Kardec se inspira em Evair e diz: Sonho em ser um ídolo como ele
Agência Palmeiras
Luan de Sousa
Contratado no início de julho, o atacante Alan Kardec marcou seus primeiros gols pelo Palmeiras na goleada por 4 a 0 sobre o Icasa, no dia 30 do mesmo mês, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B. E, quando comemorou, não podia ter escolhido melhor inspiração: o camisa 14 saiu com os braços abertos, um pouco abaixados, rememorando o ‘matador’ Evair.
“Eu busquei algo que me trouxesse inspiração, bons fluidos. Além disso, fiz também para homenageá-lo. Ele é uma referência, uma pessoa muito vitoriosa aqui dentro. E, graças a Deus, isso vem me dando sorte”, disse Kardec, que tem nove tentos em 15 partidas pelo Verdão – números que podem ser melhorados ainda mais neste sábado (21), contra o Sport, no estádio do Pacaembu.
Ídolo palestrino, Evair agradeceu a lembrança e elogiou o atual comandante de ataque do time alviverde. “Foi uma atitude legal, gostei muito. Foi um momento que me deixou bastante lisonjeado. Sobre as atuações dele, comentei, inclusive, o jogo contra o ASA-AL (no último dia 10). Ele errou um pênalti, mas insistiu, persistiu e, não só marcou o dele, como também contribuiu com os outros dois. Acredito que ele dará muitas alegrias ao torcedor palmeirense”, afirmou um dos heróis da chamada era Parmalat ao Site Oficial.
O passado e o presente se encontraram na última semana no estádio do Pacaembu. Kardec gostou de ter conhecido o ex-camisa 9. “É uma felicidade enorme conhecer um grande ídolo palmeirense, um líder de uma geração. Fico contente também porque se trata de uma grande pessoa. Por outro lado, minha responsabilidade aumenta mais ainda, principalmente pelas comparações que as pessoas podem fazer. O Evair fez e representa muita coisa aqui. Eu tenho que manter os pés no chão e trabalhar muito. A caminhada é longa e estou ainda no começo. Eu sonho em ser um ídolo como ele. Imagino o quanto deve ser gostoso ser reconhecido na rua daqui a uns 20 anos, com as pessoas querendo fotos e autógrafos. Sou jovem e sonhador. E, para isso, precisarei de tempo de casa, títulos ganhos… Nada melhor do que ter uma referência como o Evair”.
Momentos semelhantes?
Evair chegou ao Palestra Itália no dia 7 de julho de 1991, período no qual o clube vivia uma seca de títulos de mais de uma década. Assim, ele traça um paralelo com o momento atual. “São situações diferentes, mas, por se tratar de Palmeiras, existe uma semelhança, sim. A pressão e a cobrança são grandes, e você precisa ter um jogo de cintura. Vivemos um momento difícil no início da década de 90, e o Alan está vivendo um agora, que exige muita concentração e no qual ele precisa renunciar a muitas coisas. Mas vejo o time como um todo em um caminho bom. Espero e torço para que no ano que vem isso só melhore e que comemoraremos um centenário de uma maneira bem positiva”.
Alan assina embaixo e salienta a força da camisa do clube. “Nos anos 90, o Palmeiras estava em uma fila, e o Evair foi uma das pessoas que lideraram aquela época. Agora, estamos em um momento tão ou até mais difícil do que aquele. Mas eu topei o projeto e vou até o fim. O Palmeiras é muito forte no Brasil e no mundo e está sendo maravilhoso”.
Confira o vídeo do encontro: