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Obrigado, Willian! O sentimento da Família Palmeiras nesta segunda-feira (20) é só de gratidão por seus serviços prestados, dentro e fora de campo. Você fecha seu ciclo no Maior Campeão do Brasil com títulos importantes, números expressivos e, claro, um legado de respeito ao clube e profissionalismo em excelência. Por isso, nada mais justo ser homenageado na Academia de Futebol com uma camisa, uma placa entregue pela presidente Leila Pereira e mais um momento com todos os troféus que você levantou aqui.

“Eu sei a importância de conquistas para um atleta, sei que os troféus têm um valor muito especial para toda a instituição e para o nosso torcedor, mas hoje eu tenho o entendimento que, para mim, o que mais vale é aquilo que vou deixar para as pessoas, aquilo que as pessoas vão falar de mim. Não fiquei aqui cinco meses, foram cinco anos. Fico muito feliz com aquilo que me dediquei, não somente como atleta, mas também como amigo, quando, por exemplo, tive oportunidade de dar um abraço e ter uma compaixão com o próximo. Às vezes a pessoa está tendo um dia ruim e eu pude ajudar com um abraço, com uma palavra de ânimo… Saio daqui muito feliz, muito grato por todo o carinho desde a minha chegada e de cabeça erguida. Aqui cresci como atleta, como homem, como pai de família. A vida é feita de ciclos e vi que era o momento ideal para ir para outro desafio. Saio pela porta da frente e no dia de amanhã, quando voltar para visitar, tenho certeza de que será de uma forma leve e isso eu valorizo muito. O Palmeiras estará sempre no meu coração”, afirmou Willian à TV Palmeiras.

A presidente Leila Pereira entregou uma placa para o atacante (Foto: Luiz Guilherme Martins/Palmeiras)

Ao todo, Bigode, desde 2017 no Palestra Italia, foi campeão brasileiro em 2018, campeão paulista em 2020, da Copa do Brasil de 2020 e bi da CONMEBOL Libertadores de 2020 e 2021. É, inclusive, o único atacante da história alviverde que conquistou Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores jogando as competições do início ao fim (Dudu, por exemplo, saiu antes do final do Paulista de 2020).

Em relação a partidas, foram 253 pelo Verdão – apenas atrás de Dudu, com 333, do elenco atual. Foram também 66 gols (novamente só perdendo para Dudu, com 74) e 26 assistências, atrás somente de Scarpa, com 39, e Dudu, com 81.

Willian marcou 66 gols em sua passagem pelo Alviverde (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O camisa 29 se despede ainda como o segundo artilheiro do clube no século, o sexto maior em Campeonatos Brasileiros, sendo o segundo na era dos pontos corridos, e com presença garantida entre os 50 maiores goleadores e os 50 que mais entraram em campo pelo Palmeiras em todos os tempos – é também o quinto que mais atuou e o quarto que mais venceu neste século. No quesito Libertadores, ele é o sexto com mais vitórias, o segundo com mais gols e o sétimo com mais confrontos pelo Alviverde. No Allianz Parque (inaugurado em 2014), ele sai como o vice-artilheiro do local, o segundo em número de duelos e o terceiro em assistências.

Ufa! E não para por aí. Em 2017, ano em que chegou, balançou as redes 17 vezes e terminou a temporada como o artilheiro do time. Na temporada seguinte, foi o vice-artilheiro (novamente com 17 bolas na rede), o atleta que mais jogou e entrou de vez na memória da Torcida Que Canta e Vibra ao dar o passe (custando-lhe uma lesão ligamentar no joelho) para Deyverson sacramentar o decacampeonato brasileiro em São Januário contra o Vasco. Sua entrega incondicional, tanto no lance fatídico quanto nos meses seguintes de tratamento, jamais será esquecida.

Willian conquistou a CONMEBOL Libertadores em 2020 e 2021 (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

“Cada troféu tem um sabor especial. O ano de 2018 começou de forma complicada, quando perdemos uma final para o nosso rival, mas conseguimos seguir com uma regularidade dentro do Brasileiro e terminamos o ano com o título. Estava no meu auge, pude bater recordes de jogos e, na última partida, recebi a notícia de que rompi o ligamento, após dar o passe decisivo para o Deyverson. Porém valeu a pena, vou ser bem sincero, valeu a pena! É um título com um gosto muito especial para mim”, relembrou.

No lendário ano de 2020, Willian foi o jogador de linha com mais partidas (69 das 79, atrás apenas do goleiro Weverton), o líder em participação em gols (18 tentos e sete assistências), o vice-artilheiro da equipe no geral e, novamente, autor da assistência que consumou o título da Copa do Brasil (desta vez para Gabriel Menino, contra o Grêmio, no Allianz Parque).

Tudo isso sempre à base de muito profissionalismo (um dos primeiros a chegar e um dos últimos a deixar a Academia de Futebol), respeito aos companheiros, comissão técnica, funcionários e torcida e (muita!) humanidade. Willian, o suor em campo te trouxe títulos e um lugar de destaque na história do clube, mas o que te eterniza como um ídolo completo e inesquecível para todos os palmeirenses é seu coração. Mais uma vez, obrigado!