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Seis jogos, seis vitórias. Foram 25 gols marcados e apenas três sofridos. Com isso, o Verdão registrou a melhor campanha de um time na primeira fase da Libertadores em todos os tempos, na noite desta terça-feira (24), contra o Deportivo Táchira-VEN, no Allianz Parque, com a vitória por 4 a 1, com hat-trick de Gustavo Scarpa (o primeiro, o segundo e o quarto gol do jogo) e outro de Rony (o terceiro da partida).

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Antes do Verdão, em toda a história da Libertadores, apenas três clubes haviam vencido as seis partidas da fase de grupos: o Vasco da Gama, em 2001; o Santos, em 2007; e o Boca Juniors-ARG, em 2015. Mas nenhum deles teve um saldo de gols tão amplo quanto o do Maior Campeão do Brasil (saldo este de 22 gols, sendo 25 marcados e três sofridos).

Aliás, quando entrou em campo, o Palmeiras acumulava 21 gols na campanha 2022. Já era o recorde em toda a história das fases de grupos da Libertadores em todos os tempos, mas ao lado do River Plate-ARG de 2020, que também somou 21 bolas na rede (nas suas seis partidas por essa etapa da competição). Desta forma, o Verdão precisava de apenas um único gol para se isolar como dono deste outro recorde também. Mas fez quatro e agora disparou como dono isolado do melhor ataque da história das fases de grupos do Continental.

E os recordes não acabam por aí. Levando em conta clubes que compuseram o mesmo grupo na primeira fase ao longo da história, a diferença máxima registrada entre um primeiro e um segundo colocado em toda a história da Libertadores foi de nove pontos: em 2007, o Santos terminou com 18 pontos, contra nove do Defensor Sporting-URU e, em 2020, novamente o Peixe repetiu os nove pontos de diferença, somando 16, contra sete do Delfín-EQU.

Nesta noite, o Alviverde chegou a 18 pontos, dez pontos a frente do Emelec-EQU, segundo colocado, que mesmo com a vitória chegou só a oito pontos. O Estudiantes-ARG, se tivesse vencido pela rodada de hoje, poderia fazer sombra ao recorde do Verdão, mas ainda assim dependeria de uma combinação de resultados em seu grupo. Entretanto, a equipe foi goleada nesta noite pelo Vélez Sarsfield e o recorde ficou mesmo com o Alviverde.

Com a melhor campanha, o Palmeiras repetiu o feito pela quarta vez nos últimos cinco anos. Foi assim em 2018, 2019 e 2020. Na atual edição, somente o Verdão venceu os seis confrontos da primeira fase – River Plate-ARG e Flamengo vinham com 100%, mas ambos empataram pela 4ª rodada.

E pela temporada de forma geral, o Palmeiras chegou à sua 13ª partida de invencibilidade – já é a maior de 2022 (somando 10 vitórias e 3 empates por três competições diferentes: Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil). Desta forma, a sequência invicta atual superou os 12 duelos sem derrota entre fevereiro e março deste ano (9 vitórias e 3 empates). O primeiro jogo da série começou justamente em um jogo de Libertadores, no Allianz Parque (como no caso desta noite). Foi com a goleada por 8 a 1 sobre o Independiente Petrolero-BOL, no dia 12 de abril, pela competição continental.

De forma geral, foram apenas três derrotas sofridas nos últimos 40 jogos disputados, sendo 28 vitórias e nove empates neste período – este dado contabiliza os cinco duelos sem derrota na reta final do ano passado

O triunfo sobre o Deportivo Táchira-VEN também fez com que o Verdão engatasse a sua quinta vitória seguida. Nos últimos dez, foram nove vitórias!

Diante do adversário da vez, especificamente, o Palmeiras segue com 100% de aproveitamento. O Deportivo Táchira cruzou os caminhos do Palmeiras por seis vezes, todas pela Libertadores. Além de 2022 (vitórias por 4 a 0, fora, no jogo de ida, e agora por 4 a 1 em casa), a equipe venezuelana também enfrentou o Verdão nas Libertadores de 2005 e de 2006, e o Alviverde saiu vitorioso em todas as ocasiões.

Em 2005, na fase de grupos, o Palmeiras venceu por 3 a 0, no Palestra (gols de Klóker, contra, Osmar Cambalhota e Warley) e por 2 a 1 no returno, em San Cristóbal (gols de Osmar Cambalhota e Ricardinho).

E em 2006, os times se enfrentaram pela primeira fase da competição, na qual o Verdão venceu seu adversário direto na briga pela vaga à fase de grupo por 2 a 0 no jogo de ida, no Palestra Italia (gols de Marcinho e Gamarra) e por 4 a 2 no jogo de volta, em San Cristóbal (gols de Washington, duas vezes, Edmundo e Marcinho).

E o retrospecto é irretocável não só contra o Táchira, mas também ante seus compatriotas. O Palmeiras possui um retrospecto avassalador atuando contra times venezuelanos em história: agora são 15 jogos com 15 vitórias. Ou seja: 100% de aproveitamento, além de ter marcado 41 gols e sofrido apenas oito.

