Há um ano, Sarah Nikitin estreava nos Jogos Olímpicos e marcava história

Departamento de Comunicação

Exatamente no dia 05 de agosto de 2016, a arqueira palmeirense Sarah Nikitin disparava suas primeiras flechas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e mais uma vez carimbava seu nome na história do tiro com arco do Palmeiras e do Brasil. Após anos de intensa preparação, a atleta do Verdão realizava seu sonho e se firmava como uma das principais arqueiras brasileiras e mundiais. 

Sarah vivenciava seu terceiro ciclo olímpico, já que participara anteriormente de competições importantes pelo time nacional, como os Pans do Rio 2007 e Guadalajara 2011, no México. Inclusive, foi em 2011 que a atleta chegou ao Alviverde e também passou a fazer parte do grupo fixo da Seleção. Aquele ano foi realmente especial para ela: numa seletiva ao Pan, Sarah tornou-se a primeira mulher do Brasil a romper a barreira dos 1.300 pontos com o arco recurvo, anotando 1.305, algo buscado pelos principais competidores de ponta. Antes, eram comuns os torneios em formato de 144 disparos na fase de classificação.
 
Sarah foi evoluindo ainda mais, sobretudo concentrada com a Seleção no então centro de treinamento em Campinas (SP) e posteriormente no Rio de Janeiro (RJ). Foram diversas conquistas e participações nos principais certames do mundo, sem contar os títulos dentro e fora do país pelo Verdão. Em 2013, a palestrina competia no Campeonato Mundial de Tiro com Arco, na Turquia, quando quebrou sua marca e estabeleceu o novo recorde brasileiro feminino de recurvo: 1.336 tentos, que perdura até hoje.
 
Já em 2014, fez valer o espírito de glórias do Centenário do Palmeiras e novamente brilhou pela Seleção. Ao lado de seu companheiro Marcus D’Almeida, conquistou a medalha de prata das duplas mistas na segunda etapa da Copa do Mundo de Tiro com Arco, na Colômbia – foi a primeira medalha do Brasil com o arco recurvo na história da competição. Um ano mais tarde, Sarah também firmou o atual recorde brasileiro do formato de 72 tiros, com 654 pontos. Ainda honrou o manto brasileiro e representou o Alviverde em Jogos Sul-Americanos, no Pan de Toronto 2015, no Canadá, nos Jogos Mundiais Militares, na Coreia do Sul, no Aquece Rio e em inúmeros outros torneios, sempre mirando a Olimpíada.
 
Até que o sonho se tornou realidade. A arqueira do Palmeiras/Raycon superou dificuldades nas seletivas decisivas, e a convocação ao Rio 2016 comprovou sua qualidade e trabalho bem feito. Em 05 de agosto de 2016, antes mesmo de o mundo acompanhar a Abertura dos Jogos Olímpicos, realizada à noite, no Maracanã, Sarah já havia disparado 72 flechas a 70 metros de distância do alvo, sob o incentivo de inúmeros torcedores das arquibancadas do Sambódromo do Rio de Janeiro. Pela primeira vez em quase 40 anos vitoriosos de existência, o tiro com arco do Verdão estava no maior evento esportivo do planeta.
 
A Seleção Brasileira também nunca estivera com equipe máxima na Olimpíada. Sarah teve a companhia de Marina Canetta e Ane Marcelle, além de Marcus D’Almeida, Bernardo Oliveira e Daniel Xavier entre os homens, todos sob o comando do técnico Evandro de Azevedo. Na fase classificatória, a palmeirense ficou no 50º lugar, com 609 pontos dos 720 possíveis, entre as 64 participantes. Nos combates individuais, que ocorreram no dia 09, ela acabou superada por 6 a 0 pela norte-coreana Kang Un Ju e terminou como a 33ª melhor arqueira dos Jogos Olímpicos. Sarah, Marina e Ane ainda disputaram por equipes, perdendo pelo mesmo placar para a Itália e fechando na nona colocação geral entre os 16 trios.
 
Hoje, Sarah compete apenas pelo Palmeiras/Raycon, já que a Seleção fixa deixou de existir, também continua como atleta da Força Aérea Brasileira e se lembra com carinho da Olimpíada. “Fico muito feliz por ter realizado o sonho de estar nos Jogos Olímpicos e ainda tenho a sensação de que foi mais especial porque foi aqui no Brasil. Este ano está sendo uma recuperação para mim, pois fiquei muito cansada de toda a pressão que existiu antes dos Jogos, de tantas viagens e competições. Mas não posso negar que fica a vontade de estar lá de novo”, disse a palmeirense.
 
Logo após o Rio 2016, Sarah terminou todo esse ciclo intenso com a medalha de bronze do Campeonato Brasileiro Outdoor daquele ano, realizado em Campinas (SP), e com a prata do Paulista Outdoor. Agora em 2017 a palestrina foi a segunda melhor brasileira de sua categoria no MICA, maior torneio indoor das Américas, ficando no 14º lugar geral. Também está entre as líderes do Paulista Outdoor e deve mais uma vez honrar o Verdão no Brasileiro, marcado para novembro, em Maricá (RJ).

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