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A vitória do Palmeiras sobre a Universidad Católica-CHI, por 1 a 0, no Allianz Parque, rendeu não só a classificação do Verdão às quartas de final da Libertadores, mas também trouxe algumas marcas individuais, como as de Marcos Rocha, autor do gol da vitória, e Raphael Veiga, que participou do lance do gol chutando a bola na trave (Rocha marcou no rebote). Tanto o lateral quanto o meia entraram para o top 10 dos jogadores que mais venceram pelo Verdão na história da Libertadores: são agora 17 vitórias (Marcos Rocha em 25 jogos e Veiga em 24 partidas).

Dono de ótimos números na temporada atual, sendo o vice-líder em desarmes nesta temporada (com 42 botes, atrás apenas de Renan, com 48), 5º colocado em ações defensivas (desarmes + interceptações) nesta temporada, com 47 (atrás apenas de Felipe Melo e Zé Rafael, com 48, Luan, com 51, e Renan com 59), Marcos Rocha comentou a felicidade de fazer o gol, falou sobre o sonho de conquistar sua terceira Libertadores (já que ganhou com o Atlético-MG em 2013 e com o próprio Palmeiras em 2020), mas ponderou que a função do lateral primordialmente é marcar e reafirmou que, o mais importante, é o resultado coletivo.

“É um sonho que eu tenho, né? De conquistar novamente a Libertadores, ser tricampeão junto com o Palmeiras, junto com meus companheiros. Então é muito trabalho, muita dedicação no nosso dia a dia. Confiando em tudo que o nosso treinador nos passa e isso pode acontecer, vai depender do que a gente encontrar pela frente e da nossa atitude, da nossa vontade. A nossa equipe toda está focada em fazer um grande um grande torneio pela Libertadores e dar sequência na nossa temporada”, disse.

E completou: “Fico feliz pelo gol. Fico feliz pela liberdade que eu tenho hoje de subir ao ataque. De defender, de estar fazendo a a recomposição na hora que gente está defendendo e é importante fazer bem as duas partes, mas sempre lembrando que, para o lateral, a primeira fase dentro do campo é sempre marcar. Como eu falei, a gente tem uma equipe muito qualificada do meio pra frente, onde temos jogadores decisivos… Então eu tenho sempre que dar tranquilidade para que eles possam ter liberdade de fazer a parte diferencial deles, que é a parte do ataque”.

Em toda a história da Libertadores, desde 1960, Marcos Rocha é o jogador brasileiro que mais disputou o torneio em sequência, com nove participações consecutivas entre 2013 (quando atuava pelo Atlético-MG) e 2021. No geral de participações, o camisa 2 do Verdão fica atrás apenas de Danilo (Corinthians e São Paulo) e Jean (Palmeiras, Fluminense e São Paulo), ambos com 10.

No último ano, Marcos Rocha liderou o índice de desarmes do time na temporada, fator que não tem sido novidade. Em 2019, apenas no Campeonato Brasileiro, o camisa 2 fechou o torneio nacional como o atleta que mais desarmou jogadas na competição, com 103 interceptações, à frente de Gregore, do Bahia, vice com 102, e do ex-palmeirense Diogo Barbosa, terceiro com 80.

No Brasileirão atual, de acordo com o aplicativo de estatísticas SofaScore, Marcos Rocha é o jogador que mais vezes desarma o adversário por jogo. O jogador tem uma média de 3,4 desarmes por partida na competição, superando Guga (Atlético-MG) e Saravia (Internacional), empatados na segunda colocação, seguido do zagueiro Renan (que nesta noite atuou na lateral-esquerda), segundo que mais vezes toma a bola por partida no elenco palmeirense, que registra uma média de 2,7 desarmes por jogo. O terceiro é Zé Rafael, com 2,0 desarmes por confronto.

E não são só os desarmes. Rocha se destaca também pelas assistências: em quase todos os campeonatos ele vem deixando suas marcas pelos passes a gol, como em 2019, quando, no geral da temporada, foi o segundo maior garçom, ao lado de Gustavo Scarpa, ambos com sete passes a gol, atrás apenas de Dudu, com 18. Já no geral dos garçons do elenco, ele é o 5º principal garçom, com 21 passes ao todo, atrás só de Lucas Lima (22), Willian (25), Gustavo Scarpa (32) e do líder Dudu (78).

