito anos. A última vez que o time ficou por pelo menos 18 partidas sem derrotas foi entre 13/11/2011 e 21/03/2012, quando atingiu 22 jogos de invencibilidade (14 vitórias e oito empates).

Dos 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras é o que está há mais tempo invicto na temporada. Em seguida, aparece o Santos, com seis duelos de invencibilidade. E mais: nas últimas 25 partidas, sofreu apenas uma derrota, com 13 vitórias e 12 empates, 33 gols marcados e 16 tomados; já nas últimas 34 partidas (incluindo duas de 2019), só duas derrotas, com 18 vitórias e 14 empates, 51 gols marcados e 20 sofridos.

E como perde pouco, o Palmeiras também sofre poucos gols. Assim como nos últimos anos, o Palmeiras mantém ótimos números defensivos em 2020. A média de 0,61 gol sofrido por partida (19 gols em 31 jogos, sem contar torneios amistosos) é a melhor entre os 20 clubes que disputam a Série A do Brasileiro – em segundo lugar aparece o Internacional, com 0,67 (23 gols em 34 jogos). Em números absolutos, o Palmeiras também é o primeiro colocado, seguido por Fortaleza e Atlético-GO, ambos com 22 gols sofridos.

Os bons números do Palmeiras de Luxemburgo em 2020 no que diz respeito ao baixo índice de reveses não param por aí. No cenário mandante, o Alviverde também é protagonista. No Allianz Parque, nesta temporada, foram, são 12 jogos, seis vitórias e seis empates, com 19 gols marcados e dez sofridos. Venceu Mirassol (3×1 – inauguração do gramado sintético), Guarani (1×0), Água Santa (2×1), Santo André (2×0) e Ponte Preta (1×0), pelo Paulista, e Guaraní-PAR (3×1), pela Libertadores; empatou com Ferroviária (1×1) e Corinthians (1×1), pelo Paulista, e Goiás (1×1), Internacional (1×1), Sport (2×2) e, agora, Flamengo, pelo Brasileiro. Aproveitamento de 67% em sua arena.

E como mandante de forma geral, Verdão continuou sendo o único clube da Série A invicto em 2020 por qualquer competição. Somando as partidas realizadas na Arena da Fonte Luminosa (Palmeiras 0x0 São Paulo, pelo Paulista), no Pacaembu (Palmeiras 4×0 Oeste, pelo Paulista) e no Morumbi (Palmeiras 2×1 Santos, pelo Brasileiro), além das que foram disputadas no Allianz Parque, são 15 jogos, oito vitórias e sete empates, com 25 gols marcados e 11 sofridos – aproveitamento de 66%.

Em campo, com o tento de Patrick de Paula, o Maior Campeão do Brasil também reforçou uma curiosa estatística: a de balançar as redes dos adversários muito mais vezes na etapa final do que no primeiro tempo das partidas. Dos 45 gols do Verdão na temporada, 33 foram marcados no período derradeiro (73,33%), enquanto apenas 12 (ou seja, 26,67%) foram marcados nos primeiros 45 minutos.

Nos tópicos individuais, Vanderlei Luxemburgo chegou a sua 16ª partida invicta pelo Campeonato Brasileiro (seis vitórias e dez empates), pois, quando deixou o Palmeiras pela última vez, em 2009, ele não havia perdido seus últimos cinco jogos pela competição (duas vitórias e três empates) – o último revés de Luxa no Nacional foi em 17/05/2009, por 2 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio. Contra o Rubro-Negro, aliás – time que o atual treinador palmeirense mais atuou como jogador (lateral-esquerdo), este foi o nono duelo à frente do Verdão, com três vitórias para cada lado e, agora, três empates. Levando em conta só os duelos pelo Campeonato Brasileiro, o retrospecto também aponta equilíbrio: duas vitórias para cada lado e este empate em cinco duelos.

No tocante aos atletas, o jovem volante oriundo da base Patrick de Paula retornou ao time em grande estilo. Fora dos últimos quatro duelos do Alviverde – preservado pela comissão técnica –, o jogador marcou um belo gol de pé esquerdo, de fora da área, após receber passe de Luiz Adriano em jogada iniciada por Raphael Veiga (que havia entrado em campo minutos antes, na vaga de Lucas Lima).

