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O Palmeiras viajou à Assunção-PAR para enfrentar o Club Guaraní-PAR pela 4ª rodada da fase de grupos da CONMEBOL Libertadores 2020. Pelo placar de 0 a 0, os times e, com isso, oVerdão chegou mais perto da classificação – precisa de apenas mais um ponto para assegurá-la. Atualmente, o Maior Campeão do Brasil ocupa a primeira colocação do grupo B com 10 pontos, contra sete do Guaraní-PAR, quatro do Bolívar-BOL e um do Tigre-ARG.

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De quebra, como visitante – por qualquer competição –, o Palmeiras agora não sabe o que é perder nos últimos nove jogos (quatro vitórias e cinco empates). O último revés fora de seus domínios foi há dois meses, em 22/07, para o Corinthians, na arena rival, no jogo que marcou a retomada do calendário do futebol em meio à pandemia de Covid-19. Depois, o Verdão emplacou a seguinte sequência: empate com o Corinthians (0 a 0, Paulista), empate contra o Fluminense (1 a 1, Brasileiro), vitória sobre o Athletico-PR (0 a 1, Brasileiro), empate com o Bahia (1 a 1, Brasileiro), vitória diante do Bragantino (1 a 2, Brasileiro), triunfo sobre o Corinthians (0 a 2, Brasileiro), vitória contra o Club Bolívar-BOL (1 a 2, Libertadores), empate com o Grêmio (1 a 1, Brasileiro) e, agora, este empate diante do Guaraní-PAR (0 a 0, Libertadores).

Além disso, o Alviverde emplacou sua 17ª partida de invencibilidade (oito vitórias e nove empates) na temporada, que também já é a maior série sem reveses dos últimos oito anos. A última vez que o time ficou por pelo menos 17 partidas sem derrotas foi entre 13/11/2011 e 21/03/2012, quando atingiu 22 jogos de invencibilidade (14 vitórias e oito empates).

Dos 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras é o que está há mais tempo invicto na temporada. Em seguida, aparece o Santos, com seis duelos de invencibilidade. E mais: nas últimas 25 partidas, sofreu apenas uma derrota, com 13 vitórias e 12 empates, 33 gols marcados e 16 tomados; já nas últimas 34 partidas (incluindo duas de 2019), só duas derrotas, com 18 vitórias e 14 empates, 51 gols marcados e 20 sofridos.

E como perde pouco, o Palmeiras também sofre poucos gols. Assim como nos últimos anos, o Palmeiras mantém ótimos números defensivos em 2020. A média de 0,6 gol sofrido por partida (18 gols em 30 jogos, sem contar torneios amistosos) é a melhor entre os 20 clubes que disputam a Série A do Brasileiro – em segundo lugar aparece o Internacional, com 0,66 (22 gols em 33 jogos). Em números absolutos, o Palmeiras também é o primeiro colocado, seguido por Internacional, Fortaleza e Atlético-GO, todos com 22 gols sofridos.

O Verdão também lidera o quesito de menor número de gols sofridos no cenário de visitante, com média de 0,5 (oito gols em 16 partidas), seguido pelo Grêmio, com 0,52 (nove em 17). Em percentual, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo passou 56% dos jogos como visitante sem sofrer gols (nove de 16) – é o segundo melhor índice entre todos os clubes, atrás apenas do Grêmio, com 56,2% (dez de 17 jogos).

Tradicional na competição, o Palmeiras é um dos três clubes brasileiros com mais edições de Libertadores disputadas desde 1960: esta é a 20ª, assim como Grêmio e São Paulo, sendo a quinta vez consecutiva (desde 2016), feito inédito na história alviverde – ao todo, já com este, são 188 jogos, com 101 vitórias, 35 empates e 52 derrotas (337 gols marcados e 204 sofridos).

O Alviverde carrega ainda a fama histórica de ter sido o primeiro brasileiro a ter disputado uma final de Libertadores: em 1961, quando enfrentou o Peñarol-URU na grande decisão e ficou com o vice-campeonato. O Alviverde chegou à final também em 1968 e 2000, além de 1999, quando foi campeão, e alcançou a fase semifinal em 1971 e 2001.

