Infraestrutura do Verdão é referência nacional em arco e flecha

Agência Palmeiras
Heron Ledon

O arco e flecha do Palmeiras disputa nesta semana mais um torneio internacional. Desta vez, o arqueiro Magdiel Santos e o técnico Alexandre Cesar, que também atuará como árbitro, marcam presença no Arizona Cup, competição outdoor realizada em Phoenix. A dupla palmeirense é a única representante brasileira nos Estados Unidos, e parte disso se deve à infraestrutura que o clube oferece aos atletas e aprendizes da modalidade – o que reflete no destaque que o Verdão ganha a cada competição no âmbito nacional.

Contando com um campo de treinamento outdoor, onde os atletas podem treinar nas distâncias oficiais (90, 70, 50 e 30 metros), e com um stand indoor, próximos um do outro na Academia de Futebol, o diretor do arco e flecha do Palmeiras, Miguel Antonio, há nove anos no cargo, classifica a infraestrutura como a melhor do país. “O clube é o único do Brasil que atende às necessidades da prática indoor e outdoor aos iniciantes e atletas”, afirma.

Outro fator importante aos arqueiros é que a infraestrutura fica disponível 24 horas por dia, o que é uma opção a mais de treinamento para eles. “A flexibilidade de horários é algo muito bom aqui dentro. O campo outdoor tem iluminação e há segurança também, então, algumas vezes, eu saio do meu trabalho, venho aqui atirar e fico até de madrugada. Além de tudo, o treino vira uma terapia, é uma tranquilidade”, conta Fernando de Souza, que defende o Verdão desde 2011.

No Palmeiras, por ser um clube que não vive financeiramente do arco e flecha – assim como o Círculo Militar de São Paulo, seu maior rival –, há uma cobrança maior aos atletas por bons resultados para que o investimento na modalidade continue e aumente. De acordo com os arqueiros alviverdes, isso já não acontece em lugares conhecidos como arquerias, onde o lucro é o principal objetivo, e nem tanto o desempenho nos campeonatos.

Além do mais, a tradição e o peso que o Verdão tem no futebol acabam refletindo no arco e flecha, segundo o atirador Rogério de Lima, mais conhecido como Zero. “Você tem que estar preparado para levar o nome do clube para qualquer lugar. Em campeonatos, as pessoas veem o símbolo do Palmeiras e pedem para tirar fotos com a gente. Isso já aconteceu no Chile, nos Estados Unidos, na Itália”, relata Zero, que ainda diz ter melhorado sua pontuação após chegar ao Palestra, em 2008 – conquistando, inclusive, convocações para a seleção brasileira.

O treinador Alexandre, que exerce a função desde 2007 no alviverde e até o ano passado também atirava, reforça o discurso do companheiro e avalia que os atletas encaram a questão do peso da camisa com muito empenho. “Você deixa de fazer o esporte por fazer, tem o escudo por trás. O arqueiro tem que treinar para ir à prova e ganhar. Por mais cobrança que nós temos por estarmos no Palmeiras, é justamente a infraestrutura que nos ajuda, e o resultado vem mais fácil, é consequência”.

Na busca por melhorar a cada ano a qualidade do arco e flecha do Verdão, o planejamento é que, com as obras da sede social do clube concluídas, as aulas para os iniciantes aconteçam somente lá, no stand indoor, e os treinos dos atletas continuem na Academia de Futebol. O intuito, então, é que os alunos sejam mais bem preparados para entrarem em uma linha de tiro e terem um bom desempenho como arqueiros. E, assim, continuar com a tradição do alviverde em servir a equipe nacional – hoje, são sete atiradores com o nível técnico de seleção, sendo dois deles paraolímpicos.