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O Palmeiras foi ao Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ), na noite desta quarta-feira (07), pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, e conheceu o seu primeiro resultado negativo depois de uma incrível série de 20 jogos de invencibilidade (dez vitórias e dez empates). O primeiro tempo terminou sem gols. Na etapa final, o time da casa abriu o marcador antes do primeiro minuto e, depois, aos quatro. O Verdão só reagiu na segunda metade da etapa final, diminuindo com Willian, aos 31. O próprio Bigode ficou muito perto de empatar a peleja em cobrança de penal aos 37, mas Diego Cavalieri foi bem ao acertar o canto e defender.

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Apesar de ter caído na classificação geral, de terceiro para quinto colocado, a diferença de pontos do Verdão para o líder Atlético-MG segue a mesma, já que o Galo também sofreu revés na rodada (para o Fortaleza, no Castelão, por 2 a 1). Com 22 pontos, o Verdão só fica atrás do Internacional (4º, com a mesma pontuação), São Paulo (3º, com 23) e Flamengo (vice-líder, com 24), além do próprio Atlético-MG (que lidera com 27 – ou seja, cinco pontos à frente do Alviverde).

Apesar do resultado negativo, o Alviverde manteve alguns números relevantes na temporada, como o de ter balançado as redes dos adversários nos 13 jogos que disputou até agora no Campeonato Brasileiro – apenas Palmeiras e Goiás marcaram todas as vezes que entraram em campo pela competição. E em 36 partidas no ano, o Maior Campeão do Brasil passou em branco apenas em sete.

Desde a conquista do título paulista sobre o Corinthians, o Verdão só não marcou gol em uma partida (contra o Guaraní-PAR, empate em 0 a 0 pela Libertadores). Neste período, foram disputados 17 duelos (sendo 13 de Brasileiro e três de Libertadores, além da decisão estadual), com um total de 26 bolas na rede (média de 1,52 por jogo).

O JOGO

O Palmeiras foi a campo com algumas mudanças em setores pontuais em relação à rodada anterior, contra o Ceará, devido às convocações para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo nesta e na próxima semana. No gol, não jogou Weverton (integrado à Seleção Brasileira), que deu vez a Jailson; na zaga, jogou no lugar de Gustavo Gómez (Seleção Paraguaia) o defensor Luan; e na lateral-esquerada, Matías Viña (Seleção Uruguaia) foi substituído por Mayke, lateral-direito de origem que jogou improvisado (o jovem Lucas Esteves, segunda opção para a lateral-esquerda, ainda se recupera de lesão). Do meio-campo ao ataque, os demais elementos foram mantidos.

Desta forma, o Vanderlei Luxemburgo mandou o Verdão a campo com: Jailson; Marcos Rocha, Felipe Melo, Luan e Mayke; Patrick de Paula, Bruno Henrique e Raphael Veiga; Rony, Willian e Wesley.

O primeiro tempo não foi tão vistoso e poucas chances efetivamente foram criadas. Após a saída de bola dada pelo Botafogo, o Verdão logo em seguida assumiu a posse e o controle do duelo, mas passou a sofrer um momento de baixa no prélio a partir dos 15 minutos. Entre os 19 e 23 minutos, chegou a sofrer certa pressão, com três chegadas um pouco mais enérgicas dos donos da casa.

Debaixo de forte chuva, o Palmeiras voltou a se reencontrar em melhor momento na partida após os 30 minutos. Aos 31, criou uma de suas melhores chances: Rony roubou a bola perto da defesa adversária, em passe mal sucedido, e acionou Willian. O camisa 29 tocou para Patrick de Paula, que, por sua vez, chutou de longe, de pé esquerdo, com força, e a bola passou muito perto do goleiro Diego Cavalieri. Depois, o Alviverde voltou a assustar o adversário aos 40 minutos, em cobrança de escanteio cobrada por Raphael Veiga e desviada de cabeça por Willian – foi um desvio muito perigoso, e, outra vez, o Verdão chegou muito perto do gol.

Mas foi só. Dali até a reta final do primeiro tempo, os times até avançaram às áreas adversárias, mas sempre eram interceptados pelas defesas. E assim foi até o apito final, depois de três minutos de acréscimo, e foram para o intervalo sem que o marcador fosse inaugurado.

