Departamento de Comunicação

O Palmeiras superou a equipe do Corinthians na noite desta quinta-feira (17) por 2 a 1, após sair na frente com gol de Raphael Veiga, de pênalti, aos 28 do primeiro tempo, sofrer o gol de empate de Róger Guedes, também de pênalti, aos 15 do segundo tempo, e marcar outra vez com o volante Danilo, aos 23 da etapa final. Desta forma, o Verdão chegou à terceira vitória nos três clássicos que disputou em duelos sequenciais. O jogo foi válido pela sexta rodada (atrasada) do Campeonato Paulista – o penúltimo compromisso da primeira fase.

Clique aqui para ver a ficha técnica, estatísticas e tudo sobre o jogo!

Com isso, o Maior Campeão do Brasil acumulou 100% de aproveitamento nos clássicos que disputou em sequência – é a primeira vez que vencer três rivais diferente em partidas subsequentes ocorre na história do Verdão, pois, na última quinta-feira (10), triunfou sobre o São Paulo no Morumbi (1 a 0) e, no domingo (13), superou o Santos, no Allianz Parque (1 a 0).

Antes disso, o Alviverde já havia disputado três jogos seguidos sendo eles clássicos contra rivais diferentes nos anos de 1940, 1955, 1956 (duas vezes), 1964, 1966, 1969 (duas vezes), 1988, 1997 e 2001, mas em nenhuma dessas ocasiões havia obtido 100% de aproveitamento. Vale ressaltar, entretanto, que em 1933 aconteceu algo parecido: o então Palestra Italia enfrentou Corinthians, São Paulo e Santos, e aquela foi a única ocasião em que chegou a vencer todos os clássicos; mas o São Paulo em questão era o da Floresta, fundado em 1930 (portanto essa sequência de clássicos não inclui-se nesta estatística).

Já a última vez em que o Palmeiras havia vencido três clássicos contra rivais diferentes em sequência, mas com compromissos contra outros adversários nos intervalos entre um clássicos e outro, foi em 2018: na ocasião, venceu o Corinthians por 1 a 0 em casa em 09/09 daquele ano; depois, o São Paulo por 2×0 fora de casa em 06/10; e, por fim, o Santos, por 3 a 2, em casa em 03/11 – todos os jogos em questão foram válidos pelo Brasileirão daquele ano, edição da qual o Alviverde saiu como campeão.

O Derby desta noite também foi icônico por outro motivo em especial: foi o primeiro duelo entre os rivais com ambos dirigidos por técnicos portugueses. Pelo lado do Verdão, Abel Ferreira. E pelo lado do Alvinegro, Vítor Pereira. Entretanto, em 1966, as equipes já duelaram com treinadores estrangeiros; foi um clássico disputado no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista daquele ano, no qual o paraguaio Fleitas Solich comandou o Palmeiras, enquanto Filpo Nuñez dirigiu o Corinthians (Filpo que, aliás, tem sua história extremamente conectada à do Alviverde).

Dentro de campo, impossível deixar de destacar a estrela de Raphael Veiga, que reforçou ainda mais a estatística de jamais ter desperdiçado uma penalidade pelo Verdão. Agora, são 20 ao todo (18 em tempo regulamentar e dois em decisão por penais). Neste século, inclusive, com seus 18 gols de pênalti em tempo regulamentar, ele já é o número um dentre os que mais balançaram as redes desta forma durante os 90 minutos, seguido de Edmundo, com 14 (ou seja, considerando apenas a segunda passagem do Animal – Século XXI). E desde 1990, período em que o Departamento de História do Palmeiras contabiliza e tem controle desta estatística, estes 18 tentos de penal em tempo regulamentar o colocam como o quarto maior goleador de pênalti da história do clube, atrás só de Edmundo, com 19, Arce, com 28, e Evair, com 32.

Aliás, gols em clássicos não são novidades para Raphael Veiga. O camisa 23 já havia vazado todos os rivais possíveis pelo Verdão. Antes do clássico desta noite, já havia marcado outros três gols contra o Corinthians, sendo dois em um só jogo (nos 4 a 0 pelo Brasileiro de 2020, disputado em janeiro de 2021, no Allianz Parque) e mais recentemente no clássico de 12/06/2021, pelo Brasileirão, empate por 1 a 1 (também no Allianz); contra o São Paulo, deixou sua marca em agosto de 2021, no Allianz Parque, pela Libertadores; e contra o Santos, foram quatro gols, sendo o primeiro pelo Brasileiro de 2019 no Pacaembu (vitória por 4 a 0), pelo Brasileiro de 2020 na Vila Belmiro (empate por 2 a 2),pelo Brasileiro de 2021 novamente na Vila (vitória por 2 a 0) e na rodada anterior do Paulista 2022, no último domingo (13), no Allianz Parque (vitória por 1 a 0). Ao todo, portanto, Veiga chegou a oito gols em clássicos.

