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O Palmeiras foi a campo neste domingo (26), às 16h, para enfrentar a equipe do Água Santa, no Allianz Parque, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. O Palmeiras venceu por 2 a 1 na última rodada da primeira fase – gols no segundo tempo: de Lucas Silva (Água Santa), aos 17, e de Ramires (Palmeiras), aos 26, e de Luiz Adriano (Palmeiras), aos 42, após cobrar pênalti, o goleiro defender, e fazer no rebote!

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Em sua casa, o Verdão não sabe o que é perder neste ano. Por enquanto, são cinco jogos com este, sendo quatro vitórias e um empate: venceu o Mirassol por 3 a 1 (em 16/02), o Guarani-SP por 1 a 0 (em 20/02), o Água Santa por 2 a 1 (na tarde de hoje), empatou com a Ferroviária por 1 a 1 (em 07/03) – todos esses pelo Paulista – e superou o Guaraní-PAR por 3 a 1 (em 10/03), pela Libertadores.

Com o triunfo agregado ao revés do Santo André para o Ituano por 3 a 1, o Palmeiras encerrou a sua participação na primeira fase agora na liderança do Grupo B (e na segunda na classificação geral do campeonato), com 22 pontos (atrás apenas do Red Bull Bragantino, com 23). De quebra, o time do Água Santa terminou rebaixado no Estadual.

Já classificado para as quartas de final desde antes mesmo de entrar em campo pela 11ª rodada do Estadual, contra o Corinthians, na última quarta-feira (22), o Maior Campeão do Brasil irá encarar o próprio Santo André na fase de mata-mata, em jogo único, a ser disputado na casa palmeirense.

A data e o horário para a disputa do jogo das quartas de final devem ser definidos pela Federação Paulista de Futebol (FPF) até a próxima terça-feira (28).

Esta foi a primeira partida do Alviverde Imponente em seu estádio após 138 dias de ausência por conta da paralisação do futebol nacional em combate à disseminação do coronavírus.

Devido às medidas de proteção contra a pandemia, esta foi a primeira vez na história em que o Palmeiras jogou sem público em sua casa própria (considerando tanto o período do Parque Antarctica, adquirido pelo clube em 1920, quanto do atual Allianz Parque, inaugurado em novembro de 2014). Na história do Verdão, além desta de hoje, aconteceram jogos de portões fechados na história palmeirense apenas em outras três ocasiões: em 31/07/2005, no 1 a 1 com o Atlético-PR, pelo Campeonato Brasileiro (devido à invasão de campo de torcedores palmeirenses no jogo anterior, a partida também foi transferida do Palestra Italia para o Pacaembu); em 17/05/2015, no 0 a 0 com o Joinville, pelo Brasileiro, desta vez na casa do adversário (os catarinenses foram punidos por uma briga de torcidas); e na última quarta (22), quando o Derby foi jogado sem presença de público pela primeira vez em 103 anos.

Por conta da pandemia de Covid-19, o retorno do Palmeiras ao Allianz Parque não teve a presença de público (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Nos aspectos coletivos, o time de Vanderlei Luxemburgo segue com a melhor defesa do Paulistão, agora com apenas seis gols sofridos (em 12 partidas), seguido pelo Novorizontino, com oito. Por ter marcado 17 gols, o Verdão tem também o melhor saldo de gols da competição até aqui: 11 tentos, de forma isolada. Em seguida, aparece o Red Bull Bragantino, com nove (marcou 18 vezes e sofreu nove gols).

Grande responsável por essas marcas coletivas da equipe palmeirense, o técnico Vanderlei Luxemburgo por sua vez, é o treinador que por mais vezes dirigiu e venceu pelo Palmeiras no Palestra Italia/Allianz Parque: agora são 149 partidas no local, com 118 vitórias, 20 empates e 11 derrotas.

Vanderlei Luxemburgo soma agora 389 partidas à frente do Palmeiras, com 235 vitórias, 86 empates e 68 derrotas. O treinador conquistou quatro dos cinco Campeonatos Paulistas que disputou com o Verdão (1993, 1994, 1996 e 2008, justamente os últimos quatro títulos estaduais do Palmeiras – ele só não ganhou em 2009), sendo o que mais levantou taças estaduais pelo clube, ao lado de Oswaldo Brandão (que faturou os de 1947, 1959, 1972 e 1974). Ambos também são os maiores campeões da história do clube, com sete títulos cada um (Luxa soma os Brasileiros de 1993 e 1994 e o Rio-São Paulo de 1993, enquanto Brandão levou os Brasileiros de 1969, 1972 e 1973).

Nos aspectos individuais, destaque para Ramires, que saiu do banco de reservas para marcar o primeiro gol do Verdão aos 26 do segundo tempo, atuando no time pela primeira vez após o retorno da pausa devido a pandemia.

Destaque também para Marcos Rocha, que já era o garçom do Alviverde no Paulista de 2020 e agora aumentou ainda mais essa marca – com esta, são três assistências no estadual, sendo três também na temporada toda, passando a ser agora, inclusive, não só o maior garçom do time no torneio estadual, mas também do time na temporada de forma geral, ao lado de Dudu (que também deu três passes a gol antes de ir para o futebol do Qatar).

Outro jogador que merece ser exaltado nessa partida é Luiz Adriano, fez seu 9º jogo no Allianz Parque pelo Verdão e chegou ao 8º gol! Vestindo a camisa palmeirense, o atacante, portanto, tem uma ótima média na arena, de 0,88 gol por jogo na arena – com direito a dois hat-tricks.