Mesmo não tendo marcado gol nesta noite, o Palmeiras segue como o clube brasileiro com mais gols na história da Libertadores. Além disso, o Maior Campeão do Brasil, com essas suas 337 bolas na rede na competição continental, ocupa a 8ª colocação do ranking geral, considerando times de qualquer nacionalidade.

O clube palmeirense, apesar de passar em branco hoje, é ainda a equipe nacional com mais gols como visitante, com 140 tentos anotados fora de casa, e o segundo brasileiro com mais gols como mandante, com 197 bolas na rede, só atrás do Cruzeiro, com 201 gols.

Com os 101 triunfos ao longo de suas participações na Libertadores, o Palmeiras é o segundo time brasileiro que mais venceu na competição, à frente do Cruzeiro (3º colocado), que soma 95 – está atrás só do Grêmio neste ranking, que nesta noite chegou a 103 triunfos ao vencer o Gre-Nal.

Melhor ainda é o retrospecto com visitante. O Palmeiras é o brasileiro com mais vitórias fora de casa na história da Libertadores: são 38 triunfos longe de seus domínios, quatro a mais do que o Cruzeiro, segundo colocado com 34. Nas últimas 13 vezes em que atuou no campo do adversário pela competição, o Verdão venceu nove, empatando duas e perdendo outras duas.

Nos aspectos individuais, o treinador Vanderlei Luxemburgo pôde comemorar o fato de ter ampliado seu retrospecto invicto de cinco para seis duelos na Libertadores: três vitórias e três empates. O último revés foi em 12/05/2009, diante do Sport, pelo jogo de volta das oitavas de final – mesmo com o resultado negativo, o time se classificou nos pênaltis com grande atuação do goleiro Marcos, após vitória no jogo de ida por 1 a 0, no Palestra Italia, e derrota pelo mesmo placar o jogo da volta, na Ilha do Retiro. Depois, o Palmeiras caiu nas quartas de final para o Nacional-URU, mas de forma invicta (1 a 1 no Palestra Italia e 0 a 0 no Estádio Centenário de Montevidéu). Em 2020, o comandante retomou a série invicta, e até agora já são três vitórias e um empate em seus quatro duelos até aqui!

Em sua quinta passagem no Palmeiras, o técnico Vanderlei Luxemburgo disputou o seu 24º jogo de Libertadores pelo clube. Ele é o segundo treinador da história palmeirense com mais partidas no torneio continental e segundo com mais vitórias (12, além de cinco empates e sete reveses), atrás apenas de Luiz Felipe Scolari (43 partidas e 23 resultados positivos).

Dentro de campo, os destaques foram o retorno de Lucas Lima, que havia sofrido leve trauma no pé esquerdo – Raphael Veiga vinha jogando – e Gabriel Menino, que fez boa partida e foi eleito o melhor jogador em campo pela CONMEBOL.

O goleiro Weverton também merece ser exaltado. Recentemente convocado para defender a Seleção Brasileira nas eliminatórias, o arqueiro fez boas defesas e passou mais um jogo sem ser vazado: ao todo, ele não sofreu gols em 62 partidas das 120 que jogou pelo Verdão, número que o coloca na terceira colocação do ranking de goleiros com mais jogos sem ser vazado no Século XXI, atrás apenas de Marcos (107 jogos) e Fernando Prass (101). Em uma única temporada, é o recordista do século com 26 jogos sem sofrer gols em 2019.

Vale lembrar ainda que o atual camisa 1 fechou o ano de estreia, em 2018, com 21 jogos sem sofrer gols. Em 2019, foram 26. E neste ano, já são 15 partidas intransponível em 30 disputadas. Se sair de campo mais cinco vezes sem ser vazado em 2020, ele alcançará uma marca que não é atingida há 23 anos – o último goleiro a ficar três temporadas consecutivas sem sofrer gols em 20 ou mais jogos foi Velloso, em 1995 (28), 1996 (24) e 1997 (27).

