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Na noite deste sábado (03), o Palmeiras recebeu a equipe do Ceará, no Allianz Parque, em partida válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Verdão saiu na frente com gol de Raphael Veiga, aos nove minutos, e sofreu empate aos 17 do primeiro tempo, mas, no segundo tempo, Willian marcou e garantiu o triunfo para o Maior Campeão do Brasil por 2 a 1, aos 36 do segundo tempo.

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Com o resultado, o Maior Campeão do Brasil chegou ao seu 20º jogo invicto no retrospecto geral (dez vitórias e dez empates), que já é a sua maior série sem reveses dos últimos oito anos e também a mais extensa sequência sem sofrer derrota dentre os 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro – em seguida, aparece o Santos, com nove duelos de invencibilidade. A última vez em que o time ficou por pelo menos 20 partidas sem derrotas foi entre 13/11/2011 e 21/03/2012, quando atingiu 22 jogos de invencibilidade (14 vitórias e oito empates).

Na classificação geral do campeonato, o Palmeiras saltou da quarta para a terceira colocação, ultrapassando o São Paulo – atual quarto colocado, com 19 pontos –, que joga no domingo (04), contra o Coritiba, fora de casa, e, desta forma, o Palmeiras pelo menos dorme no terceiro posto do certame, com 22 pontos – mesma pontuação, inclusive, do vice-líder Internacional, que já jogou contra o rival Grêmio neste sábado e empatou por 1 a 1. O líder, Atlético-MG, soma 24 pontos e joga também neste domingo (04), às 20h30 (recebe o Vasco, no Mineirão). Das equipes que figuram no G4, têm uma rodada em atraso, além do Verdão, o Tricolor Paulista e o Galo.

Como consequência do duelo, o Verdão segue ostentando a marca de ser o único time invicto no Campeonato Brasileiro, com 12 jogos sem perder (cinco vitórias e sete empates). E não é só isso. Com este número, o Palmeiras de 2020 ocupa a terceira posição na lista dos times com as maiores séries invictas a partir da estreia em uma edição de pontos corridos (sendo essa já a maior da história do clube) – hoje se isolou neste posto, deixando para trás o Sport de 2015 e o Fluminense de 2012, que acumularam 11 jogos seguidos sem conhecer derrota. Encabeçam essa lista o Flamengo de 2011, vice-líder, com 15, e Corinthians de 2017, líder com 19.

A extensa invencibilidade se aplica também no cenário mandante. Neste ano, o Palmeiras ainda não conheceu uma derrota sequer em seus domínios, sendo o único clube brasileiro invicto como mandante em 2020 por qualquer competição. Somando as partidas realizadas na Arena da Fonte Luminosa (Palmeiras 0x0 São Paulo, pelo Paulista), no Pacaembu (Palmeiras 4×0 Oeste, pelo Paulista) e no Morumbi (Palmeiras 2×1 Santos, pelo Brasileiro), além das que foram disputadas no Allianz Parque, são 17 jogos, dez vitórias e sete empates, com 32 gols marcados e 12 sofridos – aproveitamento de 72%. Só no Allianz Parque, são 14 jogos de invencibilidade (oito vitórias e seis empates).

Com o placar favorável, o Palmeiras continua também com a sina histórica de jamais ter sido derrotado pelo Ceará como mandante em toda a história do confronto. Foram, ao todo, 14 duelos travados entre as duas equipes em domínios palmeirenses, agora com 11 triunfos alviverdes e três empates, além de 36 gols a favor e sete sofridos. Os duelos incluem oito jogos no Palestra Italia/Allianz Parque, sendo seis vitórias e dois empates.

A peleja marcou o reencontro do Palmeiras com um dos símbolos da reconstrução do Palmeiras nesta década e um dos ídolos máximos do clube: Fernando Prass, que voltou a pisar no gramado do Allianz Parque neste sábado (03), mas, desta vez, como adversário. O ex-camisa 1, que chegou ao Verdão em 2013, participou da inauguração da arena em 2014  e permaneceu até o fim do ano passado, quando se transferiu para o Ceará, foi o autor da última cobrança de pênalti que garantiu o título da Copa do Brasil de 2015 e faturou também os Brasileiros de 2016 e 2018 pelo Verdão.

