Copa do Mundo: massagista Serginho representa Palmeiras na Seleção Brasileira

Felipe Krüger
Departamento de Comunicação
Atualizado em 17/06/2018, às 17h00

Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação _ Será a primeira Copa de Serginho pela equipe brasileiraO anúncio dos 23 escolhidos pelo técnico Tite para defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2018 foi cercado de expectativa e acompanhado por dezenas de jornalistas do mundo inteiro, no último dia 14 de maio, na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro. No mesmo dia, sem tanto alarde, Sérgio Luís de Oliveira, o Serginho, massagista do Palmeiras, chegava à Granja Comary para iniciar o trabalho visando a disputa do Mundial da Rússia. Ele é o único representante do Verdão na delegação do Brasil. 

Membro da comissão técnica da Amarelinha desde julho de 2014, o profissional fez sua estreia em amistoso disputado contra a Colômbia – vitória por 1 a 0, com gol solitário marcado por Neymar –, no estádio Hard Rock, nos Estados Unidos. Depois disso, Serginho participou do Superclássico das Américas, ainda em 2014, de duas edições da Copa América, em 2015 e 2016, e da conquista do ouro olímpico nos Jogos do Rio 2016, além de partidas amistosas.

A trajetória de Serginho até ser confirmado como membro da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo não foi fácil, como ele mesmo relata. Iniciou a carreira como massagista em 1986, na Central Brasileira de Cotia, time que disputava a terceira divisão paulista, antes de se aventurar no voleibol e chegar ao Palmeiras para ser o responsável pelas massagens da modalidade. Alcançou a Seleção Brasileira, mas decidiu voltar ao futebol e, durante breve período, exerceu a função na base palestrina. Chegou ao profissional em 1998 e se tornou o principal massagista do clube em 2002.

“Olha, não foi fácil chegar até aqui. Nunca imaginei que chegaria a representar a Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo. Já tinha sido chamado para seleções na época do vôlei, mas agora é diferente. É um orgulho muito grande fazer parte de tudo isso”, afirmou o profissional de 53 anos.

Na Seleção Brasileira, que estreou no último domingo (17), contra a Suíça, na cidade de Rostov-on-Don, Serginho reencontrou Gabriel Jesus, cria da base palmeirense. Durante o tempo em que trabalharam juntos no Verdão, o experiente massagista avisou ao futuro dono da camisa 9 da equipe nacional que ele ainda brilharia ao lado dos melhores do mundo.

“Desde as primeiras vezes que vi e conversei com o Gabriel Jesus, ainda na base do Palmeiras, eu falava que ele ainda iria jogar com os craques da Seleção. Ele falava que não, que isso era só para mim, que já estava lá, e ele, ainda com 17 ou 18 anos, ainda estava muito longe. Não deu outra. Sempre soube do potencial dele, além de ser um menino muito bom”, falou.

Campeão pelo Palmeiras da Libertadores (1999), do Campeonato Brasileiro (2016) e da Copa do Brasil (1998, 2012 e 2015), entre outras conquistas, Serginho pode, em breve, acrescentar ao currículo o título de campeão do mundo com a Seleção Brasileira e ser eternizado na história do futebol brasileiro como massagista do hexa.

Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação _ Pé quente: Serginho acumula inúmeras conquistas pelo Verdão