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A vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP na noite desta quinta-feira (19), no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto (SP), pela 2ª rodada do Campeonato Paulista, marcou não só o primeiro triunfo do Verdão na temporada 2023 como também dois acontecimentos individuais especialmente: herói da Libertadores de 2020, Breno Lopes completou sua exata centésima partida pelo Verdão, enquanto Raphael Veiga ficou marcado por ter sido o autor do primeiro gol do time na temporada e subiu no ranking dentre os artilheiros da história do clube.

A centésima partida de Breno Lopes pelo Verdão estava para acontecer desde o ano passado. Poderia ter sido contra o Internacional, na última rodada do Brasileirão, fora de casa, mas o jogador, na ocasião com 99 partidas pelo clube, não saiu do banco de reservas – ainda bem, pois aquele jogo foi um revés (mesmo que o time estivesse em ritmo de festa pelo título recém-conquistado do Brasileirão). Mas é claro que para Breno foi ainda mais especial celebrar essa marca com uma vitória. Coincidentemente, resultado que não aconteceu no jogo anterior (primeiro do time na temporada), pelo qual nem mesmo Breno entrou em campo; essa emblemática marca era mesmo para ser com o triunfo desta noite.

O jogador ganhou grande afeto da torcida após passar, de um ilustre desconhecido no elenco de 2020, a ser o herói do título da Libertadores daquela temporada, contra o Santos, no Maracanã, ao marcar o gol da vitória (1 a 0) nos acréscimos do segundo tempo (contratado no segundo semestre daquele ano, foi o autor do gol do título da Libertadores de 2020 com apenas 17 partidas disputadas pelo clube)Na final, entrou aos 39 min do segundo tempo e fez o gol pouco antes dos 54 min.

Aliás, aquele gol histórico marcado por Breno Lopes no fim foi uma espécie de presságio, pois o jogador passou a ter fama de amuleto por, muitas vezes, balançar as redes nos minutos finais. Sete dos 16 gols marcados por Breno Lopes com a camisa do Palmeiras foram anotados nos minutos finais das partidas, sendo dois depois dos 40 minutos do segundo tempo e cinco após os 45.

Ao todo, em seus 100 duelos pelo Verdão, o jogador de 26 anos venceu 63, empatou 23 e foi superado 14 vezes. E do total desses agora três dígitos de partidas, atuou 27 dessas vezes como titular. Ao todo, balançou as redes adversárias em 16 ocasiões e ainda serviu seus companheiros com três assistências para gols.

Já o meia Raphael Veiga saltou para a 35ª posição na lista de maiores artilheiros da história do Palmeiras – foi a 65 bolas na rede ao todo pelo clube e, agora, está ao lado dos ídolos Nardo, Luizão e Oséas, com essa mesma quantidade de tentos pelo Palmeiras.

Vale lembrar que o camisa 23 voltou de lesão no jogo passado (estreia do time na temporada) e já como titular. Isso após um período de quatro meses fora, quando sofreu uma entorse no tornozelo direito e desde setembro de 2022 precisou operar – justamente quando vinha sendo um dos protagonistas do time àquela altura da temporada.

E após voltar de lesão, contra o São Bento, no jogo de estreia do Paulistão 2023, no último sábado (14), já como titular, agora, em seu segundo jogo pós-recuperação, ele chegou ao gol que o fez saltar da 38ª para a 35ª posição na lista de maiores artilheiros da história do Palmeiras – foi a 65 bolas na rede ao todo pelo clube e passou a figurar ao lado dos ídolos Nardo, Luizão e Oséas, com essa mesma quantidade de tentos pelo Palmeiras.

No total, esses 65 gols de Veiga pelo Palmeiras, considerando só o século atual, já fazem dele o terceiro palmeirense com mais bolas na rede, atrás só de Willian Bigode (66) e Dudu (85). Dentre os meio-campistas da história do Palmeiras, os 65 gols de Veiga (em agora 212 partidas pelo clube) já o colocam em oitavo do ranking dentre os jogadores da posição com mais gols; além disso, no ano passado, o jogador entrou para o Top 10 dos maiores artilheiros do Palmeiras na história do Brasileirão: chegou a 27 gols pela competição somando todas as suas participações pelo clube e, com isso, atualmente, divide a décima colocação com Edu Bala e Oséas, logo atrás de Evair, com 28.

E não é só isso. Este gol de Veiga contra o Botafogo foi um golaço: o belo chute de longa distância acertou o ângulo da equipe adversária, aos 24 do primeiro tempo.  Foi um chute de 31 metros de distância – o gol mais longo de Veiga pelo Verdão de acordo com dados da Opta Stats Perform, empresa especializada em scout futebolístico, superando um de 30 metros que ele havia feito contra o Independiente Petrolero-BOL pela Libertadores 2022, fora de casa.

No geral, nos últimos três anos, este gol de Veiga de hoje (31 metros) entra no Top 5 dos mais distantes, atrás só de um do Patrick de Paula, contra o Flamengo, em casa, em 2020 (4° da lista, com 31.2 metros); de um de Gustavo Scarpa, contra a Juazeirense-BA, pela Copa do Brasil 2022, em casa (3°, com 31.9 metros); de um de Gabriel Menino, contra o Juventude-RS, fora de casa, pelo Brasileiro de 2022 (2°, com 33.3 metros); e de outro de Scarpa: contra o Deportivo Táchira-VEN, em casa, pela Libertadores de 2022 (gol recordista em distância do Verdão no último triênio: 33.4 metros).

Chutar com precisão de fora da área é uma característica de Veiga. Inclusive, seu gol mais recente antes da lesão que o afastou por quatro meses até voltar no jogo anterior havia sido um chute de longa distância, também de fora da área (porém não tão distante quanto o de hoje), contra o Flamengo, no empate por 1 a 1 no Allianz Parque, em 21 de agosto.

Raphael Veiga, que também tem fama de ser um jogador quase que infalível em disputa de penais pelo Verdão (inclusive é recordista de gols pelo clube nessa modalidade no Século atual e Top 3 desde 1990), tendo desperdiçado apenas 3 de 29 cobranças que fez (independentemente se no tempo normal ou decisão por penais – um aproveitamento considerado excepcional), apesar disso, mostra que é decisivo também com a bola rolando: este foi o 9º jogo vencido pelo Verdão por 1 a 0 com gol especificamente de Veiga, sendo que, destes resultados, seis foram com gols de pênalti e, agora, três com bola rolando – o que reforça seu poder decisivo independentemente dos penais.