Já Raphael Veiga vem em crescente no time do Palmeiras, quando não com gols, com assistências e participações decisivas em lances importantes. Foi dele, aliás, o tento que deu vantagem para o Verdão decidir na noite desta quarta-feira (21), pois, na semana passada, o Palmeiras venceu por 1 a 0 com gol de Raphael Veiga – o camisa 23, aliás, recentemente marcou o gol mais rápido da história do Allianz Parque.

A boa fase de Raphael Veiga no Verdão não é novidade. Na temporada passada, por exemplo, ele foi vice-artilheiro do Palmeiras, com 18 gols, ao lado de Willian e atrás apenas de Luiz Adriano (20). Levando em conta só o Brasileirão 2020, ele foi o artilheiro do time, com 11 gols, seguido por Luiz Adriano (10).

Além disso, ele está marcado na história do Palmeiras por ter sido titular nas finais da Libertadores e da Copa do Brasil e por ter sido um dos três palmeirenses a fazer gols em todas as competições regulares disputadas em 2020, ao lado de Luiz Adriano e Gustavo Gómez. Na Copa do Brasil conquistada pelo Palmeiras, inclusive, Veiga foi o único jogador presente em todas as partidas do time na Copa do Brasil 2020, o principal artilheiro do time na competição (quatro gols) e ainda o garçom da equipe no torneio (duas assistências, uma em cada partida das finais), além de ter sido eleito pela CBF o craque da competição.

O ano de 2020, inclusive, entrou para a história do jogador como a temporada mais artilheira de sua carreira: foram 18 gols em 2020 (em 58 jogos), contra nove que havia feito (em 48 jogos) pelo Athletico-PR em 2018.

HISTÓRICO DE VEIGA COMO PROFISSIONAL

Profissionalizado no futebol em 2016, pelo Coritiba, marcou três gols em 24 jogos em sua primeira temporada no Coxa. Em 2017, seu primeiro ano no Palmeiras, fez dois gols em 22 partidas (à época, muitos meio-campistas experientes não possibilitaram que o jogador tivesse sequência). Emprestado ao Athletico-PR em 2018, quando foi campeão da Copa Sul-Americana, fez 48 jogos e nove gols (até então sua temporada mais artilheira, superada hoje); em 2019, voltou de empréstimo na temporada 2020, pela qual jogou 58 vezes pelo Verdão, marcando 18; na temporada atual, soma 27 partidas e 9 bolas na rede.

Ao todo, no Palmeiras, somando a passagem de 2017 e desde 2019, são 138 jogos (76 vitórias, 32 empates e 30 derrotas), com 34 gols marcados e 11 assistências concedidas, além dos títulos da Florida Cup, Paulista, Libertadores e Copa do Brasil – todos em 2020.

WEVERTON TAMBÉM SUBIU NA LISTA DOS MAIORES VENCEDORES DA LIBERTADORES: AGORA É O ATUAL 1º COLOCADO, AO LADO DE MARCOS

Weverton, com o resultado desta noite, se tornou o jogador com mais vitórias por Libertadores na história do Palmeiras: nesta noite, empatou com os números do ex-goleiro Marcos e agora divide o topo da lista de atletas palmeirenses com mais resultados positivos na história da Libertadores (ambos somam 27 vitórias pelo Continental).

Vale lembrar que o atual arqueiro é apenas o quarto atleta que mais jogou partidas de Libertadores na história do clube palmeirense, com 36 duelos (empatado com o atacante Dudu). Entretanto, seu retrospecto pé quente, com 27 vitórias nestes 36 duelos disputados, o fez igualar o ídolo Marcos, seu companheiro de posição. O eterno camisa 12 soma 27 triunfos em 57 jogos de Libertadores – aliás, é o recordista de partidas pelo Verdão na Libertadores (na segunda posição, aparece Alex, com 39, e na terceira colocação, Galeno, com 38).

Confira abaixo a lista histórica na qual Marcos Rocha e Raphael Veiga passaram a integrar:

JOGADORES QUE MAIS VENCERAM POR LIBERTADORES


Marcos
Weverton
27 vitórias


Gustavo Gómez
24 vitórias


Willian Bigode
Felipe Melo
Dudu (Eduardo Pereira Rodrigues)
23 vitórias


Ademir da Guia
Alex
20 vitórias


Galeano
18 vitórias

10º
Bruno Henrique
Dudu (Olegário Tolói de Oliveira)
MARCOS ROCHA
RAPHAEL VEIGA

17 vitórias