De torcedor a titular: as fases do zagueiro Nathan dentro do Palmeiras

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação

Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação _ Palmeirense nato, Nathan soma 12 jogos pelo time profissional do VerdãoHá 15 anos, o Palmeiras se sagrou campeão da Copa Libertadores e, na arquibancada do antigo Palestra Italia, entre os mais de 30 mil torcedores alviverdes, o jovem Nathan. Mais uma entre as centenas de crianças presentes no estádio. A paixão pelo verde e branco o levou, em 2007, às categorias de base do clube e, após mais sete anos, ao time profissional do Verdão.

O caminho seria natural para qualquer aspirante e talentoso jogador de futebol. Para Nathan, porém, as coisas aceleraram bastante no segundo semestre de 2014. Ele começou o ano apenas como opção da equipe sub-20, ainda como volante, e encerrou a temporada sendo titular absoluto do time comandado pelo técnico Dorival Júnior.

A sorte do defensor, agora efetivamente zagueiro, começou a mudar no meio do mês de agosto, um dia depois de ter uma conversa despretensiosa com um segurança do clube. “A gente foi fazer um treino no Palestra Italia, que ainda estava em reforma, na academia do clube. E voltando, passando pela frente do estádio, estava conversando com o Alê, segurança, e disse que o meu sonho era jogar ali, com a torcida apoiando. Ele me disse para ter calma, que uma hora daria certo. No dia seguinte, o (Erasmo) Damiani, coordenador da base, me ligou e disse que era para eu me apresentar ao profissional, na Academia. Que seria apenas um treino, mas era para eu dar o meu melhor e ir na fé, que as coisas poderiam dar certo”, lembrou.

Depois disso, Nathan se destacou, chamou a atenção do então comandante Ricardo Gareca e, em uma semana, estava sendo convocado pela primeira vez para uma partida do profissional. Viu do banco de reservas a derrota para o Internacional, ficou de fora do jogo seguinte, ante o Atlético-PR, e novamente foi suplente ante o Criciúma. Contra o Fluminense, já sob a tutela de Dorival Júnior, com menos de um mês de profissional, foi titular da equipe. Na outra semana, chamado para a Seleção Brasileira Sub-20.

“Foi tudo muito rápido. Realizei sonhos de uma vida inteira em uma semana. Cheguei ao time profissional, fui titular, convocado para a Seleção Brasileira. Individualmente, especialmente no segundo semestre, meu ano foi muito bom”, disse o zagueiro.

Ao todo, Nathan disputou apenas 12 jogos, mas, entre eles, foi titular das primeiras partidas do clube no Allianz Parque, contra Sport e Atlético-PR, chegou a ser ovacionado pela torcida ao ser substituído lesionado e fez valer as palavras de Carlos Alexandre da Silva Pereira, o segurança “vidente”: uma hora as coisas dariam certo.