Prass é até hoje o segundo jogador com mais partidas pelo clube no Allianz Parque (86 jogos), atrás apenas de Dudu (127). O goleiro também é o jogador mais velho em atividade no Brasil dentre os participantes da Série A: são 42 anos e dois meses completos, sendo também o goleiro mais velho a ter atuado pelo Verdão na história (quando deixou o clube, tinha 41 anos, três meses e 27 dias completos, superando Gato Fernández, que, na temporada de 1994, tinha exatos 40 anos completos).

Ao todo, Prass disputou 274 jogos pelo Palmeiras e figura como 40º colocado na lista dos atletas com mais partidas pelo clube em todos os tempos, além de oitavo no ranking de goleiros com mais partidas, atrás só de Gilmar (290), Sérgio (333), Oberdan Cattani (353), Velloso (458), Valdir de Morais (480), Marcos (533) e Emerson Leão (621). Ele também é o terceiro jogador que mais venceu pelo Verdão neste século (151 vezes), atrás apenas de Dudu (174) e do ex-goleiro Marcos (182), e o sétimo goleiro com mais triunfos na história, atrás só de Sérgio (165), Oberdan Cattani (214), Velloso (247), Marcos (257), Valdir de Morais (291) e Emerson Leão (328).

Pelo lado do Verdão, Vanderlei Luxemburgo chegou a sua 17ª partida invicta pelo Campeonato Brasileiro (sete vitórias e dez empates), pois, quando deixou o Palmeiras pela última vez, em 2009, ele não havia perdido seus últimos cinco jogos pela competição (duas vitórias e três empates) – o último revés de Luxa no Nacional foi em 17/05/2009, por 2 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio. Contra o Rubro-Negro, aliás – time que o atual treinador palmeirense mais atuou como jogador (lateral-esquerdo), este foi o nono duelo à frente do Verdão, com três vitórias para cada lado e, agora, três empates. Levando em conta só os duelos pelo Campeonato Brasileiro, o retrospecto também aponta equilíbrio: duas vitórias para cada lado e este empate em cinco duelos.

No tocante aos atletas, os autores dos gols alviverdes, Raphael Veiga e Willian, deram sequência a números relevantes. Veiga, dono da camisa 23, já aparece na terceira posição entre os artilheiros do time no ano, agora com cinco bolas na rede.

Já Willian se isolou mais ainda como artilheiro máximo do time no ano, agora com 13 gols, seguido de Luiz Adriano (11). Willian também é o jogador do atual elenco com mais jogos (184, seguido de Bruno Henrique, 174), um dos garçons do time na temporada (quatro assistências, ao lado de Gabriel Menino, Viña e Wesley) e o líder em participações diretas nos gols – ou seja, gols e assistências somadas (17, sendo 13 gols e quatro passes, seguido de Luiz Adriano, com 13 – 11 gols e duas assistências).

Segundo maior artilheiro do Verdão na era dos pontos corridos do Brasileirão agora com 24 gols (atrás apenas de Dudu, com 41), o atacante é o terceiro maior artilheiro do clube no Século XXI com 51 bolas na rede (atrás somente de Vágner Love, com 54, e Dudu, com 70) e aparece na 58ª posição da lista dos maiores artilheiros da história do Palmeiras em todos os tempos – hoje igualou Djalminha (meia dos anos 90) e Oswaldinho (atacante dos anos 40), ambos também com 51 tentos.

Único a atuar nas 35 partidas de 2020 (portanto, ao lado de Bruno Henrique, está entre os três atletas que estiveram em campo nos 21 confrontos desde a retomada do calendário). Willian já entrou também para o top 100 de atletas com mais jogos na história do clube (hoje igualou o zagueiro Caieira, dos anos 40, com 184, agora na 96ª posição) e para o top 10 de vitórias no Século XXI com 99 triunfos – completam o ranking: Felipe Melo (9º, com 100 triunfos completados nesta noite), Bruno Henrique, Corrêa e Wendel (empatados em 6º, com 101), Márcio Araújo (5º, com 118), Valdivia (4º, com 122), Fernando Prass (3º, com 151), Dudu (2º colocado, com 174) e Marcos (líder com 182 vitórias).

Felipe Melo, aliás, que completou 100 vitórias hoje, capitaneou a equipe em 21 das 22 partidas das quais disputou na temporada (menos contra o Guaraní-PAR, em Assunção, quando a braçadeira ficou com o paraguaio Gustavo Gómez). Nas vezes em que o camisa 30 não esteve em campo, os capitães foram Weverton (seis vezes), Luiz Adriano, Bruno Henrique e Willian (duas vezes cada) e Gustavo Gómez (diante do Bolívar-BOL).

