Periquito de Judô completa 49 anos e abraça atletas de todo o Brasil no ginásio do Verdão

Angelo Salvioni
Departamento de Comunicação

Inclusão, superação e emoção. Estes ingredientes marcaram a 49ª edição do Torneio Periquito de Judô, realizado neste sábado (12), no ginásio do Palestra Italia (veja as fotos clicando aqui). Um dos maiores e mais tradicionais eventos do judô brasileiro desde 1968, o certame trouxe ao clube diversas personalidades da modalidade e academias dos quatro cantos do país, que protagonizaram combates emocionantes nos tatames.

Fabio Menotti/Ag. Palmeiras/Divulgação _ A categoria 'Judô Para Todos' emocionou os presentes e foi a grande atração do evento

A cerimônia de abertura, comandada pelo vice-presidente da Federação Paulista de Judô e mestre de cerimônias José Jantália, introduziu as academias presentes e chamou a entrada da delegação do Palmeiras – pelo segundo ano consecutivo, a bandeira alviverde foi carregada por Felippe Reis, atleta do Alviverde e primeiro judoca com Síndrome de Down a conseguir a faixa preta no Estado de São Paulo, Caio Antônio, judoca palestrino com Síndrome de Down, e competidores da categoria kids pelo clube. Antes da cerimônia de abertura da competição, a equipe de aikido do Verdão fez uma exibição de movimentos para o público presente. O mesmo ocorreu na apresentação das cheerleaders palestrinas, que animaram as arquibancadas nos primeiros minutos do evento.

As lutas foram realizadas nas categorias Sub-9, Sub-11, Sub-13, Sub-15, Sub-18, Sub-21, Sênior, Veteranos e Judô Para Todos – categoria que tem como objetivo promover a inclusão, o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas portadoras de necessidades especiais (PNE). Com cerca de 1200 atletas inscritos na competição, as premiações foram distribuídas aos judocas classificados em primeiro, segundo e terceiro lugares de cada classe. O Palmeiras não concorreu ao troféu por equipes, já que inscreveu número ilimitado de competidores (as demais puderam inscrever até 40 judocas).

“Como palmeirense, fazer parte do Periquito de Judô é muito gratificante a mim. Participei do meu primeiro torneio como competidor em 1987 e não parei mais. A partir de 2014, passei a organizar o evento de fora dos tatames. O Judô Para Todos, por exemplo, foi lançamento nosso entre os grandes clubes, e outras agremiações passaram a adotar a inclusão após nosso feito. O trabalho é árduo, mas todos estão de parabéns”, disse Alexandre Gaspar, um dos diretores da modalidade no clube, que prometeu surpresas marcantes para a edição de número 50, em 2018.

Com maior número de atletas em relação ao Periquito de 2016, o “Judô Para Todos” teve o Palmeiras como pioneiro na adesão da categoria em clubes grandes. O Verdão virou exemplo de inclusão para outras escolas da modalidade e inspira o surgimento de grandes histórias. Este é o caso dos irmãos Felippe e Rogério Reis, que treinam juntos no clube e levam o aprendizado no Verdão para o projeto “Click – Uma Visão Inclusiva”, na Zona Norte de São Paulo.

“Estamos no judô há 15 anos e a um no Palmeiras. O clube abraçou a causa da inclusão de atletas com necessidades especiais e isso nos trouxe aqui. Fora daqui, fazemos parte de um projeto no qual o Felippe é professor de 80 jovens especiais. Não visamos passar a mentalidade de competição e formar atletas de alto rendimento, e sim fazer com que eles sejam amigos, interajam e acreditem que são capazes de evoluir como judocas. O caminho até a faixa preta é longo, mas nunca impossível a estes garotos”, citou Rogério.

Não visamos a competição e atletas de alto rendimento, mas sim fazer amigos, interagir, mostrar a eles que são capazes de evoluir. Para ser faixa preta no judô, o caminho a percorrer é longo, e o Felippe serve de inspiração aos demais jovens para buscar esses objetivos.

Representando o Palmeiras, também foram condecorados os diretores de esportes olímpicos, Enrique Guillen e Gilson Marques, o vice-presidente do Conselho de Orientação Fiscal (COF), Hislande Pereira Bueno Junior, o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Antônio Faedo,  os diretores do judô, Ademar Dias Baeta Filho, Alexandre Gaspar e David Menani, os senseis Antônio Inácio, Denilson Lourenço, Tadeu Uehara e João Pisani. Mario Yamasaki, árbitro do UFC (Ultimate Fighting Championship), e Shigueru Yamasaki, seu pai e mestre do judô, receberam homenagens da organização do evento.

O Periquito de Judô é organizado pelo Palmeiras desde 1968, quando foi fundado o Departamento de Defesa Pessoal (que reunia anteriormente judô, karatê e boxe). Desde então, ele se desenvolveu e tornou-se uma das principais forjas de campeões do cenário judoca no país, revelando campeões do Brasil e do mundo. A 49ª edição do torneio contou com o apoio dos parceiros Bioleve, Treviolo Café, Rêve D'or Sport, Sacolão Lapa e Fantastic Brindes.

Confira o que rolou no 49º Torneio Periquito de Judô com a TV Palmeiras: