Ademar Carlini retorna ao arco recurvo e mira conquistas paralímpicas
Departamento de Comunicação
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O arqueiro paralímpico Ademar Carlini voltou a atirar com o arco recurvo em 2018, com o qual conquistou os mais importantes títulos do Brasil. O atleta do Palmeiras/Raycon deixa, então, de competir com o arco composto e fará sua reestreia na modalidade no próximo sábado (11), em Jundiaí (SP), na primeira fase do Campeonato Brasileiro Indoor.
Residente em Praia Grande (SP), Ademar começou a competir em 2007 e representa o Verdão desde 2011. E nem demorou muito para ele se tornar um dos maiores arqueiros paralímpicos do arco recurvo no país. A cada ano, faturou as principais medalhas de Campeonatos Brasileiros e Paulistas, além de presenças na Seleção Brasileira.
No entanto, certas vezes o grande tamanho das lâminas de seu equipamento fazia bater as cordas do arco em sua cadeira de rodas, atrapalhando o rendimento. Então, em 2014 ele conversou com alguns colegas – como o palmeirense Julio Cesar de Oliveira, também paralímpico – e decidiu migrar para o composto, que é menor e tem regras e características técnicas diferentes.
Os resultados não demoraram a aparecer, e passou a ser comum ver Julio e Ademar fazendo dobradinha no topo das classificações de torneios estaduais e até mesmo do Brasileiro Indoor de 2016. Já no Brasileiro Outdoor do mesmo ano, o palestrino chegou muito perto de um bronze. Por outro lado, algumas situações de lesão e cirurgia o atrapalharam nas últimas temporadas, ao ponto de ele praticamente não competir em 2017.
Em seu retorno, no fim do ano passado, Ademar sentiu dificuldades com o peso e o manuseio do arco composto, somados aos reflexos das lesões. Agora, decidiu regressar ao recurvo, que, além de ser mais leve – aproximadamente 1,4 kg –, é sua preferência. Inclusive, o palmeirense já mudou os materiais de seu arco para não ter mais problemas de eles tocarem a cadeira de rodas.
“A ideia já era trocar neste ano. Eu não estava me sentindo à vontade no composto, não estava com tanto tesão de atirar. O tiro de recurvo é mais gostoso. Tem mais atiradores, e a disputa é bem acirrada, mas também é mais sadia, tem brincadeiras, sacanagem e torcida entre os atletas. No composto não tem tanto isso. As provas também são acirradas, mas não há tanta diversão por competir”, afirmou Ademar.
O palmeirense pretende aumentar os treinamentos nestes próximos meses e acredita que poderá buscar conquistas no Campeonato Brasileiro Paralímpico, cuja realização será entre 3 e 6 de maio, em Brasília (DF). O torneio ainda servirá de seletiva da Seleção Brasileira para o Para Pan-Americano de Tiro com Arco, que acontecerá em agosto, na Colômbia.
“Esse Campeonato Brasileiro já será para eu brigar lá em cima. E toda essa preparação intensa também é uma forma de demonstrar agradecimento ao apoio do Palmeiras e da Raycon no período de minha recuperação. Meta e foco são as palavras para este ano”, disse o atleta, que visa fazer a temporada regular dos Paulistas Indoor e Outdoor.