O goleiro Weverton ostenta a segunda menor média de gols sofridos na história do Palmeiras. Vazado apenas 74 vezes em 120 jogos, o atual camisa 1 tem índice de 0,61 gol por partida, atrás só do paraguaio Benítez, com 0,54 (13 gols sofridos em 24 jogos em 1978); depois de Weverton, está o paraguaio Gato Fernández, com 0,62 (22 gols em 35 jogos em 1994). São considerados somente goleiros com ao menos dez jogos disputados pelo clube.

Atleta com mais minutos em campo em 2020 (2842), Weverton atuou em 31 dos 32 jogos do Palmeiras neste ano e, neste quesito, só está atrás de Willian, que esteve presente em todos.

Willian, aliás, além de ser o único do elenco a atuar nas 32 partidas de 2020 (portanto, ao lado de Gabriel Menino e Bruno Henrique, está entre os três atletas que estiveram em campo nos 18 confrontos desde a retomada do calendário), também alcançou uma marca histórica na Libertadores, assim como Bruno Henrique: a dupla chegou a 25 jogos na competição continental e agora figuram no top 10 de palmeirenses que mais atuaram na Libertadores em todos os tempos – eles igualaram os ex-laterais Júnior e Arce, ambos também com 25 duelos, empatados na 10ª posição. Completam o ranking: o zagueiro Cléber (9º, com 26 jogos), o volante e lateral Rogério (8º, com 27 jogos), os meio-campistas Ademir da Guia e Dudu – anos 60 e 70 (empatados em 6º, ambos com 29 jogos), o volante Cesar Sampaio (5º, com 30 jogos), atacante Dudu (4º, com 34 jogos), o volante Galeano (3º, com 38 jogos), o meia Alex (2º, com 39 jogos) e o goleiro Marcos (líder da lista, com 57 jogos).

Jogador do atual elenco com mais partidas (181, seguido por Bruno Henrique, com 171), gols (49, seguido por Bruno Henrique, com 28, e Gustavo Scarpa, com 20) e assistências (20, à frente de Marcos Rocha e Lucas Lima, com 18), o atacante já entrou para o top 100 de atletas com mais jogos na história do clube (é o 99º do ranking, com uma partida a menos do que Turcão e Nélson, ambos dividindo a 97ª posição com 182 jogos) e para o top 10 dos que mais venceram no Século XXI (é o 10º colocado com 97 triunfos – completam o ranking: Felipe Melo (9º, com 98 triunfos), Bruno Henrique (8º, com 99), Corrêa e Wendel (empatados em 6º, com 101), Márcio Araújo (5º, com 118), Valdivia (4º, com 122), Fernando Prass (3º, com 151), Dudu (2º colocado, com 174) e Marcos (líder com 182 vitórias).

O camisa 29 também já é o terceiro maior artilheiro do clube no Século XXI com 49 bolas na rede (atrás somente de Vágner Love, com 54, e Dudu, com 70) e aparece na 59ª posição da lista dos maiores artilheiros da história do Palmeiras em todos os tempos, logo atrás de Djalminha (meia dos anos 90) e Oswaldinho (atacante dos anos 40), empatados na 58ª posição com 51 tentos.

Por fim, dentre os jogadores, fizeram sua estreia na edição de 2020 da Libertadores o meia Lucas Lima e o atacante Wesley. Lucas já havia jogado duas Libertadores pelo Verdão (2018 e 2019), enquanto Wesley, promovido ao time profissional no início desta temporada, faz sua primeira participação no Continental como profissional.

O jogo

Em relação ao time titular que atuou no jogo anterior, contra o Grêmio, no domingo (20), o Palmeiras sofreu alterações no meio-campo e no ataque. Não iniciou jogando o volante Ramires, que deu vez a um meia de criação: Zé Rafael – mas a equipe seguiu com a dupla de volantes oriunda da base formada por Danilo e Gabriel Menino. Na vaga que foi de Raphael Veiga nos últimos jogos, apareceu Lucas Lima na função de meia-armador (o camisa 20, que até então vinha sendo o dono da posição, se recuperava de um trauma no pé esquerdo). E o ataque, antes composto por Willian e Rony, dessa vez iniciou com Luiz Adriano e Gabriel Veron.

