Sócio do Palmeiras tem desconto em peça teatral que conta a história do Bixiga
Agência Palmeiras
Fernando Galuppo
O Teatro Sergio Cardoso, localizado no Bixiga, completa 30 anos e está em cartaz com a peça que retrata a história desse importante bairro paulistano. A casa apresenta o musical “Bixiga”, dirigido por Mario Masetti, diretor artístico do teatro e responsável pelo projeto. Os Associados do Palmeiras pagam apenas R$ 5,00 (cinco reais) no ingresso, mediante a apresentação da carteira social do clube na bilheteria. A promoção é válida até o final da temporada, sujeito a disponibilidade de lugares. Bixiga fica em cartaz até domingo (31/10).
“O musical 100% brasileiro produzido pelo Sergio Cardoso faz do projeto de resgatar a tradicional efervescência do Teatro, além de ser uma bela forma de comemorar as três décadas de vida de um dos mais importantes espaços culturais da cidade”, comemora André Sturm, Coordenador da Unidade de Fomento e Difusão da Secretaria do Estado da Cultura, que dirige a APAA.
O maestro João Mauricio Galindo, da Jazz Sinfônica, rege a orquestra que interpreta ao vivo as composições assinadas pelo time de peso composto por Nelson Ayres, Ruriá Duprat, Miguel Briamonte e Rodrigo Morte.
“Bixiga é o resultado de dezenas de corpos e cabeças que pensaram e trabalharam duro ao longo dos últimos meses. Parece que deu certo a ideia de realizar o musical para trazer de volta aos corredores do Sergio Cardoso a movimentação cultural que o fez ser importante”, completa Masetti.
Idealizadas e produdizadas pela APAA – Associação Paulista dos Amigos das Artes – a Organização Social que administra o teatro Sergio Cardoso, as oficinas fizeram com que desde o início do ano, mais de 200 artistas, entre alunos, mestres, pesquisadores e professores, estivessem envolvidos na criação e produção do musical. Uma ampla pesquisa sobre toda a região do Bixiga e Bela Vista foi o ponto de partida para a criação do roteiro. Os maquiadores, camareiras, técnicos de som, iluminação e cenário, costureiros, cabelereiros, contra-regras e atores que trabalham no espetáculo foram formados nas oficinas instaladas nas salas de ensaio da casa.
Sinopse – Entre uma guerra de bracholas com vatapá e uma estátua que fala, o musical, que conta com Carlos Meceni como co-diretor, se passa na tradicional região do Bixiga, com fofoqueiras, cortiços, brigas de vizinhos e famílias italianas, brasileiras, africanas e orientais. O texto (que não se apega ao politicamente correto) é fruto de pesquisa encabeçada por Solange Santos e escrito numa parceria entre Edu Salemi, Enéas Pereira e Ana Saggese.
Em Bixiga, o trintão Sergio Cardoso leva ao palco 23 atores num cenário montado sob coordenação de Beto Mainieri, vestidos com figurino de Isabela Telles, sob preparação vocal de Juliana Amaral e coreografia do também ator Paulo Goulart Filho, o maestro João Mauricio Galindo regendo a Jazz Sinfônica no fosso, e cerca de mais de 50 técnicos atrás das coxias para a realização do musical que tem duração de 90 minutos.
Teatro Sergio Cradoso – Em 1954 Sergio Cardoso e Nydia Licia resolveram alugar um prédio abandonado no Bixiga onde funcionava o Cine Teatro Espéria, inaugurado em 1914. Após dois anos de reforma, o então denominado Teatro Bela Vista é inaugurado tendo como peça de estreia Hamlet, o príncipe da Dinamarca, de Shakspeare, dirigido e interpretado por Sérgio Cardoso.
Em 1960 Sergio Cardoso separa-se de Nydia Licia que fica responsável sozinha pela administração do Teatro. Dez anos depois, o contrato de aluguel acaba e Nydia devolve o espaço aos proprietários do terreno.
O Governo do Estado decide então desapropriar o terreno do Teatro Bela Vista e começa uma grande reforma projetada pelo arquiteto italiano Ugo di Pace e em seguida pelo Grupo Soares Ramenzoni. Em 1972 Sergio Cardoso morre de um infarto fulminante. O Governo decide homenageá-lo e após muitas interrupções na reforma, inaugura em 13 de outubro de 1980 o Teatro Sérgio Cardoso.