Antes de retornar ao time, Patrick vinha de 17 partidas seguidas, tendo sido titular nas sete últimas vezes dessa sequência, atingindo, assim, sua maior série de titularidade na temporada – antes, fora escalado seis vezes consecutivas nas primeiras partidas após a retomada do calendário, todas pelo Paulista, em julho.

Autor do gol da vitória por 2 a 1 sobre o Santos, a última da equipe como mandante, ele é um dos jogadores que possuem três gols na atual temporada (já havia marcado no 1 a 0 sobre a Ponte Preta, na semifinal do Paulista), ao lado Zé Rafael e Raphael Veiga (três cada), e atrás apenas de Willian e Luiz Adriano (artilheiros do time no ano, com 11 bolas na rede cada um) – o garoto, que completou 21 anos no início de setembro, ainda foi o responsável pela quinta cobrança do Verdão na disputa de pênaltis na grande final do Paulista, garantindo o 23º título estadual da história do clube.

O camisa 5 também iniciou a rodada dentre os jogadores que mais acumulam desarmes no time palestrino, figurando na quarta colocação deste ranking, com 40 roubos de bola, atrás apenas de Viña, com 49, Zé Rafael, com 53, e Marcos Rocha, líder do ranking com 56. Ou seja: apesar dos jogos que ficou fora, ainda assim se manteve no topo – fator que indica que, antes de ter sido preservado das partidas em que esteve ausente, possuía números acima da média.

Willian Bigode também merece ser citado como destaque do jogo. Além de levar o time para frente nos momentos em que o Alviverde pressionava e chegar até a concluir jogadas, o atleta segue como o mais assíduo do time, sendo o único presente em todos os jogos do ano (entrou em campo em todas as 33 partidas do Verdão em 2020), além de artilheiro da equipe (11 gols, ao lado de Luiz Adriano) e líder de participações em gol na temporada (ou seja, gols e assistências somadas, com 15, sendo 11 gols e quatro passes, seguido de Luiz Adriano, com 13 – que fez 11 gols e serviu duas vezes, sendo uma, inclusive, hoje).

Segundo maior artilheiro do Verdão na era dos pontos corridos do Brasileirão com 23 gols (atrás apenas de Dudu, com 41), o atacante é o terceiro maior artilheiro do clube no Século XXI com 49 bolas na rede (atrás somente de Vágner Love, com 54, e Dudu, com 70) e aparece na 59ª posição da lista dos maiores artilheiros da história do Palmeiras em todos os tempos, logo atrás de Djalminha (meia dos anos 90) e Oswaldinho (atacante dos anos 40), empatados na 58ª posição com 51 tentos.

Jogador do atual elenco com mais partidas (182, seguido por Bruno Henrique, com 172), gols (49, seguido por Bruno Henrique, com 28, e Gustavo Scarpa, com 20) e assistências (20, à frente de Marcos Rocha e Lucas Lima, com 18), Willian já entrou também para o top 100 de atletas com mais jogos na história do clube (nesta tarde saltou de 99º para 97º do ranking, e agora igualou a dupla Turcão e Nélson (que jogaram nos anos 40 e 70, respectivamente), com 182 jogos. O atacante também figura no top 10 de atletas com mais vitórias no Século XXI, com 97 triunfos – completam o ranking: Felipe Melo (9º, com 98 triunfos), Bruno Henrique (8º, com 99), Corrêa e Wendel (empatados em 6º, com 101), Márcio Araújo (5º, com 118), Valdivia (4º, com 122), Fernando Prass (3º, com 151), Dudu (2º colocado, com 174) e Marcos (líder com 182 vitórias).

No Allianz Parque, Willian é o terceiro jogador que mais fez gols na história (17, só atrás de Dudu, com 33, e Borja, com 19), o quinto em assistências (nove, ao lado de Lucas Lima e um a menos que Marcos Rocha, Robinho e Róger Guedes, com 10 – todos atrás de Dudu, com 35) e o quinto em jogos (70 jogos, à frente de Felipe Melo, com 68). Completam este ranking: o volante Thiago Santos, com 71, o zagueiro Vitor Hugo, com 73, o goleiro Fernando Prass, com 86, e o atacante Dudu, com 127 duelos.