Deste total de confrontos, apenas um não foi válido pela Libertadores (um amistoso contra o Valência vencido por 3 a 0 fora de casa em 1971). Portanto, pelo Continental, são 14 jogos e 14 vitórias contra equipes dessa nacionalidade, já contabilizando o duelo desta noite.

Não bastasse isso, pela competição, o Palmeiras atualizou uma série de recordes. Um deles foi ampliar seu saldo como clube brasileiro com mais vitórias em casa na história da Libertadores: agora são 74 vitórias em seus domínios pela competição, contra 72 do São Paulo.

O Maior Campeão do Brasil atualizou ainda o seu saldo que já liderava isoladamente como o clube brasileiro com mais jogos pela Libertadores (216), mais vitórias (123) e gols no geral (417), mais jogos como mandante (106) e gols como mandante (246).

Além disso, o Verdão ostenta ainda a marca de ser o brasileiro mais vezes campeão (três títulos), com mais finais disputadas (seis), com mais edições disputadas (22), com mais edições seguidas dentre os clubes nacionais (sete, entre 2016 e 2022, assim como o São Paulo entre 2004 e 2010), com mais jogos como visitante (107), mais vitórias como visitante (47) e mais gols como visitante (168). Como visitante, aliás, o Alviverde ainda detém o recorde da história geral da competição com mais jogos invictos como visitante (18 partidas – série esta, inclusive, em andamento).

Vale ressaltar ainda que o Palmeiras, com seus 417 gols em 216 jogos disputados, o Palmeiras aparece na sexta posição entre os times que mais fizeram gols na história da Libertadores, sendo segundo brasileiro que mais foi às redes é o Grêmio, com 318 gols em 207 jogos e, na média, detém a melhor média de gols dentre todos os times com pelo menos 150 jogos na história da Libertadores – ou seja, as equipes que mais frequentam o torneio continental ao longo das edições (este levantamento inclui clubes de qualquer nacionalidade), ostentando 1,93 gol marcado por partida, seguido do Flamengo (1,90 na média por partida, 290 gols em 152 jogos) e Santos (terceiro, com 1,87 gol por jogo – 287 gols em 153 jogos).

Nos aspectos individuais, destaque para Gustavo Scarpa, que chegou ao seu primeiro hat-trick pelo Verdão. No Palmeiras desde 2018, o camisa 14 soma 198 jogos, agora 36 gols, além de 44 assistências. Com os 36 gols que chegou hoje, superou os 35 de Edmundo e passou a ser o novo integrante do Top 10 dos palmeirenses que mais fizeram gols no Século XXI.

E Rony também foi um destaque. O gol marcado manteve o ótimo retrospecto do jogador em partidas de Libertadores. São 26 jogos e 24 participações (ou seja, gols e assistências somadas), sendo 14 bolas na rede e nove passes que culminaram em gol. Retrospecto impressionante. Além disso, o jogador recuperou o trono como artilheiro máximo do Palmeiras na história da Libertadores – por duas décadas, esse recorde pertenceu ao ex-meia Alex, com seus 12 gols entre as edições de 1999 e 2001. Mas Rony o desbancou nessa Libertadores de 2022, quando chegou a 13 gols (somando todos os tentos, inclusive pelas edições anteriores). Mas Raphael Veiga logo tratou de superar Rony no jogo seguinte, chegando a 14 gols pelo Continental.

Ou seja. A ponta de um ranking que não mudava por 20 anos sofreu alteração por dois jogos seguidos nesta edição atual. E mais alguns jogos depois, nesta noite, voltou a sofrer mais uma alteração: desta vez, com Rony igualando Veiga com os 14 gols pela Libertadores, ambos como artilheiros máximos do Verdão na história do torneio.

E Rafael Navarro segue como artilheiro isolado da Libertadores, com sete gols. Por pouco, teve a chance de marcar o oitavo, na cobrança de pênalti que culminou com o quarto gol do Alviverde na partida, mas de última hora os jogadores decidiram que Scarpa seria o cobrador.

Ao longo de sua trajetória na mais importante competição das Américas, o Alviverde já contou com cinco artilheiros: Tupãzinho (1968, com 11 gols), Lopes (em 2001, com nove gols), Marcinho e Washington (ambos em 2006, com cinco gols cada um), e Borja (em 2018, com nove gols).

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Jorge (Vanderlan, aos 16’/2ºT); Gabriel Menino (Fabinho, aos 25’/2ºT), Zé Rafael e Gustavo Scarpa (Jhonatan, aos 31’/2ºT); Dudu, Rony (Breno Lopes, aos 16’/2ºT) e Rafael Navarro (Wesley, aos 25’/2ºT). Técnico: Abel Ferreira.

Gols: Gustavo Scarpa (14’/1ºT) (1-0), Gustavo Scarpa (21’/1ºT) (2-0), Gutiérrez (2’/2ºT) (2-1), Rony (11’/2ºT) (3-1), Gustavo Scarpa (22’/2ºT) (4-1).

Cartão amarelo (SEP): Zé Rafael.