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A campanha 100% das Palestrinas na conquista do título da CONMEBOL Libertadores Feminina de 2022 contou com a melhor defesa do campeonato: foram apenas três gols sofridos pelo Palmeiras em seis partidas, assim como pelo América de Cali-COL, que também disputou seis jogos, e o Santiago Morning-CHI, que participou apenas de quatro.

A goleira Amanda chegou ao Verdão no começo desta temporada e assumiu a titularidade do time em setembro, pouco antes de embarcarem para disputar a competição continental em Quito, no Equador. Titular no primeiro jogo e com a baliza a zero, a camisa 1 teve que deixar o campo durante a partida contra o Ind. Dragonas-ECU, válida pela segunda rodada, após sofrer uma entorse no joelho esquerdo. Foi o momento da arqueira Jully entrar em campo e assumir, com maestria, o posto até o final do torneio – a atleta sofreu apenas três gols e chegou à marca de 88 duelos com a camisa alviverde.

“Na posição de goleira só joga uma, mas somos muito unidas e buscamos o sucesso da equipe. A Amanda é uma ótima goleira e estava fazendo uma Libertadores muito segura. Continuei trabalhando dentro e fora de campo para, caso precisasse, entrar e ajudar a equipe da melhor forma. Acabou acontecendo a lesão dela e precisei entrar. Estou muito feliz por ter feito boas partidas e ter ajudado o Palmeiras a conseguir o título”, comentou Jully, que integra o time desde o início do projeto, em 2019.

Amanda, Awanny e Jully são as goleiras do elenco palmeirense (Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL)

Já a dupla de zaga titular, formada recentemente pela também lateral-direita Poliana e pela meia de origem Julia Bianchi, teve o desafio de buscar entrosamento durante o torneio, depois de as titulares da posição, Agustina e Thais, romperem o contrato com o clube em setembro. Empenhadas em evitar os ataques adversários, foram efetivas em suas funções.

Nas laterais, Bruna Calderan e Katrine não só desempenharam os seus papéis na defesa como também participaram do melhor ataque do torneio. Além dos passes para gol, as laterais balançaram as redes: Bruna marcou dois tentos e deu quatro assistências, enquanto Katrine marcou uma vez e deu uma assistência.

“O gol foi muito importante, pois estávamos perdendo no final do jogo. Aconteceu de Deus me abençoar com o gol. Fiquei muito feliz e realizada”, comentou Katrine sobre o tento feito na virada de 2 a 1 contra o Santiago Morning-CHI, que garantiu uma vaga na semifinal.

Julia Bianchi e Katrine foram essenciais na linha de defesa alviverde (Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL)

Versátil, Katrine participou ativamente na construção da linha de defesa e atuou como zagueira em alguns momentos. A lateral-esquerda foi a palestrina que mais interceptou jogadas e mais recuperou a posse de bola no campo de jogo – foram 33 interceptações e 42 roubadas de bola.

“Joguei praticamente de zagueira e, apesar de ser menor em relação às minhas companheiras, consegui exercer a função. Conseguimos nos adaptar bem e o resultado positivo fala por si só. Sofremos poucos gols e nos esforçamos muito para que isso não acontecesse. A comunicação foi muito importante para conseguirmos exercer bem a nossa função e agora somos campeãs”, falou a jogadora de 24 anos, que tem 1,57m de altura.

Outro destaque individual foi a meia Camilinha, jogadora com mais duelos ganhos na vitória por 1 a 0 diante do América de Cali-COL, que classificou o time para a final. Titular em todos os confrontos, a camisa 9 conta com 30 desarmes e 51 disputas ganhas na competição, as maiores marcas no elenco alviverde.

Camilinha se destacou na partida contra o Santiago Morning-CHI (Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL)

As Palestrinas retornam aos gramados na próxima quinta-feira (3) para enfrentar o Taubaté, às 19h30, no Estádio Joaquim de Morais Filho, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Paulista.