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O Palmeiras se reapresentou na manhã desta terça-feira (21), na Academia de Futebol, horas após a vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo – foi a quinta virada sobre o rival no Morumbi em toda a história do clássico, a primeira desde 1994. Também foi o segundo triunfo em Choque-Rei na casa tricolor em um mesmo ano, o que não ocorria desde 1997.

A novidade do dia foi o lateral-direito Marcos Rocha, que treinou com o grupo alviverde em tempo integral pela primeira vez desde que sentiu uma mialgia na coxa direita. O camisa 2 foi substituído no primeiro tempo contra o Coritiba, no dia 12, e desfalcou o time contra Atlético-GO e São Paulo.

Sob comando dos auxiliares de Abel Ferreira, Rocha fez atividades técnicas em dimensões reduzidas com os atletas que atuaram menos de 45 minutos ou não jogaram no Morumbi. Os titulares realizaram recovery na parte interna do centro de excelência. O meio-campista Raphael Veiga deu sequência à transição física com o Núcleo de Saúde e Performance, inclusive no gramado. O atacante argentino José Manuel López fez aquecimento com os companheiros e na sequência colocou em prática um trabalho físico em separado.

Os jogadores Marcos Rocha (à esquerda) e Jhonatan durante treinamento na Academia de Futebol (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Autor das duas assistências contra o São Paulo – já são 11 na temporada e, ao todo, 50 com a camisa alviverde –, o canhoto Gustavo Scarpa comentou o passe dado com o pé direito para o gol do zagueiro Gustavo Gómez. “Eu treino bastante a minha perna direita em cruzamentos, viradas de jogo, finalizações e até em escanteios e faltas. Fico feliz porque, quando dá certo, é bom para toda a equipe e mostra o quanto a gente trabalha. E estou trabalhando para sempre aumentar o meu repertório porque às vezes o pessoal fecha muito no meu pé esquerdo”, afirmou o camisa 14 palestrino, que falou também sobre o jogo aéreo do Verdão.

“É bom demais ter caras bons na área, me dá confiança. A minha função é simplesmente colocar a bola em um lugar específico porque eu tenho certeza de que algum deles, seja Gómez, Murilo, Luan ou Rony, vai tocar na bola e é muito legal quando dá certo porque são jogadas que treinamos muito. A gente sabe que as equipes tentam marcar e se defender, mas a gente tenta se adaptar a isso com posicionamentos e tipos de batidas diferentes. Vem dando certo”.

Desde 2018 no Palmeiras, o meia multicampeão soma 204 partidas e 38 bolas na rede pelo clube, além das 50 assistências. E se notabilizou também como um agregador no elenco, sobretudo na ambientação dos reforços estrangeiros. “Quando eu subi para o Profissional do Fluminense, eu era tido como diferente porque era cristão, com bigodinho e magrelo, e os caras pegavam muito no meu pé. Só que eles acabaram me ajudando muito a me adaptar ao ambiente. Vejo as brincadeiras como uma forma de eles (os estrangeiros) se sentirem em casa e, claro, quando é gringo é mais fácil porque eles não entendem, tipo a expressão Zé Ruela (risos). Os gringos do Palmeiras, e todos os outros, são muito legais, o grupo é muito bom. Eu tento ter limites na brincadeira, o Piquerez ficava um pouco bravo no começo, mas agora ele mesmo se zoa bastante. Fico feliz de poder ajudar de alguma forma e tenho certeza de que eles vão retribuir muito isso pra gente dentro de campo”, explicou Scarpa, antes de valorizar o triunfo épico no Morumbi, mas receitando cautela para o embate de quinta-feira (23), contra o mesmo São Paulo e no mesmo local, só que pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

“Foi uma excelente vitória, a sensação após o apito final foi muito boa porque é um jogo muito difícil contra uma grande equipe, jogando fora de casa. Só que é isso, não temos muito para comemorar, a gente comemorou no campo, mas acabou e quinta é um novo campeonato, temos de entrar com mais cuidado, mais atenção do que essa última partida porque o São Paulo é um time perigoso e talentoso. Vamos cientes das dificuldades e vamos tentar, da mesma forma que foi esse jogo, impor nosso ritmo, dar o nosso melhor e buscar a classificação”, concluiu.