TEMPORADA DE 2022 VEM SENDO A MAIS VITORIOSA E MENOS VAZADA DO ALLIANZ PARQUE (INAUGURADO EM 2014)

Os números da temporada de 2022 já são os melhores em termos de aproveitamento: 100%. O Verdão venceu os sete jogos que disputou na arena neste ano, marcou 11 gols e sofreu apenas um! O segundo melhor aproveitamento de pontos em uma temporada na arena é de 74%, em 2017 (20 vitórias e cinco empates em 29 jogos); já o segundo melhor percentual de vitórias pertence às temporadas de 2017 e de 2019, empatadas (69% – 2017 registrou 20 triunfos dos 29 disputados e 2019, 18 vitórias de 26 jogos); enquanto a segunda menor média de gols sofridos é de 0,46 gol sofrido por jogo, em 2019 (12 gols sofridos nas 26 partidas que disputou) – a média atual é de 0,14 (um gol sofrido em sete partidas). E, por fim, a segunda menor quantidade de gols sofridos pelo Palmeiras na arena, em números absolutos em uma mesma temporada, foi de três bolas na rede, em 2014 (entretanto, o Verdão disputou apenas duas partidas naquele ano na arena, que aliás, foi a temporada inaugural do novo Allianz Parque).

As vítimas do Verdão em 2022 na arena alviverde, pela ordem, foram: Ponte Preta (3×0), Água Santa (1×0), Santo André (1×0), Athletico-PR (2×0), Guarani (2×0), Santos (1×0) e Corinthians (2×1).

INVICTO NO PAULISTA E NA TEMPORADA

Com o resultado desta noite, o Verdão lidera o Estadual de forma geral, sendo o único invicto, com 11 jogos, nove vitórias e dois empates – portanto, 29 pontos (seguido do Corinthians, com 20); além de 16 gols marcados e apenas dois gols sofridos (sendo a melhor defesa do Paulista, seguido do Corinthians, com nove). O Alviverde ostenta ainda o melhor saldo de gols da competição (14, contra 9 do Corinthians). Já garantido nas quartas desde o duelo contra o São Paulo, no último dia 10 (há duas rodadas), a melhor campanha garante ao Verdão o privilégio de decidir os duelos em casa até a final, conforme o time de Abel Ferreira vá avançando de fases no Estadual.

Aliás, desde que o Estadual passou a ser disputado com uma fase de grupos com 12 partidas, em 2017, o maior número de pontos alcançado por um time foi 27. Com os 29 pontos que chegou com uma rodada antes do fim da primeira fase, registrou o novo recorde.

E os números não são excelentes apenas no Campeonato Paulista. O Maior Campeão do Brasil também está invicto na temporada 2022: dez vitórias e três empates – as partidas da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2021 não entram na conta, pois eram referentes à temporada passada. Nos últimos 20 jogos, houve apenas uma derrota, além de 14 vitórias e cinco empates.

Em números absolutos, a invencibilidade também é algo inédito na história do clube em uma temporada inteira – o mínimo que sofreu anteriormente foram dois reveses, nas temporadas de 1926, 1930 e 1932. Vale ressaltar, entretanto, que esta informação trata-se apenas de uma comparação retórica, para efeitos de curiosidade, já que a temporada de 2022 está só começando.

Além disso, o time ostenta ainda a melhor defesa desta temporada – dentre todos os times que disputam a Série A do Brasileirão em 2022, por qualquer competição realizada em 2022 (Estaduais, Continentais, etc). Com média de 0,30 gol sofrido por partida, seguido pelo Fluminense, com 0,40 gol sofrido por partida. Como mandante, o Alviverde era, até então, dentre os que figuram na elite do futebol brasileiro, o único time que ainda não havia sido vazado em casa nesta temporada (foi o último a fazer parte dessa estatística, hoje, justamente neste duelo ante o Corinthians).

ASPECTOS DA PARTIDA

O Palmeiras praticamente dominou as ações do início ao fim da partida, sobretudo no primeiro tempo, quando praticamente não deu espaço para o adversário jogar. No único momento em que cresceu no jogo, o rival deixou tudo igual no placar, também em cobrança de penalidade, a exemplo do primeiro gol do Verdão. Mas logo após o gol sofrido, o Alviverde logo retomou o controle da partida e não demorou a marcar o segundo gol, com Danilo, que seria o tento da vitória. O único momento de maior dificuldade foi na reta final da partida, quando o time visitante chegou a exercer certa pressão contra a defesa palmeirense, mas com o Maior Campeão do Brasil emocionalmente e tecnicamente controlado e respondendo às tentativas.

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga (Jailson, 41’/2Tº); Gustavo Scarpa (Breno Lopes, 35’/2Tº), Dudu (Gabriel Veron, 34’/2Tº)e Rony (Wesley, 40’/2Tº). Técnico:Abel Ferreira.

Gols: Raphael Veiga, de pênalti, 28’/1ºT (1-0); Róger Guedes, de pênalti, 15’/2Tº (1-1); e Danilo, aos 23’/2Tº (2-1).

Cartões amarelos (SEP): Zé Rafael.

Expulsão (SEP): João Martins (auxiliar-técnico).