Angelo Salvioni
Departamento de Comunicação
Alana Maldonado, judoca paralímpica da Sociedade Esportiva Palmeiras, segue fazendo história na modalidade. No último domingo (22), a paratleta se sagrou medalhista de prata pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Federação Internacional de Desportos para Cegos (IBSA), disputada na cidade de Antalya, na Turquia. Ela compete pela categoria de peso médio (-70kg).
Este é o segundo prêmio internacional da judoca desde sua chegada ao clube alviverde nesta temporada. Em março, Alana foi campeã do Grand Prix Internacional Paralímpico, disputado em São Paulo (SP), após derrotar todas as adversárias por ippon. Com apenas 22 anos de idade, a palestrina é líder do ranking mundial IBSA em sua categoria desde o ano passado.
Mesmo lesionada ainda na primeira fase, Alana foi para os tatames e brigou de igual para igual com as adversárias até a final. Na estreia, vitória sobre Raziye Ulucam, da Turquia. Nas semifinais, em luta disputadíssima com a sul-coreana Gaeun Lee, 11ª no ranking mundial, a palmeirense venceu por wazari no golden score (tempo extra destinado ao desempate da luta).
Na decisão contra a russa Olga Zabrodskaya, sétima melhor judoca paralímpica do mundo, Alana foi vencida nos detalhes. A medalha de prata foi avaliada pela atleta do Verdão como “prêmio da superação”, que tem pela frente no mês de maio a disputa do Pan-Americano IBSA, em Calgary, no Canadá.
“Tirei forças de todos os lugares possíveis e fui até o fim. Dei o meu melhor e estou muito feliz com o resultado. O foco de agora é treinar forte para o Pan do Canadá. Tem um mês até lá, tempo suficiente para recuperar a lesão e buscar mais uma medalha na carreira”, disse.
Destaque do judô nacional nos últimos anos, a paratleta vem em ascensão meteórica e soma outras grandes conquistas na carreira, como a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e os ouros na Copa do Mundo 2017, no Uzbequistão, e no Open 2018, na Alemanha (todos na categoria 70kg).
Mesmo subdivididos em peso, os judocas deficientes visuais são classificados em três níveis: B1 (completamente cego e não consegue ver nem distinguir o formato de uma mão, visto ter percepção luminosa nula), B2 (consegue ver vultos e distinguir o formato de uma mão – caso de Alana) e B3 (capaz de definir imagens).
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