Seu companheiro de zaga mais frequente tem sido Gustavo Gómez. A dupla atuou 19 vezes nesta temporada e sofreu somente nove gols (média de 0,47 gol sofrido por partida), com apenas uma derrota, além de 11 vitórias e sete empates. Com Vitor Hugo, são três jogos, uma vitória, um empate, uma derrota e dois gols sofridos. E com Luan, Melo ainda não formou dupla de zaga titular.

O goleiro Weverton também merece destaque. Em sua última partida antes de se apresentar à Seleção Brasileira, o arqueiro fez ótimas defesas que ajudaram a garantir o resultado favorável.

O camisa 1, aliás, ostenta a segunda menor média de gols sofridos na história do Palmeiras. Vazado apenas 76 vezes em 123 jogos, o atual camisa 1 tem índice de 0,61 gol por partida, atrás só do paraguaio Benítez, com 0,54 (13 gols sofridos em 24 jogos em 1978) – em seguida, vem o paraguaio Gato Fernández, com 0,62 (22 gols em 35 jogos em 1994). São considerados somente goleiros com ao menos dez jogos disputados pelo clube.

Ao todo, Weverton não sofreu gols em 63 partidas que jogou pelo Verdão, número que o coloca na terceira colocação do ranking de goleiros com mais jogos sem ser vazado no Século XXI, atrás apenas de Marcos (107 jogos) e Fernando Prass (101). Em uma única temporada, é o recordista do século com 26 jogos sem sofrer gols em 2019.

O atual camisa 1 fechou o ano de estreia, em 2018, com 21 jogos sem sofrer gols. Em 2019, foram 26. E neste ano, já são 16 partidas intransponível em 33 disputadas. Se sair de campo mais quatro vezes sem ser vazado em 2020, ele alcançará uma marca que não é atingida há 23 anos – o último goleiro a ficar três temporadas consecutivas sem sofrer gols em 20 ou mais jogos foi Velloso, em 1995 (28), 1996 (24) e 1997 (27).

Atleta com mais minutos em campo em 2020 (3226), Weverton atuou em 34 dos 35 jogos do Palmeiras neste ano e, neste quesito, só está atrás de Willian, que esteve presente em todos.

O jogo

Com as baixas de Gabriel Menino, Zé Rafael e Lucas Lima – suspensos pelo acúmulo do terceiro cartão amarelo –, além de Luiz Adriano e Gabriel Veron (lesionados), o Alviverde foi a campo com o mesmo time titular que atuou na última quarta-feira (30), contra o Bolívar-BOL. Desta forma, começaram jogando: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matías Viña; Bruno Henrique, Patrick de Paula e Raphael Veiga; Rony, Wesley e Willian.

O Palmeiras iniciou melhor as ações da partida nos minutos iniciais do primeiro tempo, trocando passes e fazendo com que o time adversário ficasse acuado. Tanto que, logo aos nove minutos, o Verdão chegou ao gol, com Raphael Veiga, após o atacante Wesley, que havia invadido a área e chutado com força após receber lançamento de Willian, de pé esquerdo, ter carimbado a trave de Fernando Prass – a bola voltou com força na outra ponta da pequena área, exatamente onde estava posicionado o camisa 23: a pelota ainda bateu em sua coxa e em seu peito antes de vazar a meta cearense. (Palmeiras 1×0 Ceará)

O Alviverde continuou mostrando superioridade em campo até perto dos 15 minutos de duelo, quando o Ceará passou a reagir, chegando mais vezes ao ataque. Em uma dessas vezes, Patrick de Paula acabou sendo desarmado pelo volante adversário Charles, que, atento, tocou para o companheiro Cleber finalizar – Weverton, cara a cara com o jogador adversário, fez grande defesa e mandou a bola para escanteio. Porém, no lance seguinte – justamente na jogada do corner –, o Alvinegro Cearense chegou ao empate, aos 17 minutos, após a cobrança do tiro e desvio de Eduardo Brock. Gustavo Gómez até subiu junto, mas nada pôde fazer. (Palmeiras 1×1 Ceará)

Após o gol sofrido, o Ceará conseguiu equilibrar as ações da partida, mas sem criar grandes oportunidades. O Verdão, a partir dos 30 minutos de bola rolando, voltou a exercer pressão sobre o adversário. Patrick de Paula, inclusive, deu trabalho para Fernando Prass com seus chutes de fora da área, de média distância – foi assim por pelo menos duas vezes (e poderia ter feito gol). Na primeira dessas tentativas, o chute de Patrick passou esquentando a trave esquerda do arqueiro do time cearense, aos 23 minutos, e, depois, aos 45, quando o jovem volante obrigou Prass a se esticar por completo para desviar um chute venenoso, rasante e quente.