Desta forma, Vanderlei Luxemburgo escalou o Palmeiras foi a campo com: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo, Gabriel Menino, Zé Rafael e Lucas Lima; Gabriel Veron e Luiz Adriano.

Os aspectos da partida apresentaram um primeiro tempo equilibrado, com as duas equipes trabalhando jogadas de meia-lua a meia-lua. Porém, as duas melhores chances do jogo foram com o Guaraní – com exceção de dois belos chutes, um para cada lado, no qual os goleiros brilharam.

A primeira chance de real perigo do time da casa foi com um chute na trave de Fernando Fernández, aos 29 minutos. Depois, em uma jogada individual, Florentín invadiu a área alviverde, cortou sobre marcadores palmeirenses e finalizou com perigo contra a meta de Weverton – a bola passou por cima do gol.

Praticamente no lance seguinte, aos 41, O Palmeiras ainda respondeu à altura com Gabriel Veron após um ótimo lançamento de Felipe Melo. Cara a cara com o goleiro, o jovem atacante palmeirense quase chegou primeiro e levou a melhor. Mas foi só. Além destas, não houve outras jogadas, para nenhum dos dois lados, que oferecessem tanto perigo.

Com o mesmo time, o Palmeiras voltou para o segundo tempo. Até os 15 minutos, o duelo parecia muito com os momentos menos agitados da etapa inicial. Aos 16, então, o técnico Luxemburgo resolveu mexer pela primeira vez no time, especificamente no ataque: colocou Willian na vaga de Luiz Adriano e Wesley no lugar de Gabriel Veron.

Após algumas jogadas que até chegaram ao ataque em ambos os lados, porém nenhuma delas promissora, o Verdão voltou a ter alterações no time, aos 23 minutos. Dessa vez, o setor escolhido para a troca foi o meio-de-campo: saiu o meia Lucas Lima para a entrada de Raphael Veiga e, concomitantemente, o jovem volante Danilo para a entrada do veterano Ramires, que joga da mesma posição.

Após as novas alterações, o time palmeirenses até viveu bom momento na partida, mas a dificuldade em finalizar e concluir jogadas no terço final do campo era aparente, já que a equipe mandante tentava impor suas jogadas trabalhadas no sistema defensivo e de marcação.

Bruno Henrique completou as cinco alterações de direito do Verdão ao entrar na vaga de Gabriel Menino, renovando por completo o fôlego no meio-campo – isso aos 33 minutos. E aos 39, o Palmeiras teve boa chance em jogada com Willian, que recebeu lançamento e tentou acionar Wesley – por pouco o atacante alviverde não chega para concluir jogada promissora.
A partir de então, o time paraguaio passou a exercer certa pressão. Entretanto, o Alviverde, escaldado com o fato de ter sofrido gols nos minutos finais em partidas anteriores, redobrou a atenção e não deu espaço. Weverton ainda fez uma grande defesa.

Apesar dos quatro minutos concedidos de acréscimo pela arbitragem, nenhum dos ataques funcionou e os times passaram em branco. Com o placar de 0 a 0, o Alviverde se aproximou da classificação às fases decisivas (precisa agora de mais um ponto para fazê-lo) e segue como líder do grupo B, com 10 pontos (três vitórias e um empate), seguido do Guaraní-PAR, com seis pontos, do Bolívar-BOL, com quatro, e do Tigre-ARG, com um.

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo (Ramires, 23’/2ºT), Gabriel Menino (Bruno Henrique, 33’/2ºT), Zé Rafael e Lucas Lima (Raphael Veiga, 23’/2ºT); Gabriel Veron (Wesley, 16’/2ºT) e Luiz Adriano (Willian, 16’/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Cartão amarelo (SEP): Wesley.