A dupla de zaga do Palmeiras, apesar do único gol sofrido no duelo, segue mantendo os bons índices da defesa do time palmeirense (equipe que menos sofre gols na temporada dentre os participantes da Série A, por qualquer competição, tendo sido vazado 19 vezes). Ligados no jogo frente o Flamengo e primordiais em alguns lances-chave, os defensores, juntos, já atuaram por 17 vezes e sofreram somente oito gols (média de 0,47 gol sofrido por partida), com apenas uma derrota, além de nove vitórias e seis empates. Vale lembrar que Felipe Melo é volante de origem e, deste o início de 2020, foi recuado para zagueiro, posição onde atua como titular.

O Pitbull, inclusive, capitaneou o Verdão em 19 das 20 partidas das quais disputou na temporada (menos a anterior a esta de hoje, contra o Guaraní-PAR, quando a braçadeira ficou com Gustavo Gómez). Nas vezes em que o camisa 30 não esteve em campo, os capitães foram Weverton (seis vezes), Luiz Adriano, Bruno Henrique e Willian (duas vezes cada) e Gustavo Gómez (diante do Bolívar-BOL).

Por fim, não se pode deixar de citar Weverton, responsável por defesas extremamente valiosas na partida desta tarde diante do Flamengo – o camisa 1, recentemente convocado para defender a Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, assim como Gabriel Menino, foi absoluto e fechou o gol. Não à toa, o acreano ostenta a segunda menor média de gols sofridos na história do Palmeiras. Vazado apenas 75 vezes em 121 jogos, o atual camisa 1 tem índice de 0,61 gol por partida, atrás só do paraguaio Benítez, com 0,54 (13 gols sofridos em 24 jogos em 1978) – em seguida, vem o paraguaio Gato Fernández, com 0,62 (22 gols em 35 jogos em 1994). São considerados somente goleiros com ao menos dez jogos disputados pelo clube.

Ao todo, Weverton não sofreu gols em 62 partidas que jogou pelo Verdão, número que o coloca na terceira colocação do ranking de goleiros com mais jogos sem ser vazado no Século XXI, atrás apenas de Marcos (107 jogos) e Fernando Prass (101). Em uma única temporada, é o recordista do século, com 26 jogos sem sofrer gols em 2019.

Vale lembrar ainda que o guarda-redes fechou o ano de estreia, em 2018, com 21 jogos sem sofrer gols. Em 2019, foram 26. E neste ano, já são 15 partidas intransponível em 33 disputadas. Se sair de campo mais cinco vezes sem ser vazado em 2020, ele alcançará uma marca que não é atingida há 23 anos – o último goleiro a ficar três temporadas consecutivas sem sofrer gols em 20 ou mais jogos foi Velloso, em 1995 (28), 1996 (24) e 1997 (27).

Atleta com mais minutos em campo em 2020 (2939), Weverton atuou em 32 dos 33 jogos do Palmeiras neste ano e, neste quesito, só está atrás de Willian, que esteve presente em todos.

O JOGO

Em relação à partida anterior do Verdão, diante do Guaraní-PAR, pela Libertadores, na última quarta-feira, dia 23 (empate sem gols em Assunção-PAR), o time titular do Verdão praticamente foi repetido, com exceção do volante Danilo, que deu vez ao jogador Patrick de Paula, que retornou após quatro jogos fora – Patrick estava sendo preservado pela comissão técnica.

Desta forma, Vanderlei Luxemburgo mandou a campo neste domingo: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matías Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino , Zé Rafael e Lucas Lima; Gabriel Veron e Luiz Adriano.

Mesmo disputando um primeiro tempo abaixo da média, o Palmeiras apresentou superioridade nos primeiros 15 minutos de jogo e, no decorrer da partida, chegou a dar trabalho para a defesa rubro-negra, nas finalizações de Gabriel Veron (23 min) e Zé Rafael (47 min). Foram as melhores chances palmeirenses.

O Flamengo, com um time extremamente jovem, muito composto por garotos da base – já que a maior parte dos profissionais não pôde jogar por conta de testes positivos para a Covid-19 –, também chegou ao ataque com perigo, em três ocasiões: com Pedro (aos 24 minutos) e com De Arrascaeta (aos 38). Destaque na etapa inicial para o goleiro Weverton, que, acionado, fechou o gol e garantiu com que o Verdão fosse para o vestiário sem desvantagem no marcador.