O JOGO

Sem toricda, bandeiras e faixas tomaram conta do estádio neste domingo ensolarado. O Allianz Parque, inclusive, seguindo o que já haviam feito clubes europeus que voltaram primeiro da pandemia, disponibilizou cânticos de torcida autofalantes imitando um incentivo da torcida nas arquibancadas.

Em relação à partida anterior, pela 11ª rodada, contra o Corinthians, as novidades na equipe titular que enfrentou o Água Santa foram as aparições de Diogo Barbosa e Marcos Rocha nas laterais esquerda e direita, respectivamente, além de Raphael Veiga como meia-atacante (não começou jogando Luiz Adriano, titular na partida anterior).

Rocha esteve suspenso na rodada anterior e, hoje, entrou na vaga em que jogou Mayke, que sentiu dores musculares, enquanto Barbosa ficou com na vaga onde Viña havia atuado – o uruguaio era o então titular, mas sofreu concussão no clássico e, por isso, foi poupado nesta partida.

Desta forma, o Palmeiras foi a campo com: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Bruno Henrique, Patrick de Paula e Lucas Lima; Rony, Willian e Raphael Veiga.

O primeiro tempo terminou sem gols, após os dois times não criarem muitas oportunidades na etapa inicial. Destaque para um chute de Rony, aos 10 minutos, que chutou de curva, passando próximo ao ângulo de Giovanni. Depois disso, a melhor oportunidade criada foi uma cabeça de Raphael Veiga, após cruzamento na medida de Marcos Rocha, levando perigo à meta adversária.

Nos derradeiros minutos, Willian, vice-artilheiro do Campeonato Paulista, com seis gols, recebeu a bola dentro da área e chutou em direção ao gol – o arqueiro rival ainda estava longe. Entretanto, no meio do caminho, a bola desviou na mão de um dos defensores do Água Santa. A arbitragem, porém, entendeu como lance normal (o jogo deste domingo ainda não contou com VAR, mas a partir das quartas de final o árbitro de vídeo estará disponível).

Com Luiz Adriano no lugar de Raphael Veiga, o segundo tempo começou bem mais dinâmico. O Verdão, de cara, pressionou o time visitante; primeiro, com uma investida do volante Patrick de Paula, de fora da área, exigindo defesa do guarda-meta. Depois, Willian Bigode, novamente, quase conseguiu um pênalti para o Verdão: desta vez fora derrubado no limite da linha. Porém, sem VAR, não foi possível fazer uma checagem bem apurada e, desta forma, a arbitragem entendeu que se tratava apenas de uma falta, e não de um penal.

Mesmo com o Palmeiras indo para cima do Água Santa, que inclusive passou a jogar, em alguns momentos, mais retrancado – conforme instruções de seu técnico Toninho Cecílio –, foi a equipe visitante que chegou primeiro ao gol: com Lucas Silva, aos 17 minutos do segundo tempo. (Palmeiras 0x1 Água Santa)

Buscando então uma reação imediata, o técnico Vanderlei Luxemburgo optou por algumas mudanças no time, trocando Patrick de Paula por Ramires (aos 20), Bruno Henrique por Gabriel Menino (aos 20) e Rony por Gustavo Scarpa (aos 21); as mudanças rapidamente surtiram efeito: aos 26 (ou seja, em menos de 10 minutos do gol sofrido), o Alviverde chegou ao empate com Ramires, em jogada originada de bola ao chão, passando por Felipe Melo, que acionou Marcos Rocha, disparado pela direita. O camisa 2, por sua vez, cruzou na medida para Ramires cabecear com força e deixar tudo igual. (Palmeiras 1×1 Água Santa)

Após o gol, o Alviverde não cessou a pressão. Logo em seguida, Gustavo Scarpa por muito pouco não virou a partida após receber lançamento de Ramires. Em dado momento, o zagueiro Vitor Hugo também quase marcou de cabeça.

Mas a virada veio nos minutos finais, aos 41 da etapa final, quando, após tentar vazar a defesa do Água Santa de diversas formas (cujo time estava praticamente inteiro no campo de defesa, visto que brigava para não cair e, portanto, visava não sofrer gol), o Verdão teve um pênalti marcado a seu favor: após um bate-rebate na área, o zagueiro do time rival tentou chutar para longe na tentativa de afastar a pelota. No entanto, a redonda subiu e, ao cair, acertou a mão de um dos atletas da equipe de Diadema.

Para a cobrança, partiu Luiz Adriano, que não chutou com muita precisão nos cantos e facilitou a defesa do goleiro Giovanni (que também teve seu mérito). Entretanto, ao fazer a defesa o penal, o arqueiro espalmou e a bola sobrou justamente para o camisa 10, que não desperdiçou sua segunda chance! (Palmeiras 2×1 Água Santa)

Nos minutos finais, Vanderlei Luxemburgo ainda fez sua última alteração (lembrando que desde o retorno da pandemia, portanto, desde a rodada anterior, contra o Corinthians, são permitidas cinco substituições). Saiu o atacante Willian para entrar o meio-campista Zé Rafael.

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Bruno Henrique (Gabriel Menino, 20′ do 2ºT), Patrick de Paula (Ramires, 20′ do 2ºT) e Lucas Lima; Rony (Gustavo Scarpa, 21′ do 2ºT), Willian (Zé Rafael, 44′ do 2ºT) e Raphael Veiga (Luiz Adriano, intervalo). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Gols: Ramires, aos 26′ do 2ºT e Luiz Adriano, aos 41′ do 2ºT

Cartões amarelos: Raphael Veiga e Ramires