Nos lances finais, após a arbitragem conceder dois minutos de acréscimo, o Alviverde ainda criou chance na cobrança de lateral arremeçada por Marcos Rocha, com força, na pequena área de Prass – os jogadoresw dividiram, mas a defesa cearense rechaçou. Antes, houve ainda uma tentiva de jogada com Rony pela ponta-esquerda. Entretanto, sem mais modificações no marcador, as equipes foram para o intervalo com o empate por 1 a 1.

Palmeiras voltou do intervalo sem substituições e continuou o ímpeto de seguir atacando, inclusive investindo nas chances de longa distância, como vinha sendo no primeiro tempo. Aos 16 minutos, foi Wesley quem deu trabalho para o goleiro Fernando Prass, em uma finalização forte de média distância, na qual o goleiro adversário, novamente, fez grande defesa, colocando para escanteio.

Aos 22, o técnico Luxemburgo mexeu no time. Entraram Gustavo Scarpa, Ramires e Danilo nas vagas de Rony, Bruno Henrique, e Patrick de Paula, respectivamente. Scarpa, aliás, logo em sua primeira aparição já finalizou em direção ao ângulo, batendo por cima, de fora da área, com bastante perigo. Prass, bem posicionado, foi buscar, colocando outra vez para escanteio. Na sequência, o arqueiro do time cearense voltou a fechar o gol em cabeçada de Ramires no lance do corner originado da tentativa de Scarpa.

Se Prass estava muito bem de um lado, Weverton também mostrou segurança e o motivo de ser o goleiro da Seleção Brasileira – inclusive, esta é a última partida do camisa 1 antes de se apresentar ao escrete nacional. Em uma jogada de contra-ataque após boa atuação de Prass, o atacante Victor Jacará saiu de frente com Weverton, que defendeu à queima-roupa, segurando, sem dar rebote.

Weverton boa defesa aos 31, após Gustavo Gómez errar na saída de bola de frente para o gol. Felipe Melo conseguiu recuperar, mas, na sobra, Rafael Sobis chegou com perigo, de frente para Weverton, pelo lado esquerdo da pequena área – o arqueiro esmeraldino se agigantou e conseguiu fechar o ângulo do jogador, realizando uma defesa difícil. A bola ainda rebateu no camisa 1, mas saiu pela linha de fundo.

Se o Palmeiras se salvou da virada, foi a hora de buscar o resultado logo depois. Aos 36 minutos, Gustavo Scarpa chutou forte de fora da área. A bola explodiu na zaga adversária e, na sobra, Willian Bigode dominou e, com frieza e rapidez, deu um toque por cima, deixando o Verdão novamente à frente do marcador e marcando um belíssimo gol. (Palmeiras 2×1 Ceará)

O Palmeiras chegou ao gol da vantagem, mas não parou de investir no ataque. Em uma puxada de contra-ataque, três contra três, Willian pelo centro foi avançando e acionou Wesley, pela esquerda. Com o gol livre, o atacante chutou com muita força e carimbou a trave. A bola voltou no próprio Wesley, que viu Fernando Prass fazer difícil defesa no lance que poderia ter sido o terceiro gol do Verdão na partida.

Até a reta final da partida, o Palmeiras manteve o domínio do jogo e o equilíbrio tático – nos minutos derradeiros, ainda entraram o zagueiro Luan na vaga de Wesley, aos 41, e o atacante oriundo da base Gabriel Silva, no lugar de Willian, aos 46. Mesmo até os cinco minutos de acréscimo concedidos pela arbitragem, nenhuma outra grande chance surgiu para ambos os lados e, desta forma, o duelo terminou mesmo com vitória do Verdão por 2 a 1.

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matías Viña; Bruno Henrique (Ramires, aos 22’ do 2ºT), Patrick de Paula (Danilo, aos 22’ do 2ºT) e Raphael Veiga; Rony (Gustavo Scarpa, aos 22’ do 2ºT); Wesley (Luan Garcia, aos 41′ do 2ºT) e Willian (Gabriel Silva, aos 46’2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Gols (SEP): Raphael Veiga, aos 9′ do 1ºT (1-0), e Willian, aos 36′ do 2ºT (2-1)

Cartão amarelo (SEP): Danilo