Após o intervalo, Luxemburgo mudou o Alviverde pela primeira vez: colocou Raphael Veiga no lugar de Gabriel Menino (que tinha um cartão amarelo), tirando um volante de contenção e colocando um meia de criação, e Willian na vaga de Gabriel Veron, no ataque, renovando o fôlego do setor.

O segundo tempo começou mais eletrizante do que os 45 minutos iniciais. Logo aos 9 minutos, o Maior Campeão do Brasil inaugurou o marcador com Patrick de Paula, em chute de longa distância após jogada construída por Raphael Veiga, que buscou Luiz Adriano – o atacante, por sua vez, ajeitou a bola para o jovem volante, que, de pé esquerdo, de longe, mandou um petardo e ainda viu a redonda desviar em Thiago Maia antes de entrar no cantinho do gol de Hugo Souza. (Palmeiras 1×0 Flamengo)

A resposta foi imediata. O Flamengo reagiu logo no em seguida, partindo para cima do Palmeiras como se não houvesse amanhã e, num golpe de sorte – mas também associado à competência do rival –, conseguiu encontrar espaço vago na área palmeirense e o time adversário, em jogada tabelada, buscou o empate com o atacante Pedro, na assistência do meia De Arrascaeta aos 11 minutos. (Palmeiras 1×1 Flamengo)

O Palmeiras não se deixou abater com o tento sofrido e quase chegou a ampliar novamente a vantagem pouco tempo depois, com Luiz Adriano 13, em uma tentativa de cabeça. Para buscar o resultado positivo em sua arena, o técnico Luxemburgo, aos 15 minutos, fez a terceira alteração tirando o meia Lucas Lima – com isso, Raphael Veiga passou a atuar nas armações da jogada –, e entrou em seu lugar o atacante Rony.

De Arrascaeta, aos 23, chegou com perigo novamente no ataque flamenguista, chutando com muita força, raspando a trave direita do goleiro Weverton, após tabela trabalhada com o companheiro Pedro.

Em seguida, o Verdão respondeu com Luiz Adriano, que em uma jogada rápida chegou a resvalar na bola, que foi passando lentamente em direção ao gol rubro-negro, mas não entrou – então o time visitante recuperou e afastou a pelota. A essa altura, o jogo estava lá e cá.

O Flamengo ainda teve outra chance aos 27, no chute de Lincoln bem defendido por Weverton. Na sequência, na cobrança de escanteio, a redonda sobrou para o rival no meio da área, que finalizou com Otávio após dominar e chutou para fora. Na sequência, o volante Bruno Henrique, que havia entrado no lugar do meia Zé Rafael, aos 25, mandou uma bomba contra o arco do time carioca, mas faltou pontaria e a bola passou longe.

Dali até a reta final da partida, o Palmeiras retomou o domínio tático da partida e chegou a exercer pressão sobre o Flamengo – em dado momento, aos 33, bombardeou a área adversária, e por pouco não conseguiu vazar o adversário na sequência das várias tentativas que teve.

Aos 38, novamente o Verdão chegou ao ataque com triangulação, começando com Bruno Henrique, pela direita, que tocou para Marcou Rocha; o camisa 2 cruzou para o outro lado do campo e Luiz Adriano subiu para cabecear – o camisa 10 do Alviverde, entretanto, não recebeu a bola em cheio e, por isso, não concluiu a jogada com grande êxito. Mas o Alviverde seguia atacando.

E assim foi até os minutos finais, com o Palmeiras na pressão, lutando e brigando pelo gol da vitória até os minutos finais. Entretanto, não veio o resultado positivo ao apito final do árbitro Jean Pierre Goncalves Lima (RS), aos 49 do segundo tempo. Placar final: 1 a 1.

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez, Matías Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Raphael Veiga, intervalo), Zé Rafael (Bruno Henrique, aos 25’/2º T), Lucas Lima (Rony, aos 15’/2º T); Gabriel Veron (Willian, intervalo) e Luiz Adriano. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Gol (SEP): Patrick de Paula, aos 9’/2º T (1-0).

Cartões amarelos: Gabriel Menino, Felipe Melo, Lucas Lima e Zé Rafael.