Arqueira do Verdão bate recorde brasileiro e fica em oitavo no Mundial

Agência Palmeiras
Heron Ledon

O tiro com arco do Brasil tem uma nova recordista. Sarah Nikitin, arqueira do Palmeiras, representou a seleção nacional no Campeonato Mundial – disputado em Belek-Antalya, na Turquia, de 29 de setembro até o último domingo (6) – e superou a marca feminina e masculina do arco recurvo com 1336 pontos. A atleta ainda ficou na oitava colocação do torneio. O atirador palestrino Rogerio de Lima, conhecido como Zero, também competiu pelo país.

Em sua primeira participação em um Mundial, Sarah surpreendeu a todos e, na primeira etapa da competição, o ranqueamento, conseguiu um feito histórico: 1336 tentos, a maior pontuação da pátria já registrada com o arco recurvo. “Foi melhor do que eu esperava e ainda mais especial por ter sido num Campeonato Mundial”, diz a atleta da seleção, que, em 2011, foi a primeira brasileira a ultrapassar os 1300 e era a então recordista feminina, com 1305.

Após classificar-se na 20ª posição, de 115 competidoras no total, a arqueira iniciou os mata-matas e, por dois placares de 6 a 4, passou pela argentina Maria Gabriela Goni e pela atual vice-campeã mundial Kristine Esebua, da Geórgia. Em seguida, ela superou a britânica Naomi Folkard (13ª colocada) por 6 a 2 e, nas oitavas de final, Alejandra Valencia, do México, por 6 a 5.

A palmeirense, próxima de tentar um pódio, afirma que estava focada em cada rival que tinha pela frente. “Eu me concentrei em cada uma das eliminatórias. No segundo dia de combates, fiquei mais perto de disputar uma medalha e precisava chegar às semifinais. Mas não pensei muito nisso e me foquei em cada duelo mesmo”. Nas quartas, Sarah foi superada por 6 a 0 pela quinta classificada e sul-coreana Ok Hee Yun – uma das principais atletas da modalidade – e terminou na oitava posição da disputa.

A seleção brasileira também contou com o alviverde Zero, que atirou com o arco composto. No entanto, ainda no round de classificação, uma casualidade aconteceu ao arqueiro: seu gatilho, que serve para travar o arco para o disparo, quebrou. “Foi complicado. Eu até fiz a troca do gatilho na hora, mas, como eu não estava acostumado com o novo, não consegui me adaptar”, relata Rogerio.

Mesmo com as dificuldades, o palestrino fez uma disputa equilibrada nas eliminatórias com o norueguês Morten Boe, 17º colocado, porém acabou perdendo por quatro pontos – 148 a 144. Em sua segunda participação no torneio, já que esteve presente no de 2011, na Itália, Zero destaca o ambiente internacional durante a competição. “O Mundial é muito legal porque você enfrenta os principais arqueiros, vê tendências no esporte e novos arcos e equipamentos”.

Agora, o atleta se prepara junto com a equipe do Verdão para um torneio no Chile, no final de outubro, que definirá o ranqueamento mundial, e para o Campeonato Brasileiro no mês seguinte. Já sua companheira Sarah Nikitin só deve voltar a competir em março de 2014, nos Jogos Sulamericanos, mas sem cessar os treinamentos.

Arqueiro alviverde tenta o bi do Brasileiro Paralímpico

O atirador do Palmeiras, Julio Cesar de Oliveira, disputa a partir desta quarta-feira (9), até domingo (13), o Campeonato Brasileiro Paralímpico, em Minas Gerais (BH). Na edição de 2012, o atleta foi o grande campeão e mira mais um primeiro lugar, pensando na convocação para a seleção ao Campeonato Mundial da categoria, em novembro, na Tailândia. Defendendo o Brasil, ele ganhou uma medalha de ouro nos Jogos Mundiais, na Holanda, no último mês.