O Palmeiras voltou do intervalo com o mesmo time do primeiro tempo. No entanto, um início de segundo tempo atípico e inesperado pegou o Verdão de surpresa. O Botafogo abriu o placar antes mesmo do primeiro minuto da etapa final, mudando todo o rumo da partida. O gol foi de Pedro Raul, que desviou a bola de frente o Jailson, na diagonal do gol, após receber passe rasteiro de Kevin. (Botafogo 1 x 0 Palmeiras)

Vanderlei Luxemburgo sequer chegou a ver o tento do time da estrela solitária, pois ainda estava se dirigindo ao banco de reservas no momento em que aconteceu. E não demorou muito, logo aos quatro minutos o time da casa ampliou a vantagem, após o lateral Victor Luis cobrar falta de longe, Pedro Raul aproveitar o rebote e, na sobra, Caio Alexandre chutar. Jailson até defendeu, mas, no rebote, o próprio Caio Alexandre pôs para dentro. O lance, entretanto, foi anulado pelo bandeira Bruno Boschilla e depois revisado pelo VAR. Aos sete minutos, o VAR confirmou o gol e gerou muita contestação dos jogadores do Alviverde – Jailson chegou a tomar cartão amarelo por reclamação com o árbitro da partida. (Botafogo 2×0 Palmeiras)

Enquanto o VAR analisava o lance polêmico, o técnico Luxemburgo fez três alterações simultâneas: trocou o jovem volante Patrick de Paula pelo experiente volante Ramires; o volante Bruno Henrique pelo meia Zé Rafael; e o atacante Rony pelo atacante Gabriel Veron.

Com o fôlego renovado, Luxemburgo não se deu por satisfeito e já poucos minutos depois mexeu no time mais duas vezes, utilizando suas derradeiras alterações. Dessa vez, aos 18, Mayke, destro, deu vez ao canhoto Gustavo Scarpa na lateral-esquerda, enquanto o meia Raphael Veiga saiu para a entrada do também meia Lucas Lima.

Após algum tempo das mudanças do treinador palmeirense, as reações começaram surgir. Dessa forma, o Alviverde passou a exercer pressão no campo adversário, sobretudo a partir dos 25 minutos.

Aos 31, o Palmeiras diminuiu a vantagem do time mandante após cruzamento de Gustavo Scarpa com desvio de Wesley: foi então que Willian Bigode, artilheiro do time no ano, agora com 14 gols, ficou com a bola na pequena área, pelo canto esquerdo, e não deu vez a Diego Cavalieri (Botafogo 2×1 Palmeiras)

Com o gol, o jogo incendiou. O Maior Campeão do Brasil deu início a uma busca incessante pelo gol de empate, como quem havia tomado uma injeção de ânimo. Em bola lançada de Lucas Lima para Willian, o atacante do Verdão saiu cara a cara com Diego Cavalieri, que subiu o pé com as travas da chuteira, acertando a bola, mas, também, de raspão o jogador palmeirense. O bandeirinha da partida marcou impedimento, mas o árbitro marcou pênalti. O VAR revisou e chancelou o penal.

Àquela altura, aos 37 minutos, o cenário do jogo havia mudado por completo. O que parecia um revés certo antes agora estava prestes a ser empatado. Para a cobrança, partiu o próprio Willian, e chutou no canto direito do arqueiro botafoguense. Porém, para a tristeza dos alviverdes, Cavalieri foi bem e acertou o canto, defendendo o tiro.

O Palmeiras, ainda assim, não se deu por vencido e perseguiu pelo menos um empate até os minutos finais. No entanto, apesar dos oito minutos de acréscimo devido às paralisações para atuação do VAR e do brio do time, sobretudo na segunda metade da etapa final, o clube paulista não conseguiu traduzir suas chances em gol e, desta forma, conheceu seu primeiro resultado negativo após 20 jogos invictos.

PALMEIRAS: Jailson; Marcos Rocha, Felipe Melo, Luan, Mayke (Gustavo Scarpa 18’/2ºT); Patrick de Paula (Ramires 7’/2ºT), Bruno Henrique (Zé Rafael 7’/2ºT); Rony (Gabriel Veron 7’/2ºT), Raphael Veiga (Lucas Lima 18’/2ºT), Wesley; Willian. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Gol (SEP): Willian, 31′ do 2ºT (2-1).

Cartões amarelos (SEP): Wesley, Jailson, Marcos Rocha e Lucas Lima.